segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Individualismo responsável 1

Não sei se é esse o título correto a ser usado, só sei que me preocupo muito quando abordo esse tipo de tema. Vivemos coletivamente e coletivamente deveríamos abordar determinados assuntos. Como somos criados e vivemos de forma individualista, o individualismo deveria agregar os valores da coletividade. Dizendo de outra forma, poderemos ser individualistas, mas seguindo certas regras em prol de melhorias sociais, o que refletira necessariamente em melhorias individuais. O compromisso social passa necessariamente pela observação da água parada, em função da proliferação do Aedis Egipti, por não se jogar lixo nas ruas, em função do entupimento de galerias e esgotos, e pela economia de água e energia elétrica, em função da forte estiagem. Procuramos ser eficientes quando na verdade poderíamos ser eficazes. Se fossemos eficazes poderíamos cobrar dos outros a eficácia. Se cuidarmos dos nossos quintais, poderemos cobrar dos nossos vizinhos que cuidem dos deles, poderemos reivindicar uma atuação mais efetiva dos agentes de saúde, poderemos cobrar uma limpeza pública de melhor qualidade. Falando em limpeza pública, se tomarmos os devidos cuidados com nosso lixo individual e cobrarmos de nossos semelhantes tal atuação, teremos uma menor proliferação de doenças e sujeira na cidade. Quando tratamos de limpeza pública esbarramos em uma distorção social que as autoridades insistem em fingir que não existe... O MORADOR DE RUA! O morador de rua é um ser esquecido pelas autoridades públicas, um ser que não vive, SOBREVIVE, uma pessoa que, por não ter moradia nem emprego, não produz e não é útil na sociedade capitalista. O fato de olharmos por eles e cobrarmos das autoridades uma providência tem um viés profundamente individualista. Se tudo ocorrer tudo bem com eles, eles não sujaram tanto as ruas e a limpeza pública poderá ser melhor. O cuidado com a água e a energia elétrica se faz necessário até mesmo em benefício de nossas finanças. Luz e água fazem parte dos custos fixos de qualquer residência, ou seja, qualquer economia nos custos fixos reflete nos custos variáveis. Dizendo de outra forma, quanto mais economizamos de um lado, podemos gastar em outro. Suponhamos que consigamos economizar R$ 20,00 na energia elétrica e R$ 10,00 no consumo da água. Supondo ainda que em nossas finanças exista um espaço reservado para um investimento mensal de R$ 100,00 em uma aplicação financeira ou no consumo de algo (um jantar em um restaurante melhor, o consumo de cinema ou teatro); de cara estariam agregados R$ 30,00 nestes consumos ou no investimento. Em uma economia eficaz realocar recursos significa desviar a melhoria de recursos de um ponto para outro na economia. Na verdade deveríamos observar a eficácia dos recursos na economia em todos os pontos e em todos os setores. TODOS SÃO INTERLIGADOS! NOSSA VIDA SOCIAL REFLETE NA VIDA SOCIAL DO OUTRO! Se temos o cuidado individual de fazermos a nossa parte e cobrarmos do outro (ou dos mecanismos de repreensão) que faça a sua parte, teremos uma sociedade melhor e mais justa, independente de qual seja a nossa política econômica. Este texto encontra-se publicado no blog http://trololochacalete.blogspot.com.br/.

Um comentário:

reflexão disse...

Atualmente os políticos estão esquecendo do povo. E será que isso vai mudar?