sábado, 24 de março de 2018

Democracia e o contato com o outro. 1

Desde a nossa infância temos que nos acostumar com a inter-relação com outro. Quanto mais entramos em contato com o outro, seja o outro pessoa física, cultura ou comunidade (nação) maior será o nosso contato com a diversidade. O contato com o outro nos remete a ter uma família bem estruturada, pois a criança assimila (de acordo com o seu desenvolvimento cognitivo, evidentemente), desenvolve novos valores e, julgando-os, comparando-os com os familiares, teremos uma possibilidade de uma nova perspectiva familiar (alguma coisa parecida ou adaptada do PDCA https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_PDCA). A família é a origem de tudo. Gosto de pensar a família como algo vivo, ativo, mutante, inconstante e acima de tudo, imprevisível. A reação dos pais neste momento sedimentará a democracia na criança. O desenvolvimento da criança terá neste momento um fator fundamental para seu crescimento. Os pais devem relevar a argumentação da criança e argumentar de forma a aprova-los ou apresentar contra-argumentos. O importante é que dentro desta argumentação a democracia seja soberana. Que se houver pontos/temas intransponíveis, que se utilize a Dialética (https://pt.wikipedia.org/wiki/Dial%C3%A9tica). Lembre-se que para a construção de novos conceitos e valores toda pessoa se utiliza da desconstrução como ferramenta básica (https://pt.wikipedia.org/wiki/Desconstru%C3%A7%C3%A3o). São inúmeros fatores a serem levados em consideração. O importante é você pensar que a valorização da argumentação dele e, com o passar do tempo, uma possível reavaliação são elementos básicos em uma democracia. A democracia não é o melhor dos mundos, mas é o que, na média, traz mais satisfação global. A participação ativa na democracia familiar estrutura a autoestima da criança, estimula a criança a ter uma relação democrática com seus amiguinhos. Pode ser que algum dia ele se depare em uma situação de isolamento, onde a maioria, estando errada, o critique e o isole. Neste ponto é fundamental estar ao lado e apoiar, se você achar que ele esta certo, ou contra argumentar se achar que a sua posição está equivocada. Se a posição dele for firme, deixe-o a defendê-la. Estimule nele a autodefesa, a defesa de ideais (argumentando que a mudança de posicionamentos não é fraqueza nem vergonha). Procure mostrar a ele que suas posições precisam de argumentos firmes e sólidos, mostre a ele que vale a pena lutar pelo que se acredita. A defesa de posicionamentos solidifica personalidades, caráteres e acima de tudo, formas de agir e pensar. Eu gosto de pensar a democracia como a extensão do relacionar com o outro. Procure conhecer seu filho (a) profundamente, seus sentimentos, suas angustias, suas formas de ver o mundo e ele se interessarão em conhecer você profundamente. Lembre-se que o hoje e o agora é o marco zero para qualquer relação futura, seja dele, seja de você, ou de qualquer pessoa de sua família. Estar bem em família é estar bem socialmente!