sábado, 4 de abril de 2020

Programa de bem estar social 3

É bobagem você pensar que todos são iguais perante a sociedade. Existem aqueles que, de berço já são conduzidos à inferioridade, seja no meio em que cresceu, seja na forma em que foi criado, ou seja, pelo nível de oportunidades em que são disponibilizados a ele. Uma pessoa que nasceu dividindo tudo em apenas um cômodo com mais de três pessoas não terá condições mínimas de cidadania perante a sociedade. Agora, um programa de renda mínima, para, digamos pelo menos o pai e a mãe desta família, com o aconselhamento de um assistente social e um planejador financeiro levaria necessariamente ao equilíbrio e à satisfação pessoal. Qualquer pessoa, desde o seu nascedouro, necessita de se sentir útil, de se sentir aceito. Retornamos ao princípio do texto, onde as pessoas não se estruturaram para formar a família. A pessoa que cresce se sentindo inferior não consegue se enxergar, não consegue se ver ou desenvolver suas habilidades, acha que tudo dos outros é melhor é maior e mais importante. Quando você tem esse nível de importância pessoal tudo que vem do outro é maior ou melhor. Quando você acompanha a pessoa com uma renda mínima, mostrando a esta pessoa a importância do equilíbrio financeiro e da procura de alguma atividade que lhe proporcione uma forma de que ele se torne mais socialmente produtivo, você dá a esta pessoa a oportunidade de ser visto e ouvido. Os desenvolvimentos de habilidades pessoais, de oportunidades de trabalho, permitem a esta pessoas novas perspectivas de futuro. A utilidade desta pessoa, a sua inserção no mercado de trabalho deve ser responsável. O equilíbrio financeiro destas pessoas insere nelas um conceito fundamental da economia que é o custo. É preciso que ela saiba que se ela recebeu durante algum tempo um dinheiro que foi pago por alguém via impostos ou outro tipo de consórcio ou cooperativa. Seria fundamental para o sistema que ela passasse de pessoa que recebe para a pessoa que contribui para o sistema. Quanto mais equilibrada for a sociedade, quanto mais autônoma ela for melhor qualificada será a sua atuação. Isso não significa nenhum tipo de submissão, não significa nenhuma doutrinação, significa acima de tudo cidadania. O financiamento deste projeto não será necessariamente monetário. Por ser um projeto cidadão ele estará aberto a todos os cidadãos, ele será democrático. Cabe aos governantes incentivar e promover o equilíbrio social dentro das comunidades. Como o exemplo vem de cima, o mesmo equilíbrio que solicitado para a comunidade, para os cidadãos, deve ser exigido de cima. Uma sociedade que se diz democrática deve primar pelos direitos iguais, pelas oportunidades iguais e acima de tudo pelo tratamento igual. Esse tratamento igual deve, necessariamente, levar em consideração a máxima do direito que diz “tratamento igual para o igual e diferente para os diferentes”. A implementação de um programa de tal magnitude deve tratar os problemas de sua implementação tratados em suas especificidades e em seus ambitos. O equilíbrio das ações, a inserção da sociedade, a inibição de manipulações e favorecimentos e seu desenvolvimento, devem ser obrigação e objetivo da maioria da sociedade. A quem recebe o benefício deve ser incentivada a meta de passar de beneficiário a beneficiador. O programa de renda mínima deve transferir parte da renda das grandes fortunas e patrimônios para as camadas mais carentes da sociedade. Os benefícios sobre os sistemas de segurança e saúde, através de uma economia de longo prazo, deverão deslocar recursos para o programa que se tornará maior à medida que os seus benefícios sociais forem vistos e sentidos. O financiamento deste sistema deverá ser responsabilidade de todos!

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