quarta-feira, 30 de julho de 2025

Informação, censura, omissão, conceito e pré-conceito 1

Em um mundo onde a informação está em todos os lugares faz-se necessária as perguntas, de quais informações gostamos? De quais informações precisamos? Conciliar o que gostamos com o que queremos faz toda a diferença em nossa saúde mental. Dentro do capitalismo, onde nem sempre fazemos aquilo que queremos, estes conceitos fazem toda a diferença. Quando nos relacionamos com outras pessoas as perguntas se multiplicam. Com quem falar e qual a hora de falar. Conhecer o outro e ter empatia sobre seus valores faz toda a diferença em nossas vidas. Conhecer os valores do outro, saber dos seus conceitos e pré-conceitos nos faz filtrar aquilo que falaremos. Não se trata de censura e sim omissão. Os nossos conceitos e pré-conceitos são pessoais e intransferíveis. Fazer juízo de valor sobre pessoas e fatos merece uma atenção especial. Não podemos nem devemos externar nossos conceitos e pré-conceitos em qualquer lugar. Existem lugares e pessoas norteados por conceitos e dogmas aos quais devemos respeitar. Na arte da convivência a omissão de conceitos, pré-conceitos e valores faz parte da convivência pacífica. Evitar assuntos espinhosos e conceituais é o ideal. O silenciar em determinados momentos é ouro. Existem pessoas com as quais temos que conviver, seja no âmbito profissional, familiar ou social. Se são pessoas com personalidades tóxicas e nocivas, independente da relação social ou consanguinidade, gravitam em nosso entorno, devemos evita-las o quanto pudermos. Notícias sobre a nossa vida pessoal e profissional, informações sobre projetos pessoais ou profissionais, tudo isso deverá sofrer uma criteriosa analise de divulgação. Vale tudo na socialização destas informações. Censura e omissão são muito bem-vindos quando se trata de projetos pessoais. O conhecimento de tais informações pode levar pessoas a nos boicotar ou prejudicar, dependendo da índole do outro. Nossa experiência pessoal é algo pessoal e intransferível e é fruto dos anos que vivemos e dos sofrimentos que tivemos. Nem todos vão nos valorizar na medida que merecemos. Nem todos vão valorizar as nossas experiências pessoais e/ou profissionais. A autovalorização nos mostra o quão importante são as experiências que vivemos e se vale a pena socializa-la. Quanto mais experientes nos tornamos, mais ficamos seletivos na socialização de nossas informações, conceitos e pré-conceitos. Projetos então nem se fala! A multiplicidade de nossas relações nos obriga a uma multiplicidade de comportamentos. A informação e a omissão fazem parte desta multiplicidade de comportamentos. O que falar, a quem falar e quando falar são o norte de uma comunicação eficiente e de relacionamentos longevos.

quarta-feira, 9 de julho de 2025

Reflexões sobre o futebol 7

O mundial de clubes de 2025 em um cenário de bets e casas de apostas, associados com o declínio dos combustíveis fósseis mostrou-se um belíssimo investimento. Em um cenário onde o esporte mais popular do mundo promove disputas intercontinentais mais democráticas, o futebol consolida-se como um catalisador de investimentos robusto e confiável. Para os amantes do bom futebol acaba por estimular a curiosidade sobre as diversas ligas do mundo. O sonho de ser jogador de futebol se torna um sonho global. Os grandes clubes mundiais se veem obrigados, pela concorrência global, a ter olheiros e estarem atentos aos quatro cantos do mundo. Da mesma forma que as seleções nacionais se empenham em se classificar para o Mundial de Seleções, os clubes agora em diante também se empenharam em se classificar para o Mundial de Clubes com a mesma frequência de 4 anos do Mundial de Seleções. É interessante constatar que, devido ao interesse sobre o futebol de determinadas nações, o nível das seleções e dos clubes destas nações será diferente. Tivemos a melhora significativa do nível de jogadores de Portugal e Egito melhorados depois do surgimento de Cristiano Ronaldo e Mohamed Salah. A seleção Portuguesa teve o jogador Eusébio na década de 60 que teve a sua atuação restrita ao futebol português e aos EUA, enquanto Cristiano Ronaldo jogou na Inglaterra e Espanha e Mohamed Salah joga na Inglaterra tendo transmissões televisivas para o mundo todo. O bom desempenho de uma equipe no mundial aguça a curiosidade para o futebol daquele país, daquela equipe. A curiosidade com o futebol de algum país pode levar ao interesse de assistir a liga daquele país. A maior audiência do futebol daquele país pode levar a um maior investimento em clubes que porventura terão a capacidade de serem campeões nacionais acessando os torneios continentais e, em caso de vitória, serem catapultados ao torneio mundial. Do mesmo modo que jogadores se destacam nas copas do mundo de seleções, eles podem se destacar na copa do mundo de clubes, um torneio retroalimentando o outro. O futebol é cíclico e momentâneo. Um jogador pode se destacar em seu clube devido aos companheiros de altíssima qualidade e não ter o mesmo desempenho em sua seleção nacional cuja qualidade técnica dos seus companheiros talvez não seja o mesmo, e vice-versa. As seleções nacionais são gessadas pela nacionalidade dos jogadores enquanto os clubes vão sempre buscar, ao redor do mundo, os melhores jogadores nas mais diversas posições. Acaba que o vestiário de um grande clube se torna uma verdadeira torre de babel. Grandes craques servem de exemplo às novas gerações, independente da nacionalidade O preconceito racial e a xenofobia perdem espaço para a produtividade e a aceitação de jogadores diferentes. mas que são extremamente técnicos e profissionais. Os grandes clubes se tornam “seleções internacionais” sendo que a quantidade de jogadores titulares da nação daquele clube em alguns dos casos se torna mínima. O futebol bem jogado se torna o mote e o objetivo dos clubes. A vitória a qualquer custo pleiteada por torcedores com a autoestima baixa e apoiados por mídias parciais que trabalham única e exclusivamente por audiências televisivas ou radiofônicas locais tenderão a serem substituídas por mídias mais democráticas e mundiais ou mudarão de postura por uma simples questão de sobrevivência. O fato é que eu acho que o mundial de clubes chegou para ficar e irá demandar uma reestruturação nacional, regional e mundial. Novos tempos, novas perspectivas, melhor qualidade do futebol!