sábado, 19 de fevereiro de 2011

Consumo 6

Somos orientados seguidamente pelos órgãos da imprensa sobre nossas responsabilidades enquanto cidadãos de que nosso consumo deve ser consciente, e que devemos usar energia limpa, reciclar o lixo, evitar o desperdício e acima de tudo procurar consumir de empresas politicamente corretas. O papel das empresas não é diferente. O consumo correto das empresas maximiza a qualidade de sua produção, minimizando seus custos. Devemos pensar o consumo das empresas, evidentemente resguardando as devidas particularidades,como o consumo individual “em grande escala”. Por exemplo, eu montei um escritório em casa, para ele comprei um pequeno grampeador que me serve muito bem. Uma grande empresa precisa grampear mais folhas e portanto de um grampeador maior, já uma empresa com pequenas filiais Precisaria do mesmo pequeno grampeador só que em maiores quantidades. Eu sei que o exemplo é tosco, mas tem sentido. Para que poupar energia se grande industria desperdiça energia e cobra a conta do consumidor através do preço? Quem já é inclinado a não observar estes detalhes dirá, "ah, vida é assim, por isso não faço a minha parte, uma andorinha não faz verão”. Será que faz mesmo a sua parte? Procurar consumir de empresas politicamente corretas faz parte, procurar empresas menos poluentes também faz parte. O consumo é maior do que simplesmente comprar, está ligado ao destino dos dejetos deste consumo, a sua satisfação enquanto consumidor (seja você indivíduo, empresa ou qualquer esfera de governo), o tamanho ótimo do seu consumo (se você desperdiça ou não) e o comprometimento com o coletivo.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Consumo 5

O diferencial entre o consumo das empresas e das pessoas está no enfoque que se dá aos sentimentos alimentados pelo consumo. Enquanto o consumidor consome de acordo com o que deseja ou de acordo com que lhes impõe a sociedade de consumo, as empresa trabalham na saciedade deste consumo. Enquanto o consumo individual é puramente emocional, o consumo empresarial é essencialmente técnico. Tanto pessoas como empresas consomem para a sua subsistência, as pessoas consomem para se divertir e as empresas investem na satisfação dos colaboradores. A austeridade financeira com relação aos custos garantem a ambos uma subsistência se atribulações. A responsabilidade social do consumo de ambos fazem a diferença na vida das pessoas, reitero que a correlação de todos os elementos econômicos trazem equilíbrio a tudo. As empresas tem renda maior e custos maiores. A responsabilidade de investimentos sociais e pagamentos de impostos fazem das empresas responsáveis pelo funcionamento eficaz da economia. A renda das empresas segue a um esquema semelhante ao das pessoas Y = CF + CV + I onde, Y é a renda, CF os custos fixos (insumos, mão-de-obra, impostos, etc.), CV os custos variáveis (serviços, impostos sazonais, imprevistos, etc.) e I o investimento (pesquisa, ampliação, treinamento de mão-de-obra, etc.). A empresa sempre será direcionada pela conduta de sua cúpula, se ela é uma empresa responsável e engajada, procura produzir sem agredir o planeta ou as pessoas, procura seguir a legislação vigente ela é questionadora das mazelas sociais. Se sua direção é individualista, voltada apenas para si mesma, quer o lucro a qualquer preço, esta empresa pode ter uma atuação bastante nociva à sociedade como um todo. Lucros abusivos, corrupção, desrespeito a colaboradores e clientes são elementos destes abusos. Normalmente esses abusos são coibidos por legislação pertinente que pode levar a empresa a grandes despesas, seja na forma de leis, seja na forma de propina paga. Enquanto as pessoas trabalham (ou deveriam trabalhar) para a satisfação própria, as empresas trabalham para um número maior de satisfações (direção, colaboradores e clientes).

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Distorções de mercado 1

Os manuais de economia nos ensinam que a formação de preços se dá através da fórmula P = CF + CV + L, onde P = preço CF = custo fixo CV = custo variável e L = lucro, tudo muito bonito e formal. Suponhamos que um produtor inove e produza algo diferente. Este produtor teve um custo ao longo de um período para encontrar um produto que atenda um determinado nicho de mercado nunca antes explorado. Segundo os manuais de economia, os custos desta inovação poderiam ser diluídos no custo fixo futuro, pulverizando-o na formação do preço, ou no lucro. Este produtor estaria cobrando o preço de ter sido inovador e “revolucionário”, além de estar sendo ressarcido pelo custo de investimento . Pesquisas de mercado informam a este empresário o quanto um consumidor estaria disposto a pagar pelo produto, campanhas de “marketing” podem induzir o consumidor que o consumo deste produto o diferenciaria do restante da população. Em uma sociedade estratificada, o consumo é indicador de diferenciação entre consumidores, maior nível de renda, maior a possibilidade de produtos diferenciados. Com este raciocínio voltamos ao tema da estabilidade econômica e a possibilidade de, através de um equilíbrio econômico, qualquer consumidor adquirir qualquer produto. Com a estabilidade econômica e o nível de informação às pessoas caminham para a estratificação social através da cultura, abolindo a estratificação pelo nível de renda. O nível atual de informações trás em seu bojo um leque maior de produtores do mesmo produto a preços de mercado. O aparecimento da concorrência poderá produzir dois tipos de reações do mercado. O produtor “pioneiro” poderá investir em sua marca, dizendo que a mesma é a mais tradicional e, portanto a melhor, ou investir em inovações tecnológicas para que o seu produto volte a ser diferenciado. Neste ponto voltamos a dicotomia conservadores x liberais, ou seja, o conservador o produzirá com fidelidade ao primeiro produto e fará todo o marketing de seu produto em cima deste argumento. O liberal por sua vez fará toda a publicidade em função da procura de inovações e melhoria do produto.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Conusmo 4

A variável consumo deve ser avaliada sob a ótica da restrição orçamentária não apenas à nível individual, deve ser vista a nível empresarial e governamental. O equilíbrio do consumo em todos os níveis trás equilíbrio ao sistema como um todo, maximizando o ganho. Em um mundo globalizado o consumo deve ser visto de forma globalizada, não se restringindo ao mercado nacional ou mesmo regional. Em todos os níveis os consumidores devem maximizar seus ganhos e as suas oportunidades de consumo. A satisfação do consumidores remete a melhor qualidade de vida e um nível de “stress” menor. Eu acredito que um bom nível de demanda movimenta o mercado para a satisfação do mesmo pela adequação da oferta. O surgimento de um novo produto faz com que o produtor coloque o preço em um produto sem concorrência no mercado. O nível de informação existente hoje no mundo faz com que a inevitável concorrência apareça e adeqüe o preço do produto ao mercado. O preço do produto se estabilizará dentro da oferta x procura. O que as vezes incomoda governantes e empresários é a importação de determinados produtos a preços internacionais menores que os nacionais. Mais uma vez reitero que a satisfação do consumidor é que deve prevalecer diante de qualquer outra variável. Não estou dizendo que o mercado é infalível e que é a “panacea” de tudo, apenas acho que ele soluciona muitos problemas através do equilíbrio. Consumidores satisfeitos pagam por produtos e serviços que querem consumir, tornando sua vida mais amena apesar do competitivo mundo do trabalho. Se o consumidor receber seus proventos e consumir de forma coerente com o seu nível de renda, se ele encontrar produtos que satisfazem e maximizem sua condição de consumidor, certamente teremos esta parte da vida equilibrada e coerente. Os trabalhadores/consumidores satisfeitos nos remete a um bom funcionamento do mercado. Infelizmente o mercado trás em seu bojo distorções de funcionamento que nos remete ao mal funcionamento do mesmo.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Consumo 3

Quando falamos em consumo dos indivíduos temos que levar em consideração uma variável inibidora e necessária – A RENDA. Elemento que impõe a restrição orçamentária ao consumo consciente, ela define o quanto deve-se despender para o mesmo. Evidentemente existem pessoas que consomem sem se importar muito com a restrição orçamentária, engrossando a rede de inadimplência. Este movimento é esperado pelos revendedores que provisionam uma margem dos seus lucros prevendo tal comportamento de parte dos consumidores. As pessoas podem dirigir-se ao mercado financeiro e levantar empréstimos para saldar esses compromissos. Para o consumo de curto prazo o consumidor provisiona a verba, compra e paga a vista. Para um consumo em escala maior, o consumidor tem algumas alternativas. Ele pode separar uma parcela de sua renda durante alguns meses, sem adquirir o produto e, de posse do montante necessário, barganhar um melhor preço já que irá pagar a vista. Ele poderá levantar o montante no mercado financeiro, pagar juros por isso, e barganhar, como no exemplo anterior. A diferença de preço (juros) será o custo benefício de adquirir o produto imediatamente. Os consórcios e leasings também são oportunidades de se adquirir bens caros de forma suave agregando o valor das prestações ao consumo fixo. O consumidor conservador leva em conta o consumo fixo, o variável e a poupança. No final das contas a renda trabalhada de forma conservadora será a soma do consumo fixo, variável e a poupança, Y = CF + CV + P. Y será a renda, CF o consumo fixo (contas e prestações), CV o consumo variável (juros diversos, aumentos inesperados e oportunidades diversas) e P poupança (consumo futuro). Evidentemente que em um pais com sérios problemas de renda, muitos trabalhadores são obrigados a ter o consumo fixo maior que a renda e subsistir fazendo trabalhos extras (bicos). Preponderantemente, após o Plano real, os consumidores, por saberem que a renda é fixa e a inflação está controlada, podem melhor se programar para uma vida financeira tranquila.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

CONSUMO 2

Existe o mito de se falar que a população brasileira melhorou e que, através do consumo, a população brasileira evoluiu. A população brasileira realmente evoluirá quando o consumo suprir as necessidades básicas de sobrevivência de todo e qualquer brasileiro (primeiro degrau da pirâmide de Maslow). É bobagem você pensar em enriquecimento individual em uma sociedade extremamente desigual. O hiato provocado pela sua riqueza, na sua região, tenderá a provocar mais violência. Em uma sociedade estratificada, onde o consumo é norteado pelo marketing (de toda espécie), o consumo poderá apenas significar o aumento nas vendas de determinado produto. O consumo se qualificará quando levar em consideração um universo de variáveis que maximizarão a satisfação do indivíduo enquanto consumidor. Elementos como gosto pessoal (que deveria ser o primeiro item quando se fala em consumo), custo - benefício, necessidade e cuidados com a saúde e o meio – ambiente, compromisso da empresa produtora com a natureza e a cidade deverão nortear o consumo de forma a qualificá-lo. A qualificação do consumo leva a uma melhor expectativa de vida dos produtores e consumidores, uma otimização dos gastos em todas as instâncias e a diminuição das diferenças das classes sociais. A liberdade de escolhas e a informação quanto a estas escolhas levarão a uma sociedade mais democrática e saudável. A manipulação da informação nos grandes meios de informação leva a um direcionamento de consumo que nem sempre maximiza o ganho social, levando ao favorecimento de grandes grupos que detêm meios financeiros em detrimento do bem - estar coletivo. As campanhas de venda de automóveis em um trânsito sobrecarregado e caótico é um claro exemplo de marketing para o favorecimento de um determinado grupo em claro prejuízo social.