segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Individualismo responsável 5

Viver o individualismo responsável com democracia é tratar de forma democrática o trabalho. Especialmente em sociedade de gênese aristocrática, o trabalho é tratado como subproduto econômico, como castigo. Convenciona-se que a pessoa vive bem se não trabalhar, se viver de brisa e festa, se tiver pessoas prestando serviços básicos para você. O grande problema é que, quando você trata o seu semelhante como cidadão de segunda classe este tende a guardar magoas, a repassar esse tratamento, a se considerar inferior. Quando qualifica-se algum trabalho como sendo de segunda classe não alça-se o trabalho ao rol das atividade dentro da democracia. O individualismo responsável não hierarquiza o trabalho, não diferencia cidadãos em classes. O responsável pela limpeza de um departamento, o programador de softwares e o diretor da empresa devem enfrentar uma fila por ordem de chegada, independente das funções que desempenhem na vida. Se começarmos democratizando o espaço social, em detrimento a convenções, começamos bem. Outro ponto fundamental é a nossa atividade vital. O nosso organismo precisa de movimento, precisamos exercitar músculos e mente, precisamos nos alimentar bem e precisamos queimar calorias. Essas necessidades orgânicas já descartam a possibilidade da inércia. Precisamos saber ouvir a voz que vem de nós mesmos. Precisamos individualizar as necessidades e assumir responsabilidades, dizendo de outra forma, devemos saber do que precisamos e sermos responsáveis por tudo aquilo que causamos à nós mesmos e aos outros. O inter-relacionamento entre humanos pressupõe responsabilidades sociais. Se ela não vem do indivíduo, ela vem do judiciário. O importante é a manutenção da democracia. O que fazer para sair da inércia, para movimentar e ser saudável? Seja você mesmo, responda para si mesmo as questões básicas do artigo “Viva leve, pense leve 2” deste blog (http://trololochacalete.blogspot.com.br/search?q=pense+leve,+viva+leve+2). A maioria das pessoas negligencia os deveres da democracia e exige os seus direitos. O individualismo responsável exige auto-conhecimento, auto-crítica, conhecimento de legislação e acima de tudo ética e senso comum. O individualismo responsável é o passo mais decisivo para a formação da “verdadeira humanidade”, humanidade esta calcada no respeito à diversidade, sem miséria, sem stress, produtiva e harmoniosa. Assim como os pensadores sonham com um mundo mais harmônico esta prática está na mão de cada indivíduo. Se as pessoas seguissem suas religiões (qualquer uma delas) à risca, se a levassem a sério, se os partidos políticos democráticos fossem realmente democráticos, se os partidos de esquerda primassem pelo social em detrimento da riqueza do partido único, se os comerciantes/indústrias/prestadores de serviços estipulassem um teto para seus lucros e se os trabalhadores procurassem uma vida mais tranqüila de acordo com seus ganhos acho que o objetivo de uma humanidade de verdade seria mais factível.

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Teorias da administração na vida das famílias – PDCA

Pensar a administração doméstica com conceitos de administração não precisa ser uma coisa rígida, gessada, especializada, chata. A administração domestica com qualidade realoca recursos e maximiza a satisfação do consumo e do investimento. A teoria do PDCA, caracterizada em um link no fim deste texto, nos mostra cada ponto a ser analisado. Plan (P plano) depende necessariamente de uma estabilidade financeira, não se pode estabelecer um plano financeiro de ação sem que se tenha a necessária segurança de se ter recursos para a sua execução. Os custos domésticos devem ser discutidos democraticamente entre as pessoas da casa desde o consumo de bens duráveis até o consumo de bens perecíveis. O consumo baseado no Just in time maximiza o uso dos recursos usados e disponibiliza recursos para investimentos ou ainda os destina a algum tipo de consumo inesperado. Não existe receita de bolo! O destino do consumo e do investimento decidido coletivamente implica em compromisso familiar no entorno do orçamento. Estruturado e trabalhado de forma democrática o orçamento, que privilegiou o pagamento das contas básicas (custo fixo), que reservou algum tipo de verba para despesas inesperadas (custo variável), que reservou uma verba programada para algum tipo de investimento, está preparado para o segundo passo. Do (D Executar), este ponto faz-se mister respeitar-se o que fora planejado. A credibilidade do planejamento passa necessariamente por uma execução bem feita. Isso não significa necessariamente o gessamento naquilo que fora planejado, os imprevistos são elementos que redirecionam todo o planejamento e especificam mudanças pontuais e permanentes. Altas sazonais de preços, mudanças de hábitos, novos padrões de consumo e alterações estruturais de comportamento e consumo devem ser discutidas não só no planejamento, mas também na execução de forma a maximizar a satisfação dos membros da família. Esse tipo de administração familiar voltada para a maximização da informação leva à compreensão da situação por toda a família. Check (C checagem), este ponto nada mais é do que um olhar crítico sobre o que foi executado. No inter relacionar das pessoas há os tradicionais altos e baixos, conflitos, desavenças, ninguém é imune a estes elementos. Como lidamos com eles é que faz toda a diferença. Realocações de consumos, mudanças, aprovadas ou não, são objeto de discussões familiares. O clima ameno e descontraído deve nortear este momento, onde demandas devem ser pesadas para que no próximo planejamento sejam implementadas novidades ou que sejam realocados os recursos existentes. A checagem maximiza a satisfação para o próximo passo. A (A act ação), este ponto enaltece os pontos positivos conquistados, promove as mudanças estabelecidas na checagem e promove ou não as mudanças sazonais ocorridas no desenrolar dos acontecimentos. A ação fecha com chave de ouro tudo o que fora feito até o momento. Todo o processo deverá desenvolver o espírito crítico e prático da família, deve promover a equidade entre todos e mostrar que tudo nesta vida tem um preço e que o planejamento poderá trazer maturidade a todos. A ação municia um novo plano, reinicia um processo que não tem fim. O consumo coletivo mostra as mudanças sociais amadurece as relações pessoais dentro da família. http://www.portal-administracao.com/2014/08/ciclo-pdca-conceito-e-aplicacao.html

terça-feira, 19 de julho de 2016

Teorias da administração na vida das famílias - Just in time

Eu acho uma besteira imensa “setorizar” o conhecimento humano. Determinadas idéias utilizadas para empresas serem usadas na administração apenas das empresas, determinadas teorias governamentais serem usadas apenas para a administração pública e iniciativas individuais se restringirem à esfera pessoal. O que na educação se chama de interdisciplinaridade poderia ser usada para maximizar as satisfações individuais. Como amante do conhecimento humano eu acredito que, com adaptações pessoais, qualquer teoria poderia ser utilizada com o intuito de melhorar a “performances” de qualquer entidade ou pessoa. Independente do nível de renda que você tenha maximizar o aproveitamento de sua renda é respeitar o seu semelhante. A teoria do “Just in time” apresentada no fim deste texto é um exemplo de que a prática desta teoria poderia maximizar o desempenho na administração em uma família. A prática do estoque de alimentos é uma prática muito empregada em tempos difíceis, seja em períodos inflacionários ou de guerras, seja por descontroles financeiros. O fato de o trabalhador receber mensalmente seu vencimento o remete, até mesmo por uma questão de comodismo, a efetuar suas compras no período correspondente à data do pagamento. A teoria do “Just in time” apenas propõe a compra de pequenos itens exatamente no momento do uso. A compra mensal será efetuada ao longo do mês, e não em determinada data do mesmo. A grande vantagem deste tipo de compra está na compra de produtos perecíveis. Você os compraria com uma qualidade maior já que não precisaria congelar. Os produtos não perecíveis também teriam seus prazos de validade mais alongados já que seriam utilizados próximos à data de fabricação. Procure saber no seu lugar de preferência às datas de compras para que você maximize as suas compras também (Se um supermercado, por exemplo, tem sua data de reposições de mercadorias na quinta feira, a probabilidade de se ter ofertas na quarta é muito grande). Uma reunião familiar democrática, onde se cruzam os valores a serem gastos pela família, restrições orçamentárias e principalmente, prioridades de consumo devem dar o norte. Uma lista hierárquica de produtos comuns deve ser estabelecida, em segundo lugar, produtos consumidos pela maioria e, em seguida as individualidades. O pressuposto para esta prática é um orçamento equilibrado onde, além de todas as contas básicas estejam pagas, exista um valor mínimo de investimento. Uma outra teoria que será apenas citada, o “PDCA”, seria aceitável no implemento do “Just in time”. O estoque seria mínimo e baseado em produtos considerados consenso e aos quais fossem notória a sua prioridade. Imagine uma família com grande consumo de leite, o produto deverá ser estocado minimamente para que não falte. Esta estratégia abre brecha para o aproveitamento de ofertas, por exemplo, você tem um consumo diário de dois litros de leite por dia, você tem em casa hoje quatro litros (os dois para hoje e dois para amanhã) e você descobre uma oferta de leite com preços convidativos. Você compra o que você puder deste produto, preferencialmente cinqüenta e seis litros (dependendo do dia do mês em que foi descoberta a oferta) do mesmo e realoca a diferença que você gastaria em um consumo de um produto não tão prioritário, ou até mesmo que estaria fora do planejamento por restrição orçamentária. As necessidades individualizadas, conciliadas no coletivo da família maximizando seu consumo com qualidade e satisfação. https://pt.wikipedia.org/wiki/Just_in_time

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Individualismo responsável 4

Somos umas imensidões de complexidades que, trabalhadas de forma leve e prazerosa nos tornam melhores e nos levam a uma vida social melhor. Continuo a pensar que modelos preestabelecidos nos satisfazem parcialmente. Estabelecer o que é melhor para você individualmente dá mais trabalho, mas é bem mais prazeroso. Somos seres com cinco sentidos que demandam, de forma individual, uma satisfação plena e intensa. O que é melhor pra você? O que o satisfaz? O fato de você pensar, viver de forma leve, despretensiosa, individual e maximizando a sua humanidade, te leva há um mundo novo e instigante. Sons, imagens, sabores, texturas e odores, tudo isso individualizado nos tornam melhores conhecedores de nos mesmos. A inter-relação social e a convivência com os outros estabelecem a forma da nossa satisfação pessoal. A difusão de informações, seja pelos veículos de informação, seja através do convívio social agregam inestimáveis valores e oportunidades para essa satisfação. Você satisfeito torna-se um cidadão melhor perante a sociedade, a coletividade e, sobretudo, perante a você mesmo. Você, tendo como referência a Pirâmide de Maslow (Em meu modo de pensar o equilíbrio financeiro e sexual estariam incluídos nas necessidades básicas), sabendo gerenciar informações e, sobretudo, sabendo equilibrar/equacionar o equilíbrio interno, você poderá ter uma passagem mais satisfatória por essa selva que é a vida humana. Harmonizar racionalmente sentimentos, sentidos, espiritualidade, conhecimentos, relacionamentos, interesses, aspectos econômicos, políticos e sociais dá tanto trabalho que, na maioria das vezes recorremos aos milhares de exemplos/modelos estabelecidos na vida. A simples copia está disponível e é viável para toda e qualquer ocasião. A vida moderna trás tudo de forma prática e simples, basta aceitar. A grande pergunta que fica é a seguinte, É o que gostamos? É o que precisamos? É o que há de melhor para nós? É possível de obter? Toda leitura é baseada na teoria da desconstrução. A interpretação de determinados fatos envolvem necessariamente a época à qual ela foi feita, a sociologia da época e a vivência e experiência de quem interpretou. Grandes gênios interpretaram e descreveram grandes fatos políticos, sociais, econômicos e ideológicos de todos os momentos da história humana. Existem leituras e releituras de todo o tipo e espécie. A democracia é uma conquista praticamente inatingível para o ser humano. Vivemos lampejos de democracia intercalados com momentos de violência contra à mesma. A criação de uma verdadeira humanidade perpassa necessariamente por um compromisso forte de individualismo responsável, por um gerenciamento de informações bem feito, por uma administração pública voltada para o bem geral, por um judiciário que leva em consideração o respeito às leis e a maximização da convivência das diferenças e um legislativo construtor de leis e projetos que maximizem a convivência entre etnias, gêneros, religiões, tribos e diferenças em geral. Viver o individualismo responsável é conviver democraticamente com as diferenças, é aceitar a democracia como valor, é tentar ser melhor para si mesmo, para a comunidade e acima de tudo é respeitar para ser respeitado. Viver o individualismo responsável é saber-se e reconhecer-se falho e capaz de acertos e erros, é cer capaz de perdoar para ser perdoado. É ser capaz de ajudar para ser ajudado. Este texto encontra-se publicado no blog http://trololochacalete.blogspot.com.br/.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Reflexões sobre o futebol 5

Como toda atividade humana dentro de uma sociedade estratificada, os grandes ídolos são endeusados, atingindo um patamar de super-humanos. Partindo-se desta premissa espera-se deles um desempenho acima de qualquer humano, deixando-se de levar em consideração que este é suscetível a erros, inseguranças, velhice, necessidades básicas, tudo que poderia nivelá-los a nós reles mortais. Em um passado, onde um ídolo tiver uma proeza que marcasse época seria lembrado e marcado na história do futebol por gerações. O que não se diz é que este mesmo comportamento, como toda e qualquer atividade cria-se a expectativa do sempre, sempre se ter uma inovação, uma revolução, que este ídolo surpreenda a todos com jogadas acima da média toda vez que entrar em campo. Não se levar em consideração o aspecto humano é um erro crasso que poderá literalmente destruir não só a imagem do referido atleta, como sua vida pessoal. A mídia tem um papel preponderante na construção/destruição desta imagem. A irresponsabilidade com que se constroem e se destoem ídolos em prol de alguns pontos de audiência é uma estratégia desumana e desleal. Trabalha-se com a autoestima de seres humanos de forma impessoal e perigosa. Grandes veículos de informação, que monopolizam valores, atitudes e comportamentos, manipulam a vontade do grande público em função de mais verbas de publicidade diante de números crescentes de audiência são capazes de grandes atrocidades e estratégias desleais. Este sistema desumano mastiga seres humanos como predadores. Assim como este sistema, pessoas que projetam o sucesso e o fracasso pessoais em atletas que se destacam também produzem este tipo de distorção. Não me cabe definir o que é certo ou errado, apenas opinar sobre o que eu penso. O jogador de futebol é um funcionário do clube (uma verdade que, você gostando ou não, ela existe). Partindo desta premissa, ele só terá um rendimento satisfatório se ele se sentir satisfeito. Evidentemente a produtividade de cada jogador deve ser estimulada pelo seu respectivo clube, mas um pouco de compreensão não faz mal a ninguém. Um jogador que se empenhou em uma temporada decisiva e, por um descuido, por uma jogada genial do adversário, ou mesmo por uma tarde infeliz dele mesmo, o seu clube perde uma classificação, um título ou uma partida contra o seu principal adversário, deve ser crucificado por isso? A vida se pauta por erros e acertos, todos nos somos suscetíveis a eles. Saber o momento certo da crítica, do incentivo ou da cobrança é uma arte dominada por poucos. Cabe ao clube remunerar o atleta, dar-lhe suporte extracampo, valorizar seus triunfos e, principalmente, blindá-lo quando a torcida e a imprensa querem trucidá-lo por algum momento de revés. Cabe ao torcedor enaltecer seu ídolo de forma impessoal e imparcial. Não fazer das vitórias dele uma vitória pessoal, procurar em seu eu as respostas para a sua felicidade pessoal, manter o futebol como uma distração, um momento de lazer, uma forma de se distrair da luta diária. CADA UM COM A SUA VITÓRIA PESSOAL! A imprensa, imparcialmente, eleger o futebol mais vistoso, produtivo, artístico, de qualidade mesmo, levando-se em consideração apenas a arte e a técnica. Levar em consideração o futebol como reflexo dos frios números de audiência televisiva ou radiofônica, sem levar em conta o torcedor, o atleta e o clube, dentro de uma sociedade é desumano e desleal. Não criar ídolos de forma artificial e/ou sobrevalorizar clubes sem a devida comprovação empírica são atitudes temerárias. Todos os elementos inseridos neste contexto são maiores que os números da audiência! Atitudes como estas levam à superficialidade e não insere a discussão em parâmetros inteligentes e profissionais.

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Pacto social 1

Talvez seja um dos mais robustos instrumentos democráticos disponíveis em uma democracia de verdade. Penso o Pacto social como uma convergência de interesses, como uma tentativa sincera de convivência entre partes diversas. Transportando essas palavras ao “campo de batalha real” estamos falando em um “Jogo” onde se estabelece, para cada jogador, uma estratégia na qual se minimize as perdas e se maximize os ganhos. Na prática seria ganhar o máximo possível diante de algumas perda eminentes. A convergência de ganhos e perdas devem levar em consideração o longo prazo e o estabelecimento de uma interação social que levará NECESSARIAMENTE a uma meta razoável para todos. O ponto de sela seria formado em termos de uma negociação democrática e transparente. Sentados em uma negociação estariam os Empresários, os trabalhadores e os Governos, todos com interesses e objetivos diversos. O pacto social os fariam convergir em um determinado ponto, em um determinado objetivo. Qual é esse objetivo? Será discutido em uma mesa redonda convergindo interesses e satisfações. Para se maximizar objetivos acho “mister” ter-se alguns pontos divergentes. Trabalhadores que querem trabalhar pouco e ganhar muito vão de encontro aos objetivos dos empresários que querem produzir muito e desta produção extrair seu lucro e investir em mais produção e os governos que dessa maior produção extrai os impostos que o sustenta, tanto ao nível de despesas quanto ao nível de políticas sociais. Trabalhadores que trabalham demais e ganham pouco são pouco produtivos, pois trabalham insatisfeitos e oneram os governos em Previdência, saúde e segurança públicas. Estes mesmos trabalhadores movimentam pouco a demanda agregada da economia consumindo pouco e de forma insatisfatória, não têm expectativas de uma melhora profissional e permanecem com a mesma pouca produtividade. Esta situação descrita pressupõe uma situação de alto desemprego, onde a mão-de-obra está abundante e o empresariado, de forma mesquinha, maximiza seus ganhos através do custo do trabalho. O trabalhador, muito pressionado, estaria mais propenso a adoecer e/ou obter licença médica. Neste caso, tanto os empresários quanto o governo perderiam pois teriam um trabalhador a menos, tendo, no caso do empresário que substituí-lo à altura por determinado tempo ou definitivamente e o governo teria despesas com este mesmo funcionário com a saúde pública e/ou previdência. Trabalhadores que trabalham em uma quantidade de horas satisfatórias tendem a ser mais satisfeitos, a produzir melhor e a querer uma maior qualificação profissional. A melhor qualificação profissional vem de duas vertentes, ou da paixão daquilo que se faz, maximizando a satisfação deste mesmo trabalhador com suas funções, ou da obrigação de se manter e manter a empresa no mercado de forma produtiva. Subjetivamente falando cada um tem, em suas demandas, objetivos pessoais de satisfação. O importante é se ter a verdadeira noção da situação, dos sacrifícios que cada “jogador” terá que fazer e em quais objetivos pretendemos chegar. Um ponto ótimo para os trabalhadores seria um consumo individualizado, uma renda mínima para a adequação deste consumo, um nível de tributação do governo sem que se oprima demais a renda deste trabalhador e que ele tenha um recebimento de um mínimo de assistência governamental para uma maior e melhor segurança de todos.

segunda-feira, 14 de março de 2016

As necessidades básicas e as ideologia 1

É de impressionar o que as pessoas fazem para satisfazer suas necessidades básicas. Eu acho que um dos problemas mais sérios nas relações humanas é a arrogância de se achar que os seres humanos, por terem o privilégio do raciocínio, não têm o vinculo com o mundo animal. Nossas necessidades básicas são mais intensas que a nossa racionalidade por serem diretamente ligadas à sobrevivência e ao bem estar. Estamos sempre nos julgando "lordes ingleses", politicamente corretos e isentos de qualquer necessidade fisiológica. Quando, dentro de nossa racionalidade, negamos a porção animal dentro de nós em função de "status quo" corremos o risco de ficarmos insatisfeitos com nossas próprias volições, negando nossa condição humana. Quando gessamos nosso pensamento por uma ideologia estagnamos nosso pensamento e nos fechamos a criticas podendo, em casos extremos, a partir para a violência se contrariados. O entendimento da pirâmide de Maslow joga luz sobre o assunto e nos leva a aceitar melhor a nossa condição. O fato de nos colocarmos no lugar do outro nos faz entender o que, num primeiro momento parece ser uma insanidade. Respeitar a condição, a formação e os desejos do outro também nos leva a não esperar do outro atitudes que tomaríamos ou a ouvir dos outros repetições de opiniões nossas. É por essas e outras que eu defendo um pouco de dificuldade na vida para a formação do cidadão politicamente correto. As dificuldades são específicas de cada ser humano e formam a individualidade de cada um de nós. O certo é que se estudamos e concomitante a isso trabalhamos e batalhamos por uma vida melhor, com os pés no chão, entendemos e nos colocamos no lugar do outro trazendo luz ao comportamento do outro. Colocarmo-nos no lugar do outro nos faz respirar fundo e pensar dez vezes antes de condená-lo. Se o outro é repreendido ou sofre privação em alguma necessidade básica ele tenderá a ter essa mesma necessidade como fixação e/ou objetivo. Não adianta pensar nem cobrar qualquer postura social de um indivíduo que sofre algum tipo privação básica. Não se esqueça de que o instinto nasceu primeiro que a racionalidade, ou seja, estamos mais familiarizados com o sentir e agir do que com o pensar. Não se cobre tanto por atitudes que você por ventura venha a tomar por impulso e/ou ao sabor das emoções, é a manifestação inequívoca do animal que existe dentro de você. Não leve esta afirmação ofensivamente, não pense que estou aqui para te ofender, estou argumentando que os animais são melhores que todos nós em tudo, menos no raciocínio, e que o raciocínio dissociado da arrogância traz diversos benefícios a qualquer argumentação, além de nos levar ao aperfeiçoamento sempre. Partindo deste ponto para duas vertentes importantes, a vertente do politicamente correto e do socialmente aceito. O estudo formal nos elucida o que é politicamente correto e nos mostra conceitualmente este fato. A nossa vida social nos mostra que a convivência democrática com o outro nos exige que seja respeitado o "modus operandi" do outro e as suas particularidades. A formação da ideologia, através da educação formal, nos dá uma visão geral de como poderia ser melhor a vida se tiver o direcionamento estipulado por ela. Se o outro não é afeito ao diálogo, é dogmático e resistente à mudança e/ou convivência, esqueça, o conflito pode ser a única alternativa. Ninguém terá a verdadeira noção do politicamente correto e daquilo que é melhor para a sociedade como um todo se não tiver as suas necessidades mais intimas satisfeitas.

sexta-feira, 11 de março de 2016

O papel do trabalho na saída da crise 3

A forma com a qual o trabalhador encara o desemprego nos permite imaginar a forma com que o trabalho irá influenciar a saída da crise. Quando analisamos a vida somente sob o nosso prisma tendemos a ter uma visão distorcida dos fatos. As questões são pessoais, os problemas são nossos, e, infelizmente, tudo que o acontece de ruim é para nos prejudicar. Observar a forma com que o trabalhador encara o desemprego certamente trará luz a alguns fatos relevantes. Aliás, a forma com que ele desempenha suas funções, antes do desemprego, diz muito de seu futuro como desempregado. Falar desta forma não significa imutabilidade, apenas demonstra um padrão no qual o empregado e futuro desempregado poderão desempenhar. A cobrança de inovações de produtos e serviços é recorrente e intensa. A cobrança de inovações e atualizações com relação à mão de obra vai à mesma direção. O trabalhador que não se atualiza, não se recicla, não procura a eficiência esta fadado, independente da crise ou não, a se tornar um demitido. Neste caso temos um problema, se ele não se qualificou, se ele não conseguiu ler nas entrelinhas (e isso é uma coisa complicada de se ver) que poderia ser demitido, sua jornada como desempregado poderá ser longa. O desemprego pode surgir pela melhoria produtiva imposta pela concorrência das outras empresas ou mesmo a constatação de que no mercado existem trabalhadores melhores qualificados. Surge uma questão pertinente. O empregado era aquele que sobrevalorizava o consumo, que despendia seu dinheiro e tempo em ostentações? Sabia dividir tarefas e trabalhar em equipe ou era aquele que tentava se livrar do trabalho como quem se livra de uma doença infecto contagiosa? Era aquele que via no elogio desmedido à chefia a única chance de promoção? A postura de empregado tende a ser repetida pelo desempregado. O empregado que se sustenta através de relações de amizade e interesse com seus superiores caem com a queda e ou ausência dos mesmos. Em uma empresa que se sustenta a meritocracia impera e imprime um ambiente de produtividade necessário. Observemos o que o desempregado fara após o desemprego. Ele ficará em casa dispendendo sua indenização com produtos e serviços de consumo? Ele analisará sua trajetória profissional, os motivos de sua demissão e com a indenização se reciclará para que em um eventual novo emprego não cometa o mesmo erro? Terá o desprendimento de mudar de ares, de profissão, ao menos temporariamente, a fim de entrar novamente no mercado de trabalho? É como foi citado anteriormente (sendo uma conjectura e não uma afirmação categórica) a postura como trabalhador se repetira como desempregado. A menor qualificação levará o empregado a atividades de menor qualificação, com menor remuneração. A precária qualificação servirá de elemento impeditivo da iniciativa da montagem de uma empresa por parte do empregado. Se os esforços do desempregado se voltarem para o público consumidor de determinado produto que exija pouca qualificação, ela terá que se preparar porque essa ausência de qualificação inflacionará a oferta de mão depreciando sua remuneração. Quanto mais qualificado o desempregado, melhores as condições dele voltar ao mercado ou montar um negócio mais lucrativo. Voltando ao caso do trabalhador que se fia na personalidade e na base do outro (em geral um de cargo superior). Quem deliberadamente coloca seu destino nas mãos de outro tem que se submeter às intempéries e decisões do outro. Quem delega seu destino a outro, à sorte ou ao destino, nunca está no leme da própria vida.

quarta-feira, 9 de março de 2016

Uma paixão chamada música 2

Eu acho que um dos principais problemas advindos da revolução industrial foi a setorização de tudo, ou seja, se você é bom em algo, você devesse especializar naquilo à exaustão. Argumentos fora da música não são levados em conta porque não dizem respeito com a mesma. As ciências avançaram e a saúde das pessoas passou s ser uma questão de atitude, promovendo uma crescente longevidade. Você imagina que que os grandes ídolos anteriores ao século XXI tinham uma longevidade menor, além de serem considerados semi deuses. Você tem n exemplos de artistas de carreiras extremamente curtas e férteis. Você tem n exemplos de vidas marginalizadas em função da música não ser considerada profissão ou ocupação descente ou digna de menção. A questão da concentração e da criatividade também, em alguns casos, estava ligada ao uso de drogas. Não cabe a um palpiteiro como eu definir com exatidão o certo ou errado, palpiteiros dão palpites. O certo é que, a veia artística têm despontado nos músicos cada dia mais cedo fazendo com que sua produção comece a cada dia mais cedo e se prolongue por muitos e muitos anos já que a sua longevidade está cada dia maior. Imaginemos um músico que consiga gravar algo relevante aos 20 anos. Imaginemos ainda que este músico tenha uma vida razoavelmente longa, algo em torno de 70 anos. Estamos falando de 50 anos produtivos, onde ele, dependendo da qualidade do que ele produzir influenciará até 5 gerações ou mais. Imagine então um fã deste músico que, com 10 anos de idade descobre e se apaixona pelo seu trabalho e aos 20, assim como o seu ídolo, consiga gravar algo relevante. A formação pessoal e a forma com que ele encara ideias conflitantes definira o seu futuro trabalho, ou seja, se ele é dogmático e fiel à um estilo sua música terá este perfil e ele trabalhará intensamente para o desenvolvimento deste mesmo estilo. Se ele não for experimentalista e achar que toda e qualquer música tem o seu valor e vale apena ser tocada ele poderá agregar acordes e experimentos de outros estilos dentro do estilo ao qual ele tem predominância. São inúmeros os casos em que o artista, com um vida produtiva intensa, oferece aos seus ouvintes e fãs leituras pessoais e independentes do estilo ao qual sua música predomina. Ele irá atravessar épocas desfilando estilos variados e tocando músicas diferentes. Se a pessoa se propõe a viver de música ela acaba, até mesmo por uma questão de sobrevivência, seguindo estilos e ritmos do momento, afim de levar o seu quinhão daquilo que esta em moda no momento. São fatores que devem ser levados em consideração na hora de se pensar a música. Indo mais a fundo na individualidade do músico eu diria, qual o seu objetivo final de vida? Enriquecer vendendo milhões fazendo uma música manipulada e que segue uma tendencia? Faturar pouco mas ter um público fiel e dedicado? Tentar encontrar um meio termo entre o comércio e a arte? Questões pessoais, de foro intimo, que revelam as características de cada um. Isso sem falar que não mencionamos os fatores físicos, ou seja, com o passar dos anos o corpo humano sofre modificações e alterações que refletem diretamente em sua arte. Seja por desenvolvimento, na juventude ou por doença nas idades mais avançadas a arte sofre significativas modificações ou adaptações para a sua continuidade. O importante é a permanência do interesse em se manter a arte viva, é trabalhar de forma concreta para a manutenção da magia. A MÚSICA É UMA DAS MAIORES E MELHORES MAGIAS HUMANAS!

O papel do trabalho na saída da crise 2

O trabalho revestido de ética tanto para trabalhadores, empresários ou governo, norteia uma sociedade da informação confiável e segura, nos credencia para a formação de uma verdadeira raça humana. O individualismo responsável faz de cada um de nós, indivíduos em uma verdadeira "celula mater" da sociedade. Um trabalho individual sério e coerente nos revela que somos, em verdade, um exemplo a ser seguido. Termos um mínimo de amor próprio (sem arrogância) nos motiva a sermos este exemplo. Este exemplo deverá estar ligado mais à produtividade do que à satisfação pessoal. A verdadeira educação vem mais do exemplo do que da teoria. Cabem aos indivíduos o pontapé inicial para uma sociedade melhor. Desempenhar suas funções dentro de uma produtividade razoável é desempenhar suas funções com amor e dedicação. É fundamental para a sociedade o conceito de que se você acumula alguma riqueza indevida você, na verdade está tirando de outro. O funcionário que recebe propina para facilitar alguma coisa para alguém na verdade está privilegiando a incompetência em detrimento à produtividade. O empresário que majora sua margem de lucro está fazendo do seu negócio apenas uma acumulador das riquezas retiradas da classe trabalhadora, reduzindo a demanda agregada e aumentando a especulação financeira. O empresário que paga propina quer dar um jeito comodo de não procurar ser produtivo, quer ser privilegiado em uma sociedade que se diz igualitária, quer pagar menos imposto reduzindo as benesses oriundas da tributação para toda a sociedade. O governo que cobra propina para o enriquecimento individual de seus agentes privilegia a improdutividade, retira benefícios da sociedade e majora o capital especulativo. O trabalho produtivo, eficiente, permite ao trabalhador um menor custo para o empregador, seja ele empresário ou governo. A sua eficiência o deixa à vontade para pleitear uma maior eficiência de custos do empregador e/ou governamental. Você imagina uma sociedade vivendo de forma eficiente, procurando a eficácia, democrática (sem a opressão de ídolos que são alçados à condição de diferentes) com igualdade de direitos e deveres e trabalhando de forma a que o crescimento econômico, por menor que ele seja, seja igualitário e robusto. A satisfação do acumulo de riquezas deve ser individual, mas em um individualismo responsável, onde todos trabalhamos por um coletivo melhor satisfazendo a nos mesmos. O trabalho vai nos tirar da crise se tivermos a certeza de que todos trabalham para um objetivo comum, se continuarmos a trabalharmos para o acumulo individual desmedido ou o acumulo para apenas nossa família/amigos/colega continuaremos a nos digladiar desperdiçando tempo e saúde nos prejudicando mutuamente sem termos perspectivas humanas no horizonte. Lembre-se, se você trabalha contra a sociedade, ela trabalha contra você. Se você prejudica a coletividade amanhã será a vez de ela te prejudicar. Em um primeiro momento o trabalho apaixonado e eficiente do judiciário, fiscalizando os direitos iguais para todos. Quando se diz trabalho eficiente se diga ai um judiciário sem privilégios e em consonância com os ideais democráticos. Quando afirmamos que a educação vem do exemplo, dizemos também que a punição exemplar e indiscriminada educa toda a sociedade. Enfim, se o objetivo for sair da crise a união é o fator primordial, se ela não existir a saída para a crise existirá para poucos aumentando as diferenças sociais e tornando utópica a democracia geral e irrestrita.

quinta-feira, 3 de março de 2016

O trabalho e as diferenças sociais 2

O acesso à informação e a educação formal no desenvolvimento de uma sociedade faz toda a diferença na estratificação social. Uma sociedade pouco escolarizada, onde quem tem curso superior é uma pequena e inexpressiva minoria tende a tentar acumular todo o poder a seu favor, isto inclui o mercado de trabalho. Uma profissão com escassez de profissionais tende a supervalorizar sua atuação, majorando sua remuneração. A melhor escolarização entra como elemento diferenciador neste processo. A questão é de simples oferta e demanda. Com poucos profissionais a demanda é maior que a oferta, a probabilidade dos profissionais combinarem salários e/ou preços de serviços também é grande. Com a maior e melhor escolarização da população os profissionais oportunistas darão lugar aos profissionais apaixonados com a função não importando em ganhar menos e sempre. Profissionais que não gostam daquilo que fazem tendem a querer sair do ramo rapidamente, pois não se sentem à vontade nele. Profissões com pouca oferta de mão de obra tendem a se valorizarem e a terem uma melhor remuneração, o mesmo acontecendo com profissões ligadas à saúde. A supervalorização de alguma função leva à uma melhor remuneração, que leva a um melhor consumo e que leva a uma demanda maior por ela. O crescimento não é infinito, ele respeita um limite de mercado. Próximo a este limite, e acirrando-se a concorrência, as remunerações passam a se tornar menores e a quantidade de profissionais no mercado aumenta. A tendência de permanência no mercado dos melhores e mais qualificados profissionais é grande. Enveredando por uma vertente espinhosa e mais especulativa, o fato das pessoas terem uma personalidade infantilizada as vezes escolhem uma profissão em evidência naquele momento, profissão onde seus representantes estão sendo bem remunerados naquele momento. Como a procura pela profissão é grande, a procura por cursos de melhor qualificação para estas profissões também é. Em uma sociedade pouco desenvolvida em termos de direitos, uma profissão badalada e bem remunerada alça seus ocupantes aos "status" de celebridades. Em uma sociedade onde a exposição é tudo faz toda a diferença ser badalado. A ascensão de maus profissionais, a procura por parte das pessoas sem aptidão por cursos da "moda" leva a sérias distorções, tanto no mercado de trabalho quanto no campo estudantil. Quando se junta à escassez de profissionais com a necessidade de se estar em evidencia e a necessidade de acumulo desmedido de riquezas cria-se uma convergência explosiva de fatores que prejudica a sociedade como um todo. A ganancia também pode levar a cartelização da oferta da mão de obra, levando a população a ter que se defender através do judiciário. Conforme a sociedade vai crescendo, desenvolvendo, pluralizando, os interesses da sociedade também se diversificam. Essa diversificação pode levar aos grupos profissionais em evidencia se digladiar com novos grupos em ascensão pelo simples fato de estarem em ascensão, o poder pelo poder. O poder publico, por sua vez pode perceber esta batalha e leiloar benesses e vantagens ao grupo que pagar mais, tornando-se mais um elemento distorcido deste sistema. O poder publico não fiscalizado tende a tornar o ambiente bastante nocivo e indesejável.

quarta-feira, 2 de março de 2016

O trabalho e as diferenças sociais 1

O trabalho indica muito da forma como a sociedade encara seus conflitos e problemas. Em uma sociedade democrática, igualitária e fraterna simplesmente não há a hierarquização do trabalho. Todo e qualquer profissional tem o mesmo peso perante a sociedade como um todo. Dar direitos e deveres iguais aos nossos concidadãos é uma tarefa árdua, difícil e que exige abrir mão de uma série de preconceitos, além de exigir um nível diferenciado de cidadania. Não quero com isso simplificar a discussão estabelecendo, assim como o socialismo clássico, que todas as profissões tenham uma renda igual, afinal de contas cada profissão exige sua demanda, seu investimento. Estou agregando elementos para uma discussão que não se encerra em si. Cada um tem a exata dimensão do quanto vale o seu trabalho e este valor deve ser o norte de sua renda, independente do quanto ele ganha. A interatividade dos agentes econômicos é que traz complexidade à discussão e traz um viés, tanto para cima quanto para baixo, da renda a ser definida. A grosso modo o trabalho deve remunerar a subsistência do trabalhador, repondo a ele o investimento feito para que ele se torne um profissional da magnitude que ele é, além de lhe dar o conforto que ele julga que merece. A valorização do trabalho depende do reconhecimento próprio e dos seus pares, do reconhecimento da sociedade e do reconhecimento patronal. Estamos, e sempre estaremos, girando em torno dos custos das operações, aliás, a relação com o custo está diretamente ligada à satisfação pessoal, ao estilo de vida e, principalmente, aos objetivos de vida de quem estamos falando. Em uma sociedade hipotética onde o trabalho é valorizado democraticamente, os trabalhadores deveriam ter uma renda de subsistência mais um investimento de qualificação, o que exceder a isso seria uma premiação pela qualificação passada e/ou reposição do investimento que o tornou o profissional que ele é hoje. Explicando melhor, uma pessoa desempregada teria por parte do governo uma renda de subsistência, um trabalhador simples teria esta mesma renda agregando se um valor de qualificação ou um valor que o propicie uma laser diferenciado. Com o passar do tempo o trabalhador, também a título de incentivo, teria um acréscimo de produtividade, tomando-se o cuidado de este ponto não afetar a saúde do referido empregado. O excedente sempre será sempre um incentivo ao crescimento ao desenvolvimento, sempre uma forma de fomentar o amor ao que se faz. A questão central é estarmos todos voltados para o objetivo de maximizar as metas da empresa de forma eficiente e procurando sempre sermos eficazes. A procura da eficácia passa necessariamente pela constatação que somos todos peças de uma mesma engrenagem, ou seja, o médico é tão espectador de um teatro quanto um porteiro, um empresário é tão consumidor de um supermercado quanto um pedreiro. A democracia elevada ao seu grau máximo! Acho que alguns casos como Juízes e representantes eleitos, por representarem muito poder e constantemente estarem se opondo a grandes interesses deveriam ter um cuidado especial em lugares públicos. A indústria das celebridades também faz parte deste processo e, por uma questão de segurança, também deveria receber tratamento diferenciado. Quando se tem uma sociedade com poucas diferenças sociais, quando se tem uma sociedade com reduzidas diferenças de renda, temos uma sociedade mais propensa ao crescimento e desenvolvimento, já que todos acreditam em direitos e oportunidades iguais, poderíamos ter todos trabalhando para o crescimento individual. Ressaltando-se que esse individualismo deve ser incentivado a que seja um individualismo responsável, que leve em consideração a inter-relação do individuo com o coletivo.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

O papel do trabalho na saída da crise 1

Infelizmente, até mesmo por uma questão de sobrevivência, nenhum dos três agentes da economia (trabalhadores, empresários e governo) confia um no outro. Vivemos sempre na expectativa de que um vai prejudicar o outro (o que não deixa de ser uma realidade). É como se ao invés de comportarmos como seres racionais, vivêssemos como predadores. A diferença é que os predadores agem por extinto e nós somos racionais. Quando surgem problemas econômicos os empresários têm como primeiro ponto adequar a oferta à demanda. Dependendo da diminuição da oferta haverá o surgimento de mão de obra ociosa. Pagar salário a empregado ocioso é custo desnecessário. Portanto, surgem as demissões. Infelizmente todos nós vemos nossos colegas serem demitidos sem questionamentos, ou aliviados porque, “antes eles do que eu!” Não somos criados com a iniciativa de analisar que o problema pode ser maior do que os muros da empresa em que trabalhamos. Não vemos o problema que o outro passa como algo que, futuramente, poderia nos afetar. Penso (não afirmo) que poderia ser uma memória de uma época em que não tínhamos a possibilidade de a riqueza que temos hoje em dia. Uma época que precisávamos acumular, acumular e acumular por incerteza do amanhã. Quando digo possibilidade de riqueza, digo que poderíamos estar melhores se a riqueza fosse mais bem distribuída. Porque o primeiro momento é de demissões? Porque não propor uma redução de lucros? Os trabalhadores sabem muito bem que redução de renda significa realocação de recursos para o consumo. Porque os empresários, num primeiro momento não poderiam fazer isso, se vivemos em uma sociedade democrática e que alardeiam direitos e deveres iguais? A vida não se resume a zeros em uma conta bancária, a felicidade e tranquilidade podem estar em lugares em que não vemos por conta da cegueira de se acumular cifrões. O governo por sua vez encontra-se gessado pela legislação e não pode cortar o funcionalismo, pois o mesmo tem estabilidade no emprego. Reduzir direitos da população seria desumano. Porque o governo não corta na própria carne, reduz suas despesas em coisas e cargos que poderiam facilmente ser dispensáveis em favor do coletivo. Os trabalhadores, dentro do capitalismo, são, sem sombra de dúvidas, a parte mais fraca e precisa se unir para se tornar mais forte. O sindicalismo é a saída! Os sindicalistas precisam de nossa união, a nossa união precisa de coesão e objetivos comuns e coletivos. Os sindicalistas não podem ser apenas pessoas que têm expressão forte e boa conversa, eles precisam compreender o funcionamento da empresa/secretaria/ministério/governo em que enfrentam. Precisa ser municiado por informações essenciais sobre tudo. Saber negociar e ter a credibilidade da classe é a chave de tudo. A credibilidade é o carro chefe de tudo, o objetivo comum é a essência. Os trabalhadores abrem mão da reposição salarial, reduzem a carga horária de trabalho para reduzir salários. Está fórmula ortodoxa é repetitiva e chata. Cabem aos trabalhadores cobrar uma maximização de resultados dos empresários e dos governos. Redução salarial e de privilégios em todas as instâncias, uma administração coesa e profissional em todas as instâncias. Os trabalhadores se unirem é o básico, os sindicalistas terem uma visão administrativa do problema, um privilégio. Uma mão de obra escolarizada, politizada, coerente e unida é fundamental para uma sociedade desenvolvida como um todo. O conhecimento reduz as diferenças de renda e “Status quo”, tornando nossas diferenças individuais menores.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Uma paixão chamada música 1

Gosto de pensar a música como uma magia, uma criação humana das mais fantásticas que poderíamos ter feito, sem exagero! A música está diretamente associada a alguma imagem, a algum sentimento, a alguma lembrança, a alguma ideologia, a alguma fé. A música identifica uma nação, identifica um comportamento, um estilo de vida, uma religião. A música pode levantar bandeiras, ser porta voz de alguma ideia, de alguma comunicação. Ela poderá abrir alguma porta, servir de algum tipo de libertação ou simplesmente servir de companhia para um dia solitário. Ela poderá melhorar ou piorar seu dia, ajudar ou atrapalhar em situações ou em relações sociais. Acho que o fato de termos sonorizado os filmes trouxe um que emotivo a mais. Não consigo ver determinadas cenas clássicas de cinema dissociadas de sua trilha sonora. A música abrilhanta a vida! Até para escrever sobre ela eu não consigo dissociá-la da emoção... É MAGIA PURA, NATURAL! Eu acredito que a forma de você encarar o mundo, as situações, define, "a priori", o seu estilo musical predileto. Digo estilo musical predileto porque a passionalidade da sua existência nos permite ouvir determinados estilos em determinados momentos. A demanda por determinado estilo primeiro e necessariamente, passa por nossa formação pessoal, segundo pelo ambiente em que estamos e em terceiro pela relação direta ou indireta que temos com as outras pessoas. Em todos os estilos musicais existem músicas curtas, simples e diretas, que existem apenas para nos divertir, para passar o nosso tempo e/ou servir como trilha sonora (assim como nos filmes) para algum comportamento, alguma atitude, alguma tarefa a ser desempenhada. Também existem músicas mais elaboradas, com frequência maiores, que nos fazem refletir ou nos chamam a atenção pela complexidade das harmonias, arranjos e letras. A música poderá ser nossa porta voz (Tanto individual quanto coletivamente) externando algo que individualmente não expressamos, mas que coletivamente acreditamos. Estilos diferentes marcaram épocas diferentes e ditaram comportamentos distintos. Em todos eles o comportamento e o sentimento estiveram sempre à frente de tudo. Houve, por parte da mídia, uma tentativa de padronização da musica na década de 1980. O mesmo tratamento dado ao comportamento de consumo, dentro do capitalismo, foi dado ao comportamento musical das pessoas. Acho que nesta década é que foi institucionalizada a música de trabalho (Música produzida exclusivamente para vender), foi consolidado o mercado musical. Acho que foi nela que ocorreu a "Revolução industrial" dentro da música. A mídia e o seu poder de penetração estabeleceu comportamentos, regras e atitudes, promoveu revoluções e estabeleceu o novo. É maravilhoso pensar como a associação de sete notas musicais constrói uma infinidade de trabalhos em uma infinidade de estilos. Cada instrumento, com a sua característica específica, suscita uma paixão singular. Podemos amar um estilo e odiar outro. É praticamente impossível não estabelecer uma relação passional com a música! Existem músicas que caracterizam nações, caracterizam gêneros, religiosidades, raças e épocas. Poucas coisas criadas pelo homem têm a dimensão e a amplitude da música. A música fortalece ou reverte sentimentos, ambientam locais importantes e nos induzem a sentimentos (voltando ao exemplo do cinema). As notas musicais se permitem, nas mãos dos músicos, transformarem-se naquilo que os sentimentos expressam. Não há como terminar este artigo de outra forma. A MÚSICA É UMA DAS MAIORES E MELHORES MAGIAS HUMANAS!

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Uso prático do conhecimento 9

Pelo fato de termos raciocínio lógico nos achamos superiores aos outros animais porém não é exatamente por ai. Todo animal segue um destino inevitável, nasce, cresce, luta pelo alimento e/ou sobrevivência, se reproduz e morre. Com o ser humano não é diferente nestes aspectos citados a exceção do raciocínio lógico. O raciocínio lógico poderia fazer a diferença de forma mais aprofundada se tivéssemos menos preconceito em seu uso. Pessoas racionais ganham títulos pejorativos, comentários desagradáveis e se tornam pessoas arredias e fechadas. Gosto de falar sobre este tema para alinhavar os conhecimentos humanos em um só lugar. Novamente sem fórmulas de bolo ressalto que o conhecimento humano poderá nos redimir ou nos condenar dependendo de qual conhecimento que é usado em qual lugar. A intensão do uso esta diretamente ligada na formação do executor e suas intensões. Esbarramos na multiplicidade de características humanas que se estendem numa diversidade que só a razão humana é capaz de criar. A democracia, o livre arbítrio não pode enfim ser um motivo para que a pessoa seja livre para ter o direito de morrer de inanição e abandono. Não sendo pretensioso encontramos nos animais habilidades superiores as nossas. Quem tem raciocínio e procura maximizar o conhecimento humano, procura reconhecer nos outros animais suas habilidades e, em estudo de sua dinâmica e comportamento, procura copiar e/ou melhorar estas habilidades. A dinamicidade da economia de mercado estabelece parâmetros perecíveis de trabalho e renda. Estes parâmetros modificados podem acarretar desempregos estruturais que desembocam em uma tradicional dicotomia, ou você se adapta ou morre. Esta adaptação pode causar frustração que, em geral, gera a demanda por alternativas não muito satisfatórias para quem se propõe sobreviver. Como único ser capaz de reverter/direcionar seu destino, o ser humano poderia reservar o excedente de riqueza produzido por ele mesmo para sobrevivência de seus pares. A troca do "modus vivendi" selvagem pelo racional e cooperativo, com ampla e irrestrita difusão de conhecimentos será o alicerce natural para a maior e melhor qualidade de vida na formação de uma verdadeira humanidade. Uma sociedade que substituiria a competição do capitalismo selvagem pela leveza de uma sociedade cooperativa. Imagine todo esse capital especulativo, que derruba bolsas, que alimenta a corrupção e, enfim, que retroalimenta a ganância humana, voltado para uma estabilização monetária mundial. A mente humana não mais na extrema preocupação da defesa contra o outro, a mente humana voltada para a participação efetiva na construção de um mundo melhor e mais justo. Utópico como a letra de "Imagine" de John Lennon, esta sequencia de artigos trabalha e projeta a vida humana com os seres humano trabalhando melhor o equilíbrio entre a razão e a emoção, respeitando melhor a natureza e procurando melhor utilizar toda a gama de conhecimento adquiridos e criados por eles mesmos. O compromisso coletivo viria da individualidade responsável de cada um, viria de um governo, que implementaria um programa de renda mínimo onde a sobrevivência da população estaria garantida, que garantiria os direitos básicos da população e viria da satisfação das empresas em comercializar produtos e serviços com o objetivo primeiro da satisfação em fazer o melhor.

sábado, 16 de janeiro de 2016

Famílias: Ideologias 2

Pensamos a sociedade como algo lógico que segue uma dinâmica racional na qual temos total ciência e conhecimento e nos assustamos com o rumo que algumas situações/acontecimentos tomam porque temos como referencia nos mesmos, nossos valores, nossa logica de vida. Simplesmente ignoramos que todos nos, sem exceção, somo um equilíbrio entre duas forças antagônicas... RAZÃO X EMOÇÃO. Sempre em nossos pré julgamentos temos definidos o futuro dos outros, sempre sabemos o porque de não ter dado certo para o outro e estamos sempre com os diagnósticos e os pareceres em dia. Chato e trabalhoso é entender o outro, é procurar a dinâmica das atitudes do outro, os valores e as razoes do outro. Diante de determinados ambientes, de determinadas logicas, as atitudes de determinadas pessoas podem nos surpreender. Em uma classe baixa por exemplo, onde a falta de verbas e as restrições se somam à ignorância das pessoas, a dedução logica seria que estas pessoas vivessem dentro de suas restrições e posses. Porém vemos outra logica imperando. Vemos pessoas comprando bens supérfluos e se restringindo do necessário, dentro de uma ideologia consumista, capitalista, onde a ostentação e o comportamento de manada supera ate mesmo as necessidades físicas. A ideologia capitalista nos direciona para a capacidade de consumo como o expoente de vida. A sofisticação como algo alcançável e a simplicidade como algo dispensável. Consome-se bens que não servem para a pessoa ou que não trazem satisfação pelo simples fato de se ter um bem que a maioria das pessoas consideradas expoentes consomem. A autoestima destas pessoas esta diretamente vinculada aos produtos que elas consomem. Algumas destas pessoas veem as pessoas mais simples como alguém a ser explorado, criticado ou menos prezado. Qualquer conhecimento, por mais efêmero que seja, e diante dos seus pares, o torna especialista em algo em que ele tem um conhecimento apenas superficial. Diante de suas necessidades o outro sera sempre alguém a ser explorado em prol de suas carências e necessidades. Na mesma classe baixa e diante das mesmas restrições e falta de verba, temos pessoas que sua condição nunca mudará, nunca melhorará. Esta pessoa acha que o governo e os grandes empresário são responsáveis pelo seu futuro. Acreditam numa sociedade igualitária mas não lutam para este acontecimento. Tudo que recebem ainda é pouco (a sua referencia é um nível de consumo superior ao seu) e aquilo que não recebem é castigo ou esta ligado á sua condição social, NADA É POR MERECIMENTO OU DESMERECIMENTO! A sua autoestima, também vinculada ao consumo, vê o consumo de determinados bens e serviços como algo incansável para uma pessoa de sua classe social. Acostumados a exploração do capitalismo selvagem, sempre acha que os direitos são coisa bonitas e incalcináveis. Algumas destas pessoas veem a posse de outras pessoas como algo a ser usurpado, furtado/roubado. Pela sua condição de vida ele acha que deveria ter tido sorte melhor e não se faz de rogado se, para se obter aquilo que se acha justo e necessário para si, ele tenha de prejudicar o direito de outro. Em ambos os casos, tanto a direita (como no primeiro caso) quanto a esquerda (como no segundo caso), carece-se de visão do outro, de repeito ao espaço comum, a atitudes coletivas. Isso não é necessariamente e um roteiro preestabelecido, são ideias curiosas de onde surgem as ideologias de esqueira e de direita. Este texto encontra-se publicado no blog http://trololochacalete.blogspot.com.br/.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Taxa de juros: Investidores

Os investidores, sejam eles famílias ou empresas, têm como única finalidade reproduzir o capital investido, assim sendo a sua influencia deveria se restringiria à taxa de juros. A compra e venda de papeis ao redor do mundo se basearia no lucro imediato e direto, sendo a procura por taxas de juros maiores o objetivo maior e a reprodução estéril do capital a finalidade basal. As taxas de juros, normalmente estabelecidas pelos bancos centrais estabelecem o valor do dinheiro e a sua finalidade, o investimento. Este capital, que ao longo dos tempos, foi acumulado de tantas formas diversas que consumiriam um artigo maior que este e mesmo assim não saberíamos informar tanto sua procedência quanto seu montante. O certo é que estes capitais, independente do juízo de valor que se faça deles, trabalha pelo seu crescimento e reprodução completamente alheio ao sistema produtivo. O mercado de ações, apesar de atrair este tipo de capitais, não exige ou melhor dizendo não traz m seu bojo a preocupação dos detalhes produtivos, apenas o montante de lucros que ela gera. Não estou dizendo que não existam investidores interessados em saber sobre a atuação das empresas as quais se compra as ações, apenas não é a preocupação central, nem imediata de todos os investidores. Em seu fluxo normal ele aporta onde existem taxas de juros mais atraentes e abandona as menos atraentes. Governos descontrolados financeiramente podem se utilizar destes capitais para fechar seus balanços de pagamentos. Subindo suas taxas de juros, estes governos se utilizam deles para tapar rombos imediatos em seus balanços de pagamentos. A emissão de títulos do governo e o aumento das taxas nominais de juros atraem os capitais a se cobrir, no curto prazo desequilíbrios macroeconômicos imediatos. Trata-se de uma faca de dois gumes pois o setor produtivo ou governamental terão que remunerar, no médio e longo prazo ao capital, mais o acres imo da taxa de juros contratada ao investidores. Falando abertamente, os capitais especulativos não são o mal, o mal repousa no uso dos mesmos que poderão se tornar devastadores nas economias em que eles entram. Mega sensíveis ao comportamento das economias, aos boatos e às à crises, as recessões levam investidores a procurar outros investimentos para a recuperação ou ate mesmo a continuar a sua reprodução. Poderemos ter uma procura imediata por ouro e outros ativos financeiros mas centralizemos nosso foco na compra de dólares. Qualquer diagnostico de fraqueza de determinada economia leva panico aos investidores que procuram imediatamente economias mais solidas ou investimentos alternativos mais seguros. Um endereço certo é o mercado de uma nação mais estável e robusta, outro é o mercado câmbio, O DÓLAR. A maior procura pelo dólar o transforma em uma mercadoria mais cara. O seu aumento de valor aumenta a sua procura, que faz com que seu valor de face aumente ainda mais em uma espiral crescente. O dólar mais caro favorece ao setor exportador e desfavorece ao mercado interno pois no primeiro há o superávit há um incremento nas vendas e no segundo um a diminuição na demanda. São estes momentos que fazem com que os governos atuem socorro ao mercado pois determinados boatos e/ou informações fazem com haja uma forte venda de ações fazendo seu reduzir. Parte desse capital sai do país para economias mais fortes e parte dele começa a migrar para a compra de dólares. Os bancos centrais estabelecem limites para a baixa e para a alta do dólar. Os desequilíbrios macroeconômicos levam ao "ataque ao dólar", que, dependendo da magnitude disparam reações das mais diversas. Paralisação temporária do pregão da bolsa, atuação governamental no mercado de câmbio e pronunciamento oficial de alguma autoridade oficial, são algumas das reações diante destes desequilíbrios macroeconômicos. Este texto encontra-se publicado no blog http://trololochacalete.blogspot.com.br/.

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Taxa de câmbio: Empresas

Depois do excedente de capitais proveniente das navegações mercantis e da revolução industrial, o acumulo de capitais e a constituição de novos investimentos produtivos maximizou o capitalismo. As empresas multinacionais e transnacionais passaram a demonstrar um robusto poder de decisões nas nações de origem e nas nações nas quais elas se instalam. Ao lado dos grupos de investidores as mega empresas são responsáveis pelo movimento cambial em sua quase totalidade. Em períodos de prosperidade da economia mundial estas empresas contribuem decisivamente para o movimento de câmbio mundial, seja através do comércio mundial, seja através da especulação no mercado de capitais. As mega empresas constituídas em determinados países maximizam seus lucros com vendas no mercado interno e externo. As vendas no mercado externo fazem com que os importadores de outras nações procurem uma maior quantidade de moeda estrangeira para o pagamento de suas importações. A maior procura da moeda estrangeira pressiona a sua oferta e, dependendo da sua magnitude, o seu valor de face aumenta (apreciação). Dependendo da magnitude da oferta de importados diminuem-se a demanda por produtos nacionais podendo ocasionar desemprego e recessão. A oferta de produtos importados força a competitividade dos produtos nacionais equilibrando o nível de inflação. A distorção pode ocorrer se os empresários acharem mais vantajoso investir no mercado financeiro ao invés de produzir, isso ocasionará diminuição na oferta de produtos e pode, em casos extremados, ocasionar uma recessão. As vendas no mercado externo provenientes das exportações por sua vez promovem uma maior demanda por moeda nacional, A FAMOSA IMPORTAÇÃO DE POUPANÇA! Maior oferta de moeda nacional leva a apreciação da moeda estrangeira que, dependendo da sua magnitude, promove a redução da demanda por produtos importados. O ruim é que, se a parte que excede ao investimento em produção não for captada pelo mercado financeiro, teremos a tendência de majoração de preços (inflação). Uma coisa é fato, tanto com o câmbio apreciado quanto com o câmbio depreciado teremos rebatimentos em todo o setor produtivo, especulativo e balanço de pagamentos (contabilidade governamental). Em cima da atuação empresarial, a atuação governamental implementara políticas monetárias e/ou fiscais para trazer a economia ao seu equilíbrio ou desequilibrá-la em detrimento à algum grupo econômico forte. Uma política fiscal bem implementada protege a economia nacional de manobras estrangeiras no sentido de se prejudicar as empresas nacionais através de preços artificiais dos importados (isenções de impostos para produtos nacionais, aumento de alíquotas de importação ou aumento da burocratização das importações). Esta mesma política fiscal poderá servir para proteger alguma indústria bem influente no governo de ter que se adequar a alguma mudança na oferta dos concorrentes estrangeiros. Uma política monetária bem implementada enxuga a oferta de moeda nacional, seja através do aumento do depósito compulsório, seja através do aumento nas taxas de juros. Podemos concluir que a influencia das empresas na taxa de câmbio é infinitamente mais robusta que a influência das famílias. As formações de políticas monetária e fiscal se baseiam muito mais no resultado da atuação das empresas que das famílias. Esta mesma formação poderá ser gerada ou estar a serviço de determinados grupos favorecendo-o em detrimento da sociedade como um todo. Este texto encontra-se publicado no blog http://trololochacalete.blogspot.com.br/.