sábado, 7 de setembro de 2019

INFORMAÇÃO, LIVRE ARBÍTRIO E DEMOCRACIA 2

A irracionalidade dentro da informação está diretamente ligada ao comportamento competitivo de quem a possui. Voltando ao tema do tamanho do mundo pessoal. Quando a pessoa se familiariza e se sente seguro e à vontade em um mundo reduzido, de poucas pessoas, ela sente a necessidade de se destacar neste grupo, precisa ter um diferencial nele. Se a questão da inserção não é tratada a tempo ela se tornará uma pessoa de um individualismo egocêntrico e nocivo. Existem evidentemente variantes de grupos fechados. Grupos fechados sem guerra de egos, grupos fechados e egocêntricos, não há padrão nem modelo. O meu foco é o individualismo responsável e um elemento compartilhador de modelos e experiências e que respeita o posicionamento alheio. Nada mais enriquecedor, nada mais prazeroso, nada mais sublime que a partilha, a confraternização, a socialização. Se momentos pessoais em que comemos juntos, brincamos juntos, jogamos juntos, enfim nos relacionamos afetivamente nos engrandece, porque os momentos intelectuais têm necessariamente que ser competitivos. A difusão da informação, a confraternização intelectual, a socialização do conhecimento deveria acontecer em todas as artes e em todos os campos. A socialização nos permite e nos induz a um leque variado de escolhas. Você pode conhecer e repeitar outras culturas e mesmo assim continuar com os seus valores e crenças. Isso te faz uma pessoa mais forte. O seu individual é o que deve prevalecer quando se trata de auto satisfação. O que não pode prevalecer é a sua imposição diante de algo que você discorda ou acha errado. Não esquecendo que o direito de um termina no direito do outro ou do coletivo Em um mundo complexo, de culturas e geografia variada como é o nosso, a miscigenação, o multiculturalismo, as trocas de experiências e a convivência pacífica promovem uma humanidade real e factível. Em diversos campos do conhecimento humano, ciências, artes, culinária, esportes, administração, economia ou qualquer outra que agora eu não me recorde, qualquer conhecimento alheio é muito bem vindo. Novamente a dialética e a desconstrução se encarregaram de estabelecer parâmetros de nossas ações. Podemos manter o nosso conhecimento na forma tradicional ou agregar diversas e pessoais influencias. Faz-se necessária a definição do fim. Se o objetivo é a satisfação do mercado, em algum tipo de “nicho” você irá nortear suas ações a pesquisas e a definições outras que não aquelas de suas inspirações. Algumas pessoas conseguem interagir tendências de mercado com inspirações pessoais fazendo do seu conhecimento algo compartilhado com muitos. Existem pessoas que com a necessidade de serem aceitos através do seu conhecimento o submete ao crivo e a definição dos outros podendo tornar-se pessoas frustradas e infelizes. O capitalismo impõe a condição da sobrevivência a todos que a ele são submetidos. Isso pode ser um fator inibidor da arte se as políticas públicas não tiverem um viés incentivador ou for totalmente voltada para o capital.

quinta-feira, 5 de setembro de 2019

INFORMAÇÃO, LIVRE ARBÍTRIO E DEMOCRACIA 1

Às vezes penso no nível absurdo de informações às quais estamos submetidos, penso sobre a absorção ou não destas informações e a forma com a qual ela se difunde. Você pode absorvê-la por necessidade, por desejo ou por obrigação. Por obrigação associada à necessidade ou associada ao desejo. O livre arbítrio é condição “sine qua nom” da democracia. Qual informação absorver? Em que profundidade absorver? Estas questões respondem de forma direta a forma com a qual encaramos a educação formal (ensinada na escola). Se você encara a educação formal com o objetivo competitivo de passar de ano, de tirar notas maiores que os outros, de acarar a educação formal como uma obrigação enfadonha e chata, certamente a absorção das informações se tornará mecânica e improdutiva. O esforço do estudo será algo enfadonho e chato e a perspectiva de estudar algo passará a ser evitado ao máximo. Certamente você vai levar essa perspectiva para o trabalho encarando-o da mesma forma. Se você não consegue se diferenciar dos animais irracionais, ou seja, racionalizar grande parte da sua vida (certamente ninguém é racional o tempo todo), você vive para crescer, se reproduzir e morrer. A racionalidade nos diferencia dos outros animais e nos faz substituir a insana competição animal pelo prazeroso ato de procurarmos na informação e no conhecimento um motivo inexorável de prazer. A postura de competidor insano na educação também revela outros traços de nossa personalidade. A nossa educação informal (recebida em casa) nos dá pistas de como nos reagimos a determinadas situações e desafios. Se formos criados fechados em um círculo fechado de pessoas, tendemos sempre a copiá-las ou a mesclar características de umas ou outras pessoas de nosso convívio. Como nos diferenciamos dos outros animais através do raciocínio, podemos racionalizar as informações recebidas através da velha e boa dialética. Devemos racionalizar as informações, utilizando-nos da dialética e da desconstrução para imprimir ao nosso conhecimento um caráter pessoal e intransferível. O nosso livre arbítrio “filtra” nossas informações de forma a desejarmos umas informações mais que outras, de novo, a absorção da informação será por necessidade, desejo ou obrigação. A necessidade será o norteador da absorção da informação e da sua reciclagem já que existem inúmeras pessoas se interligando, absorvendo e distribuindo informações. Existem diversas oportunidades de absorver ou criar informações e, acima de tudo, diversos interesses nestas e quais quer outras informações. Defendo sempre a livre difusão da informação para que você possa escolher, democraticamente, qual informação absorver e qual informação difundir. O olhar crítico sobre o outro nos remete a difundirmos ou não a informação já que o conhecimento do outro pressupõem filtrar as informações as quais ele irá se interessar ou não. O seu nível de visão de mundo também é outro fator primordial para a difusão ou não da informação.