segunda-feira, 20 de abril de 2020

Os custos e a sobrevivência 1

Talvez você não tenha parado para pensar o quanto a economia comportamental e o inconsciente coletivo e pessoal norteiam as nossas vidas. O cerne deste texto é o texto e a busca de um comportamento individualizado, sensato e consonante com o “Individualismo responsável”. Procure se orientar por um “Individualismo pessoal”. O que seria isso? Existem bases sólidas para o crescimento econômico e que deveriam ser a base para qualquer cidadão. Morar e viver (eu não disse sobreviver). Se divertir é bom, mas não deve sobrepujar a nenhum destes dois itens. Dentro da sua renda procure ser uma pessoa centrada e equilibrada. Devemos pensar a vida no longo prazo. O que é pensar no longo prazo? Saúde e educação. Se alimentar bem, reservar uma parte da renda para imprevistos, procurando se informar naquilo que você se interessa. Sua renda é pequena, não tem como poupar? Paciência! É ai que você vai racionalizar seu consumo. Pense que o inconsciente coletivo vai sempre lhe impor algo que você (pode até querer ou precisar) deve comprar. Pense que o Marketing comercial vai lhe impor o que comprar comer ou vestir. Pense que o dinheiro é apenas o meio pelo qual você vai se utilizar para adquirir as coisas e os bens que você vai ter. Nada disso deve governar a sua vida. A sua consciência deve governá-la! Você tendo para o que eu vou chamar de “Custo básico”, você terá uma sobra para fazer aquilo que a sua consciência lhe mandar. Daí para frente é com você! Eu só recomendo que o seu “Individualismo pessoal” não deve interferir no “Individualismo responsável”, que é a sua interação com o outro. Pense bem, faça a sua parte. Use a sua renda para, primeiro ser autossuficiente, utilize-se das políticas públicas quando necessário, pague honestamente seus impostos, faça filantropia com aquilo que lhe sobra da renda e lute por uma sociedade mais igualitária. Quanto menos desigualdades, quanto mais justiças sociais, melhor será a forma com a qual se maximizarão os recursos de todos. Você tendo uma consciência dos próprios gastos e custos, você terá uma melhor visão sobre o custo alheio e principalmente sobre o custo governamental. Melhor será a sua visão sobre os custos dos produtos que você consome. Melhorando a sua visão sobre o custo governamental você começará a perceber que se a constituição no Art. 5º que diz que “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”, há algo errado no enriquecimento tanto político quanto empresarial. Você se tornará um cidadão melhor, mais consciente e procurará políticos que tenham uma visão social melhor, talvez até você se torne um candidato para contrariar a máxima do enriquecimento pessoal com dinheiro público. As opções são muitas. Você se informando ou prestando maior atenção no custo dos produtos, você começará a questionar o porquê de se pagar tal valor por um produto que provavelmente tenha um custo infinitamente menor. A diferença entre o Preço e o custo é o lucro do fabricante. O que o fabricante faz com o lucro dele simplesmente não deve conflitar com o Art. 5º da constituição.

sexta-feira, 17 de abril de 2020

As angústias de ser diferentão 1

São 03h00min e o sono se foi! Seria interessante falar, mas não consigo! Então escrevo! Às vezes tomam-se decisões diferentes por ser diferente. Isso nos isola e nos torna meio que aberrações. Você vê pessoas de gerações anteriores à sua, conservadoras e com atitudes piores que as do seu avô. Mas de tanto falar você se cala. NÃO ADIANTA! Você vê algumas pessoas que simplesmente se recusam a crescer, AI É QUE VOCÊ SE CALA MESMO! Nesta brincadeira você continua sua trajetória interna, guardando conhecimento, colecionando vitórias e se fortalecendo em si mesmo. Como é difícil ver que o princípio de uma sociedade humana melhor está em um “individualismo responsável”, onde as pessoas, com base em pesquisas e conhecimentos pré-existentes, utilizam-se da dialética e da desconstrução para reformarem esse mesmo “individualismo responsável” e a cada dia mais serem pessoas responsáveis por uma sociedade melhor. Atitudes impensadas, angustiadas, baseadas provavelmente em um subconsciente coletivo. Atitudes baseadas mais na ancestralidade do que na própria vivência e experiência empírica. Você novamente se cala! Ser democrático em uma sociedade autoritária é angustiante! Seu coração aperta, sua alma fica em frangalhos. É como se você trilhasse um caminho e à sua frente você sempre encontrasse uma bifurcação. À direita você impõe tudo e se torna mais uma espécie de miniditador ou à esquerda você estimula às pessoas a pensarem e a seguirem seus instintos e suas intuições. Ao logo de minha trajetória de vida me deparei com várias dessas bifurcações. Às vezes optando pela esquerda, às vezes optando pela direita, vou seguindo minha trajetória. Quando opto pela direita algumas pessoas aplaudem (minha atitude às remete às suas respectivas zonas de conforto) e algumas pessoas são frustradas por me conhecer. Quando opto pela esquerda os dois grupos à sua maneira, têm reações semelhantes. Os que normalmente me aplaudem quando tomo o caminho para a direita me consideram um sonhador sem noção e me ignoram solenemente. Os que normalmente se frustram quando tomo o caminho à direita me acham esquisitão por tomar o caminho que eles esperavam, mas que achavam que eu nunca teria coragem de seguir e também me ignoram solenemente. Novamente sigo comigo mesmo. Informações censuradas internamente causam uma grande angústia e a sensação de que, se fossem socializadas poderiam resultar em algo maior coletivamente. Tomando o caminho à direita ou à esquerda, preciso deste blog para por pra fora. O que não se pode falar para todos se diz para si mesmo. A força do inconsciente coletivo é que trava a civilização humana. Traços e resquícios do homem primitivo que não deixam o homem civilizado aflorar. Se fossemos realmente democráticos a maioria dos problemas que temos em sociedade nem existiriam. Os religiosos contradizem os preceitos que a sua religião professa, Os “democráticos” impõem restrições a quem os contradizem. E você segue em frente, fazendo o que quer e também fazendo o que precisa ser feito. Tendo a angústia como fiel escudeira.

quinta-feira, 9 de abril de 2020

Reflexões sobre a economia 1

1- O operário/trabalhador é o menos qualificado, ganha pouco e trabalha muito. Esse mesmo operário/trabalhador tem uma realidade cruel e precisa de diversão e distração, mas não tem cultura, tempo e nem o exemplo para recorrer à mídia de qualidade e educação. Sobra a bebida e o sexo. Essa classe, por estar em constante desequilíbrio sobrecarrega o sistema de seguridade social, atestados, aposentadorias precoces, remédios de tarja preta (favorecendo também os grandes laboratórios) e fortalece a indústria da pornografia (ah, pelo amor de DEUS, leia sem pré-conceitos!). A sua parcela dentro do PIB/PNB é ínfima e desprezível. A sua atuação, dentro da política se resume a ser manobrado para o voto em tempos de eleições por uma elite que se mantêm no poder ou por uma outra elite que quer alçar ao poder. Por ter uma deficiência monetária séria acha que felicidade é ter muito dinheiro, sonha em ser rica e frequentemente vive consumindo acima de suas posses (talvez como uma forma de se sentir superior aos seus pares). Sem equilíbrio financeiro, volta a sobrecarregar o sistema de seguridade social. 2 - Os empresários se dividem em: 2.1 - Os Micros/Pequenos empresários lutam com todas as suas forças para sobreviver em um ambiente de profunda competição sem quase apoio político de nenhum e sem um sentido cooperativo (até mesmo pela natureza predadora da competição selvagem e desleal da economia), podendo falir a qualquer momento. Em sua maioria são "self made men" com pouca ou nenhuma teoria administrativa e que vivem simplesmente na raça e na coragem. A sua parcela dentro do PIB/PNB é ínfima, mas não é desprezível. Dentro da política são persuadidos a manipular a classe operário-trabalhadora em prol de uma elite que se mantêm no poder ou por outra elite que quer alçar ao poder. Também tende a sobrecarregar o sistema de seguridade social, apenas de forma menos acintosa. Podem também viver fora da sua realidade financeira, também para se diferenciar dos seus pares e dos operário-trabalhadores. O consumo de luxo é o seu objetivo e isso poderá levá-los ao stress e as doenças sociais. 2.2 - Médios empresários com razoável conhecimento administrativo acham que são superiores aos pequenos e microempresários e inferiores aos grandes/megaempresários. O consumo de luxo é o seu objetivo e a manipulação dos custos (sonegação fiscal, corrupção política e remessa ilegal de lucros) são formas de reforçar esse consumo. São constantemente seduzidos pelos pela classe política que precisa de suas contribuições para manter-se no poder ou por outra classe política que quer alçar ao poder. Quando se aventuram na política constroem “castas” dentro do Congresso, da Administração ou Assembleias defendendo os direitos corporativos dentro de suas classes sociais e são os “operários” da manutenção do poder vigente ou os “revolucionários” para a mudança de mãos da “casta do poder”. Costumam construir fortunas com a especulação financeira. Têm uma ascensão imensa sobre os pequenos empresários que sonham em serem eles e recebem uma imensa ascensão dos Grandes/Megaempresários que eles querem ser. As crises econômicas os levam constantemente ao stress e a doenças afins. 2.3 – Grandes/Megaempresários constituem o topo da sociedade econômica. Trabalham incansavelmente para a sua manutenção no topo da economia e mantêm a classe política e jurídica em suas folhas de pagamento. Montam equipes de sonegação de impostos e envio de divisas de caixa dois para o exterior. Recebem todo tipo de benesses da classe dominante (quando eles mesmos não são a tal classe) e mantêm com ela uma relação de cumplicidade extrema até quando lhes é conveniente. São favorecidos pelos grandes meios de comunicação e também têm com eles uma relação de cumplicidade. Eles são a fonte do poder vigente e têm como inimigos todos aqueles que querem mudar o poder vigente. Também mantêm em suas equipes pessoas ligadas ao marketing que moldam a opinião pública de acordo com suas necessidades. Frequentam o poder e fazem parte dele de forma efetiva. Amam o consumo de luxo e são espelhos para todo o resto da sociedade. A classe política os representa. Fazem da especulação financeira outra fonte de ganhos às vezes maior que a próprio conglomerado de empresas.

Procure acrescentar valores àquilo que você acredita 1

Quando você começa a descobrir o mundo você, naturalmente começa a “conceituar e a estabelecer valores”. Todos nós somos assim! O que nos diferencia é a forma com que são encaradas essas “descobertas”. Se você nasce e cresce em um meio onde quem te educou não passou nem na calçada da escola e foi brutalmente reprimido quando discordou de quem os educou. Você terá uma grande probabilidade de receber e a repassar a mesma repressão e a achar que a violência é um argumento. O aparelho repressor do estado pode intervir dizendo que não se pode bater em um educando. A questão da violência física estaria resolvida. A questão da violência moral e psicológica não. A violência psicológica e moral são muito piores. Conceito como “você acha que você vai ser alguém na vida” e seus afins nada mais são do que conceitos de pessoas que não conseguem vislumbrar que a pessoa que ela está criando/educando poderá ser melhor do que ela em alguma coisa ou tem o direito de ser diferente do que ela é. Não têm dimensão da função do educar! Uma visão de mundo restrita, um arcabouço teórico limitado. A vida dura e difícil de quem vive para trabalhar e não tem educação financeira é semelhante à vida de um animal qualquer. A pessoa nasce, cresce, luta pelo alimento, se reproduz e morre. O seu lado lúdico não fica para trás. O que é diversão para ela? Correr, tentar derrubar o outro mostrando que é mais forte, tentar ridicularizar o outro causando momentos coletivos de risadas, consumir álcool/drogas, fazer sexo e sair à caça de conquistas. A competição, inerente ao mundo animal, é o norte de suas atuações. Não há maldade na base dessas atuações. Não são coisas que se faz de caso pensado. São atuações em que as pessoas foram incentivadas a serem assim. São valores intrínsecos ao modelo educacional ao qual ela foi desenvolvida. Imagine se você, por exemplo, que educa/cria uma criança percebe nela um potencial. Quando ela começa a deduzir e a concluir coisas da cabeça dela. Se ao invés de você agredi-la, se ao invés de você ridicularizá-la, se ao invés de você negligenciá-la, se ao invés de você tratar com desdém, você a incentivasse? Se você mostrasse fontes de pesquisa, se você ajudasse nesta mesma pesquisa? A pesquisa é um hábito que se cria, não é inerente a ninguém. Esses atos seriam incentivadores ao crescimento e desenvolvimento da criança. Ah, é um assunto que você não gosta, que você não tenha interesse, que você não tenha paciência. Deixe isso claro para ela, sem deixar de incentivar. Mostre a ela que você está sim interessado no desenvolvimento dela. Seja sensível! Enquanto aos fracassos e vitórias dela? Isso fará toda a diferença no futuro! Mostre a ela que o fracasso nada mais é que o aprendizado da vitória. Um valor que eu sempre acreditei é que a vitória ou sucesso de determinada empreitada deve ser mais interno que externo, ou seja, você deve ser bom em alguma coisa não para ser reconhecido por toda a sociedade que você é o melhor naquilo, mas para ter o prazer de ter feito alguma coisa bem feita. A sensação interna de que você fez algo relevante é uma vitória que não tem preço!

sábado, 4 de abril de 2020

Programa de bem estar social 3

É bobagem você pensar que todos são iguais perante a sociedade. Existem aqueles que, de berço já são conduzidos à inferioridade, seja no meio em que cresceu, seja na forma em que foi criado, ou seja, pelo nível de oportunidades em que são disponibilizados a ele. Uma pessoa que nasceu dividindo tudo em apenas um cômodo com mais de três pessoas não terá condições mínimas de cidadania perante a sociedade. Agora, um programa de renda mínima, para, digamos pelo menos o pai e a mãe desta família, com o aconselhamento de um assistente social e um planejador financeiro levaria necessariamente ao equilíbrio e à satisfação pessoal. Qualquer pessoa, desde o seu nascedouro, necessita de se sentir útil, de se sentir aceito. Retornamos ao princípio do texto, onde as pessoas não se estruturaram para formar a família. A pessoa que cresce se sentindo inferior não consegue se enxergar, não consegue se ver ou desenvolver suas habilidades, acha que tudo dos outros é melhor é maior e mais importante. Quando você tem esse nível de importância pessoal tudo que vem do outro é maior ou melhor. Quando você acompanha a pessoa com uma renda mínima, mostrando a esta pessoa a importância do equilíbrio financeiro e da procura de alguma atividade que lhe proporcione uma forma de que ele se torne mais socialmente produtivo, você dá a esta pessoa a oportunidade de ser visto e ouvido. Os desenvolvimentos de habilidades pessoais, de oportunidades de trabalho, permitem a esta pessoas novas perspectivas de futuro. A utilidade desta pessoa, a sua inserção no mercado de trabalho deve ser responsável. O equilíbrio financeiro destas pessoas insere nelas um conceito fundamental da economia que é o custo. É preciso que ela saiba que se ela recebeu durante algum tempo um dinheiro que foi pago por alguém via impostos ou outro tipo de consórcio ou cooperativa. Seria fundamental para o sistema que ela passasse de pessoa que recebe para a pessoa que contribui para o sistema. Quanto mais equilibrada for a sociedade, quanto mais autônoma ela for melhor qualificada será a sua atuação. Isso não significa nenhum tipo de submissão, não significa nenhuma doutrinação, significa acima de tudo cidadania. O financiamento deste projeto não será necessariamente monetário. Por ser um projeto cidadão ele estará aberto a todos os cidadãos, ele será democrático. Cabe aos governantes incentivar e promover o equilíbrio social dentro das comunidades. Como o exemplo vem de cima, o mesmo equilíbrio que solicitado para a comunidade, para os cidadãos, deve ser exigido de cima. Uma sociedade que se diz democrática deve primar pelos direitos iguais, pelas oportunidades iguais e acima de tudo pelo tratamento igual. Esse tratamento igual deve, necessariamente, levar em consideração a máxima do direito que diz “tratamento igual para o igual e diferente para os diferentes”. A implementação de um programa de tal magnitude deve tratar os problemas de sua implementação tratados em suas especificidades e em seus ambitos. O equilíbrio das ações, a inserção da sociedade, a inibição de manipulações e favorecimentos e seu desenvolvimento, devem ser obrigação e objetivo da maioria da sociedade. A quem recebe o benefício deve ser incentivada a meta de passar de beneficiário a beneficiador. O programa de renda mínima deve transferir parte da renda das grandes fortunas e patrimônios para as camadas mais carentes da sociedade. Os benefícios sobre os sistemas de segurança e saúde, através de uma economia de longo prazo, deverão deslocar recursos para o programa que se tornará maior à medida que os seus benefícios sociais forem vistos e sentidos. O financiamento deste sistema deverá ser responsabilidade de todos!