quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Não deveria ser por imposição, mas sim por amor 1

Existem certas imposições da sociedade que não deveríamos aceitar. E o começo de tudo é a formação familiar. O casamento deveria necessariamente ser o coroamento de um relacionamento de duas pessoas que se amam e que por amor resolveram dividir o mesmo espaço físico. O momento para que isso aconteça deve ser decidido há quatro mãos com base em sentimentos e não em convenções sociais. À medida que crescemos encontramos pessoas para dizer-nos o que fazer o que sentir o que pensar e que usar. Cabe ao nosso senso pessoal nos localizarmos dentro da sociedade. A sociedade se divide em grupos sociais, políticos e culturais. Dentro destes grupos existe toda sorte de regras e conceitos que teoricamente deveríamos seguir. A aceitação em determinados grupos pressupõe a aceitação destas regras. Ai é que está o erro crasso, a aceitação do outro para o nosso comportamento. Se não fazemos algo imoral ou socialmente execrável, se estamos satisfeitos, a aceitação do outro é um mero detalhe. Neste ponto voltamos ao casamento. Um longo namoro e um longo noivado pressupõem inúmeras confraternizações entre o casal e, consequentemente, o conhecimento de suas famílias e amigos. Conhecer a família alheia é mergulhar em seu universo, é ouvir críticas sociais e, acima de tudo, analisar “o universo” em que o outro foi criado. Conhecer o seu circulo de amizades é entender as suas escolhas. Em um ambiente democrático, em momentos particulares, seja um com o outro, seja com parentes ou amigos próximos, opiniões e sugestões são absolutamente bem-vindas, desde que seja respeitada sua individualidade e estilo de vida. Através do velho método de desconstrução, você fará a apreensão da realidade que o cerca e construirá conceitos os seus sobre o outro, sobre o seu universo e sobre o seu futuro. Com este movimento você construirá uma tese e, trabalhando de forma dialética, esta tese construirá a sua antítese, fazendo surgir uma síntese, que na verdade é uma nova tese. É isso mesmo que você deduziu! Não há nada acabado em si e o processo não é nada fácil! O norte de todo esse complexo movimento deve ser necessariamente a satisfação. Satisfação em estar com o outro, satisfação em ser feliz com o outro e, fundamental, satisfação em agradar o outro. Agora o primordial é que a satisfação do outro nunca deve sobrepujar a nossa satisfação pessoal. Leve o tempo que for conhecendo o universo do outro, não se baseie em conceitos preestabelecidos. Viva com inteligência e sensibilidade. Deixe para o ambiente profissional a imposição de conviver com pessoas que não têm afinidades com você. Você pode ficar isolado por algum tempo, mas acredite que você estará fazendo um imenso favor a você mesmo. Seja feliz sendo você mesmo. Seja feliz sendo respeitado em suas individualidades. Seja feliz respeitando o próximo e sendo respeitado. Afaste-se de pessoas nocivas e impositivas. Se a imposição fosse o melhor caminho a maioria das nações não teria lutado contra as ditaduras que em algum momento histórico lhes foram impostas por algum ditador megalômano.

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Isaque, o divisor de águas.

A perda de um filho é uma dor indescritível! Quando você tem uma filha que você sinceramente sonhou que iria fazer a diferença no mundo e ela, aos 18 anos se torna mais uma Brasileira egocêntrica, preconceituosa e limitada sentimentalmente. Mais uma brasileira que acha que o governo tem sustentar cada brasileiro para que o mesmo viva como a elite francesa do século XVIII. Viver de festas e comemorações. Mais uma Brasileira que acha que todas as benesses deste Mundo têm necessariamente que estar à disposição da família dela! Se isso não ocorrer está acontecendo uma das maiores injustiças da história da humanidade de todos os tempos! Uma pessoa que acredita que todas as outras famílias são compostas de golpistas que querem destronar a minha família deste destino. Ela pensa que é a rainha do universo e os meus desejos são obrigações para os aproximadamente 7,8 bilhões de pessoas no mundo. Uma cópia fiel da Mãe! Uma pessoa que aceitou o “copy and paste” ao invés de se desenvolver e crescer. Neste contexto você recebe a notícia que vai ser pai novamente. Uma chance nova que você recebe da vida para reverter totalmente o quadro. Uma vida concebida com amor, confiança e felicidade. Mesmo tendo vivido apenas no ventre agregou muita gente em seu entorno. Uniu pessoas! Suscitou nelas o desejo pela vida! Revigorou amizades de décadas, me mostrou novas amizades e me mostrou a fragilidade das relações com determinadas pessoas atualmente. Fez-me mais seletivo na divulgação dos meus sentimentos/vida pessoal. Mostrou-me o homem que eu me tornei apenas por existir no ventre da minha amada e admirada esposa. Desnecessário nominar. Isaque se foi deixando o gosto amargo da derrota na boca. Toda uma equipe médica e de enfermeiros deu o seu melhor para a sua sobrevivência. Eu me desdobrei naquilo que me coube. A minha esposa sofreu horrores com uma hiperemese gravidica que flagelou cruelmente seu corpo. NÃO HÁ CULPADOS! Isaque se foi pela vontade de Deus! Saberemos seus propósitos futuramente. Por enquanto é juntar os pequenos cacos de dois corações despedaçados. È aceitar que seu grandioso sonho de colocar um menino que faria a diferença no mundo se foi juntamente com aquele corpinho mal formado e sem vida que eu tive nas mãos. Vida que segue! Muito obrigado a você que achou que eu tenho sentimentos e se dignou em apenas me dizer “eu não sei o que te dizer amigo!” Você se importou comigo. Você sabe que apesar de tudo que eu já passei na vida ainda há espaço para a dor e que eu não me tornei um monólito de pedra, insensível e sem coração. A vida me forjou guerreiro! Um guerreiro que chora e que luta por acreditar que a vida é luta! Admiro e sou admirado por pouquíssimos escolhidos que compartilham e compartilharam meus sucessos e fracassos, Assim como o Isaque um dia serei página virada neste mundo. Obrigado a você que fez e faz a diferença na minha vida, obrigado a você que não teve a capacidade de fazê-lo. Obrigado principalmente a minha companheira que lutou muito pela vida e me conforta apenas por dividir sua imensa dor comigo.

sábado, 22 de agosto de 2020

Consumo personalizado 1

Em um ambiente de informação temos informações de todos os tipos e formas. As informações se tornam oportunidades de negócios da noite para o dia. Isso poderá ser fonte de stress e preocupação se o seu consumo não for pessoal, explico. Qual é o objetivo do seu consumo? Você precisa disso? Você quer isso? Você pode adquirir isso? São questões que se reciclam. Adquirem novas roupagens. Para uma sociedade melhor, o consumo personalizado devera se nortear no Individualismo Responsável. O individualismo responsável é um tema recorrente em meu blog e eu o classifico como algo imprescindível para a vida coletiva. Á medida que as relações partem do individual para o coletivo, elas tendem a se formalizar e a ter contratos sociais. As bases de um contrato social, dentro do capitalismo, nem sempre são as necessidades das relações, às vezes um investidor robusto impõe a sociedade o consumo que melhor se adéqua ao seu planejamento, às vezes esse mesmo investidor se aproveita de um momento de surgimento de uma tendência social para criar uma demanda e ser monopolista neste mercado. Esse momento poderá ter por base uma influente emissora de mídia ou mesmo uma pessoa conhecida e influente. As mídias se distribuem em vários tipos e várias formas. As mídias serão utilizadas para a venda deste produto e serão influencia decisiva em seu consumo. O Marketing estará sempre a serviço de grupos econômicos e políticos. Dentro do capitalismo o Marketing mais robusto é o marketing que defende interesses econômicos e/ou políticos dominantes. Dentro da democracia existem coisas que não são ilegais, mas que nem sempre são o melhor para a sociedade como um todo. Consumindo dentro da óptica de um Individualismo egocêntrico não nos preocupamos com as consequências do nosso consumo. Guiamos-nos por nossos desejos e necessidades e nem sempre nos voltamos para o próximo ou a convivência coletiva. Se esse consumo tomar um vulto expressivo, ele será encampado por investidores e o marketing se incumbirá de vender o produto. Neste ponto eu volto à primeira pergunta, qual é o objetivo do seu consumo? Grandes investidores e grandes mídias normalmente objetivam o maior consumo para que seus investidores maximizem seus ganhos. O marketing irá lhe impor consumos para que haja retorno a seus investidores. Neste ponto voltamo-nos à segunda pergunta, você precisa disso? Lembre-se que consumir os produtos de uma pessoa famosa não faz de você semelhante a ela. São muitos os artifícios e estratégias utilizadas pelas mídias para induzir você ao consumo. O certo é que vocês, respondendo a esta duas perguntas, dentro de um Individualismo Responsável estarão se satisfazendo e sendo socialmente corretos. Isso faz toda a diferença dentro do coletivo de uma sociedade. Isso faz toda a diferença na sua vida pessoal e em seus relacionamentos interpessoais.

quinta-feira, 2 de julho de 2020

A ganância e a administração pública 1

O foco da administração pública deveria ser necessariamente o bem estar público. Se tivermos homens públicos com espírito público teremos governos voltados para a maximização do desenvolvimento social. Este foco é mais do que suficiente para que a democracia, as informações e currículo do administrador estejam voltados para o social. Porém, se a ganância e o sentido predador do administrador forem latentes, as consequências sociais poderão ser nefastas. O político que transforma um pleito político em um pleito de confrontos e ataques pessoais normalmente o faz em função do despreparo administrativo/legislativo e da falta de propostas políticas. Um candidato a governante deve, previamente, se estruturar em uma equipe de técnicos extremamente qualificados. O fundamental é que quanto mais a função de quem o assessora estiver ligada ao financeiro, menos gananciosa a pessoa deve ser. O fundamental é que esse candidato tenha um foco, e esse foco seja o bem estar social. Dentro deste foco devem-se priorizar as ações em função de um melhor desenvolvimento socioeconômico de longo prazo. O político ganancioso vê as eleições como campeonatos ou torneios como queira. O seu interesse é ter inimigos e não adversários políticos. O seu objetivo é alcançar um cargo público e manter-se nele enquanto puder. O seu foco é a riqueza pessoal. A pluralidade de ideias o incomoda e o dogmatismo político sempre será a sua bandeira principal. Normalmente são pessoas autoritárias surgidas de lares paternalistas e não admitem discordâncias. Como a sua candidatura é pessoal, a sua campanha também é pessoal. Nesta estratégia a agressão é a sua bandeira política. Normalmente uma pessoa com esse perfil tenta esconder seus defeitos pessoais e procura nos adversários pontos vulneráveis de ataque, uma verdadeira guerra. Enquanto o eleitor se perde em analises do comportamento dos candidatos as propostas sociais são esquecidas. Para o candidato a vitória em uma eleição é um objetivo que deve ser alcançado a qualquer preço. Se a classe política é composta em sua maioria por políticos com este perfil, então teremos um assalto permanente aos cofres públicos. Teremos administradores e legisladores concorrendo entre si para ver quem acumula mais riqueza, quem ostenta mais. O foco da administração perdulária será desviado pelo viés idológico. Um modelo preestabelecido de felicidade que o eleitor é doutrinado a defender. Uma gama imensa de candidatos e um específico a quem agredir é o seu ambiente ideal. Ele não precisa de eleitores bem informados, conscientes e engajados. Ele precisa de eleitores narcisos, preocupados com si próprios e suas famílias. Quanto menos o eleitor se preocupar com o social, quanto mais o eleitor se preocupar consigo mesmo ou com seus familiares, melhor para ele. Eleitores e candidatos são semelhantes! Por isso é que a mudança permanente é difícil e demorada. Ela vem da base, da aceitação do outro. Ela vem da escolha de candidatos com interesses públicos, com propostas sérias e com uma máquina estatal com mecanismos de fiscalização robustos e isentos.

sábado, 30 de maio de 2020

Uma família tradicional nos dias de hoje 1

Pense em uma sociedade paternalista, origem de todo machismo, com um patriarca autoritário, que não admite questionamento, provedor, legislador, punidor, o rei da casa e uma matriarca submissa, dependente, educadora, carinhosa, prendada nos afazeres domésticos, uma serva em essência. A típica estrutura familiar do período pré-revolução industrial. Em geral a mulher começou a entrar no mercado de trabalho após a revolução industrial. Nós herdamos estas estruturas desde sempre! Ao nascer de um filho os pais já o doutrinam para que seja o macho de um futuro lar (lembrando que estamos falando de uma família estruturada no paternalismo) e recebe tudo na mão, tem todos os direitos e nenhuma responsabilidade. Ele vai crescer acreditando nisto, pois é a educação que ele recebeu. Tudo deve se submeter à sua vontade e todos os seus desejos têm que ser atendidos. Ele cresceu vendo a mãe sendo mal tratada e acaba acreditando que isso é o normal. Agora, dentro desta normalidade abrem-se três vertentes. Ele acredita que tudo aquilo é normal, passa a maltratar a mãe e a seguir cegamente o pai, copiando-o em tudo. Essa pessoa acaba procurando uma mulher à imagem e semelhança de sua mãe, continuando a saga de maus tratos ao sexo feminino. Ele também poderá encontrar tantas mulheres que rechacem o seu modelo masculino que ele poderá procurar abrigo em outro homem, este um submisso que teve a mãe submissa como exemplo, para continuar a saga de seu pai. Ou poderá entrar e sair de incontáveis relacionamentos sempre com histórico violento. Ele não acredita que tudo aquilo é normal, mas não tem coragem de enfrentar o pai. Essa pessoa simplesmente não consegue ser como o pai! Se a mãe dele for uma referencia muito forte ele poderá procurar uma pessoa de personalidade parecida para “recontar a história da mãe”, sendo um homem diferente do que o pai dele foi. Ele poderá também encontrar uma mulher que seja o oposto da mãe e planejar um relacionamento diferenciado. Ele pode também (apenas uma hipótese tá!) ter tanto a mãe como modelo e o pai tanto como um modelo a não se seguir, que ele poderá seguir a mãe como modelo de sexualidade, rechaçando o modelo do pai e procurando um companheiro que tenha a mesma história e se identifique com ele. Poderá também, em uma versão “masculina” da história da mãe, se envolver com algum homem a imagem e semelhança de seu pai. Ele não acredita que tudo aquilo é normal e tem a coragem de enfrentar o pai. A disputa entre pai e filho poderá levar a quatro caminhos: Ele permanece em confronto com seu pai podendo surgir disso uma tragédia familiar ou uma separação dos pais. Ele permanece em confronto com seu pai e consegue reestruturar esse lar amenizando o sofrimento da mãe e modificando seu pai. Ele sai de casa e ajuda de fora a mãe a reestruturar a família podendo incentivar a separação dos pais. Ele sai de casa, ignora a relação familiar e não se envolve com o sofrimento da mãe. Nossa, espero não ter “viajado muito na maionese”! Não são relatos, não são afirmações científicas, são deduções de um palpiteiro curioso. Comentários, concordâncias e discordâncias são muito bem-vindos.

domingo, 10 de maio de 2020

Democracia e infância 1

A nossa importância dentro da democracia é muito, mas muito maior do que imaginamos. Pensamos que a estrutura de poder existe e não podemos fazer nada quanto a isso. O povo é desunido e não podemos nada quanto a isso. Isso é um erro. Temos que pensar a sociedade de forma atemporal. Somos perecíveis, mas a sociedade não. Temos tempo definido, a sociedade não. Não importa se viemos de uma família estruturada ou não. Temos que mostrar às novas gerações que elas são o instrumento da mudança. Temos que mostrar elas a importância de sermos altruístas. A introspecção nos conduz à solução de nossas dificuldades estruturais. É verdade que em um país com classes sociais bem definidas, com diferenças de renda absurdas, onde a classe dominante tem um dos maiores veículos de comunicação do mundo em seu favor fica complicado você disseminar a democracia por toda a sociedade. Fica implícito aos menos favorecidos que eles não têm direito à riqueza que eles mesmos produzem. Ter um veículo de comunicação que trabalha para a manutenção das diferenças sociais (objeto talvez de um novo texto) mais atrapalha do que ajuda. O sentimento de inferioridade está estruturalmente introjetado na cabeça dos trabalhadores e dentro das classes monetariamente menos favorecidas, seja pela falta de liberdade dada aos trabalhadores, sejam pela propaganda oficial ou pior ainda, pelo exemplo negativo dado pelos governantes que, quando são alçados ao poder fazem questão de serem tratados como “diferentes” devido aos cargos eletivos aos quais foram alçados. Esse sentimento suscita políticas de inclusão que na verdade são “pequenas esmolas” dadas tanto pela esquerda, quanto pela direita. O fundamento das democracias não são os empresários ou os governos distribuindo as sobras de suas riquezas, não são os governos e os empresários distribuindo “pequenas migalhas de um bolo imenso” para aplacar a fúria de uma sociedade que poderia ser consciente de seus direitos. Não é a grande imprensa “canonizando” essas “distribuições de migalhas” como uma grande coisa feita aos trabalhadores. Democracia é você respeitar os direitos dos outros e ser consciente dos seus deveres sociais. É você ter acesso e se interessar por tudo aquilo que diz respeito à sua cidadania. Uma sociedade democrática e estratificada requer cidadãos responsáveis e politicamente engajados. De onde vêm os cidadãos responsáveis e politicamente engajados? Sim, das famílias! Não é nenhum discurso preestabelecido, não é nenhuma imposição de autoridades que formam uma sociedade. A formação de uma verdadeira sociedade democrática está no exemplo dado pelos pais, pelos governantes e pelos empresários. Não adianta nada você conceituar às crianças o que é correto se você não pratica o correto, não adianta você criar políticas juridicamente perfeitas e ter um sistema de repressão robusto se quem escreve e impõe à sociedade tais leis trabalha de forma incessante para burlar tais leis ou regras. As novas gerações são educadas muito mais com o exemplo do que qualquer outra coisa!

sábado, 2 de maio de 2020

Uma vida, uma construção! 1

Cada pessoa, às vezes até sem perceber, se dedica aos seus amores. Quando você não os conhece, quando você não os define, você trás transtornos e problemas físicos e mentais a você mesmo. Ao longo destes mais de 50 anos de existência eu me dediquei a responder três perguntas: • Eu gosto disso? • Eu preciso disso? • Isso é bom pra mim? O meu viver interage na resposta dessas três perguntas. Elas são “os meus princípios básicos de funcionamento”. Cada pessoa tem o seu, e isso é que é o mais bacana. “Não existe formula de bolo”, “modelo preestabelecido”. Até hoje eu não sei se eu evito as pessoas impositivas, ou se as pessoas impositivas me evitam, ou simplesmente os dois. O fato é que esse mais de meio século de existência agregou em meu entorno pessoas muito especiais e queridas. Ao longo desse tempo fui importante para muita gente e muita gente foi importante para mim. Algumas dessas pessoas se foram, seja por morte ou por outras circunstancias da vida. Eu prejudiquei muita gente e fui prejudicado por muita gente. Eu tive o privilégio de conviver com pessoas que me amaram e contribuíram para a minha construção. Eu tive o desprazer de conviver com pessoas que me prejudicaram e serviram de aprendizado. Eu tive a tristeza de conviver com pessoas que eu prejudiquei e que não tive a oportunidade de me retratar. Aprendizado empírico! Eu contribuí de forma intensiva para o crescimento de muita gente. Eu tive uma extensa experiência de quinze anos fazendo o que não gostava por imposição familiar. Um tempo em que conquistei e eu vivi intensas amizades. A leitura de “A História da riqueza do homem” de Leo Huberman me direcionou ao curso de Economia. No curso de economia agreguei dois conceitos que viriam a nortear a minha vida intelectual. A dialética e a desconstrução. O incentivo de pessoas a mim ligadas me levou à minha melhor experiência profissional. Por dez anos lecionei Matemática, História, Economia e Estatística. Isso me levou à aquisição (e não o contrário) de licenciatura em Matemática Estatística. Estar em sala de aula com dedicação e amor é uma experiência inesquecível, enriquecedora, expande seu mundo de uma forma irreversível. Hoje desempenho serviços burocráticos administrativos e me dedico às quatro paixões que adquiri ao longo desta caminhada. A minha esposa Alessandra Cristina Xavier Poccesche, a música, o futebol e a minha escrita. São meus amores incondicionais e é para eles que eu trabalho para ser maior e melhor. Eu prendi que a autovalorização é a pedra fundamental, a base. Eu aprendi que se você ama algo você deve conhecê-la a fundo “da base ao telhado” Em todo o processo eu me norteei por uma frase: “Não concordo com uma só palavra do que dizes mas defenderei até o último instante o seu direito de dizê-las”

segunda-feira, 20 de abril de 2020

Os custos e a sobrevivência 1

Talvez você não tenha parado para pensar o quanto a economia comportamental e o inconsciente coletivo e pessoal norteiam as nossas vidas. O cerne deste texto é o texto e a busca de um comportamento individualizado, sensato e consonante com o “Individualismo responsável”. Procure se orientar por um “Individualismo pessoal”. O que seria isso? Existem bases sólidas para o crescimento econômico e que deveriam ser a base para qualquer cidadão. Morar e viver (eu não disse sobreviver). Se divertir é bom, mas não deve sobrepujar a nenhum destes dois itens. Dentro da sua renda procure ser uma pessoa centrada e equilibrada. Devemos pensar a vida no longo prazo. O que é pensar no longo prazo? Saúde e educação. Se alimentar bem, reservar uma parte da renda para imprevistos, procurando se informar naquilo que você se interessa. Sua renda é pequena, não tem como poupar? Paciência! É ai que você vai racionalizar seu consumo. Pense que o inconsciente coletivo vai sempre lhe impor algo que você (pode até querer ou precisar) deve comprar. Pense que o Marketing comercial vai lhe impor o que comprar comer ou vestir. Pense que o dinheiro é apenas o meio pelo qual você vai se utilizar para adquirir as coisas e os bens que você vai ter. Nada disso deve governar a sua vida. A sua consciência deve governá-la! Você tendo para o que eu vou chamar de “Custo básico”, você terá uma sobra para fazer aquilo que a sua consciência lhe mandar. Daí para frente é com você! Eu só recomendo que o seu “Individualismo pessoal” não deve interferir no “Individualismo responsável”, que é a sua interação com o outro. Pense bem, faça a sua parte. Use a sua renda para, primeiro ser autossuficiente, utilize-se das políticas públicas quando necessário, pague honestamente seus impostos, faça filantropia com aquilo que lhe sobra da renda e lute por uma sociedade mais igualitária. Quanto menos desigualdades, quanto mais justiças sociais, melhor será a forma com a qual se maximizarão os recursos de todos. Você tendo uma consciência dos próprios gastos e custos, você terá uma melhor visão sobre o custo alheio e principalmente sobre o custo governamental. Melhor será a sua visão sobre os custos dos produtos que você consome. Melhorando a sua visão sobre o custo governamental você começará a perceber que se a constituição no Art. 5º que diz que “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”, há algo errado no enriquecimento tanto político quanto empresarial. Você se tornará um cidadão melhor, mais consciente e procurará políticos que tenham uma visão social melhor, talvez até você se torne um candidato para contrariar a máxima do enriquecimento pessoal com dinheiro público. As opções são muitas. Você se informando ou prestando maior atenção no custo dos produtos, você começará a questionar o porquê de se pagar tal valor por um produto que provavelmente tenha um custo infinitamente menor. A diferença entre o Preço e o custo é o lucro do fabricante. O que o fabricante faz com o lucro dele simplesmente não deve conflitar com o Art. 5º da constituição.

sexta-feira, 17 de abril de 2020

As angústias de ser diferentão 1

São 03h00min e o sono se foi! Seria interessante falar, mas não consigo! Então escrevo! Às vezes tomam-se decisões diferentes por ser diferente. Isso nos isola e nos torna meio que aberrações. Você vê pessoas de gerações anteriores à sua, conservadoras e com atitudes piores que as do seu avô. Mas de tanto falar você se cala. NÃO ADIANTA! Você vê algumas pessoas que simplesmente se recusam a crescer, AI É QUE VOCÊ SE CALA MESMO! Nesta brincadeira você continua sua trajetória interna, guardando conhecimento, colecionando vitórias e se fortalecendo em si mesmo. Como é difícil ver que o princípio de uma sociedade humana melhor está em um “individualismo responsável”, onde as pessoas, com base em pesquisas e conhecimentos pré-existentes, utilizam-se da dialética e da desconstrução para reformarem esse mesmo “individualismo responsável” e a cada dia mais serem pessoas responsáveis por uma sociedade melhor. Atitudes impensadas, angustiadas, baseadas provavelmente em um subconsciente coletivo. Atitudes baseadas mais na ancestralidade do que na própria vivência e experiência empírica. Você novamente se cala! Ser democrático em uma sociedade autoritária é angustiante! Seu coração aperta, sua alma fica em frangalhos. É como se você trilhasse um caminho e à sua frente você sempre encontrasse uma bifurcação. À direita você impõe tudo e se torna mais uma espécie de miniditador ou à esquerda você estimula às pessoas a pensarem e a seguirem seus instintos e suas intuições. Ao logo de minha trajetória de vida me deparei com várias dessas bifurcações. Às vezes optando pela esquerda, às vezes optando pela direita, vou seguindo minha trajetória. Quando opto pela direita algumas pessoas aplaudem (minha atitude às remete às suas respectivas zonas de conforto) e algumas pessoas são frustradas por me conhecer. Quando opto pela esquerda os dois grupos à sua maneira, têm reações semelhantes. Os que normalmente me aplaudem quando tomo o caminho para a direita me consideram um sonhador sem noção e me ignoram solenemente. Os que normalmente se frustram quando tomo o caminho à direita me acham esquisitão por tomar o caminho que eles esperavam, mas que achavam que eu nunca teria coragem de seguir e também me ignoram solenemente. Novamente sigo comigo mesmo. Informações censuradas internamente causam uma grande angústia e a sensação de que, se fossem socializadas poderiam resultar em algo maior coletivamente. Tomando o caminho à direita ou à esquerda, preciso deste blog para por pra fora. O que não se pode falar para todos se diz para si mesmo. A força do inconsciente coletivo é que trava a civilização humana. Traços e resquícios do homem primitivo que não deixam o homem civilizado aflorar. Se fossemos realmente democráticos a maioria dos problemas que temos em sociedade nem existiriam. Os religiosos contradizem os preceitos que a sua religião professa, Os “democráticos” impõem restrições a quem os contradizem. E você segue em frente, fazendo o que quer e também fazendo o que precisa ser feito. Tendo a angústia como fiel escudeira.

quinta-feira, 9 de abril de 2020

Reflexões sobre a economia 1

1- O operário/trabalhador é o menos qualificado, ganha pouco e trabalha muito. Esse mesmo operário/trabalhador tem uma realidade cruel e precisa de diversão e distração, mas não tem cultura, tempo e nem o exemplo para recorrer à mídia de qualidade e educação. Sobra a bebida e o sexo. Essa classe, por estar em constante desequilíbrio sobrecarrega o sistema de seguridade social, atestados, aposentadorias precoces, remédios de tarja preta (favorecendo também os grandes laboratórios) e fortalece a indústria da pornografia (ah, pelo amor de DEUS, leia sem pré-conceitos!). A sua parcela dentro do PIB/PNB é ínfima e desprezível. A sua atuação, dentro da política se resume a ser manobrado para o voto em tempos de eleições por uma elite que se mantêm no poder ou por uma outra elite que quer alçar ao poder. Por ter uma deficiência monetária séria acha que felicidade é ter muito dinheiro, sonha em ser rica e frequentemente vive consumindo acima de suas posses (talvez como uma forma de se sentir superior aos seus pares). Sem equilíbrio financeiro, volta a sobrecarregar o sistema de seguridade social. 2 - Os empresários se dividem em: 2.1 - Os Micros/Pequenos empresários lutam com todas as suas forças para sobreviver em um ambiente de profunda competição sem quase apoio político de nenhum e sem um sentido cooperativo (até mesmo pela natureza predadora da competição selvagem e desleal da economia), podendo falir a qualquer momento. Em sua maioria são "self made men" com pouca ou nenhuma teoria administrativa e que vivem simplesmente na raça e na coragem. A sua parcela dentro do PIB/PNB é ínfima, mas não é desprezível. Dentro da política são persuadidos a manipular a classe operário-trabalhadora em prol de uma elite que se mantêm no poder ou por outra elite que quer alçar ao poder. Também tende a sobrecarregar o sistema de seguridade social, apenas de forma menos acintosa. Podem também viver fora da sua realidade financeira, também para se diferenciar dos seus pares e dos operário-trabalhadores. O consumo de luxo é o seu objetivo e isso poderá levá-los ao stress e as doenças sociais. 2.2 - Médios empresários com razoável conhecimento administrativo acham que são superiores aos pequenos e microempresários e inferiores aos grandes/megaempresários. O consumo de luxo é o seu objetivo e a manipulação dos custos (sonegação fiscal, corrupção política e remessa ilegal de lucros) são formas de reforçar esse consumo. São constantemente seduzidos pelos pela classe política que precisa de suas contribuições para manter-se no poder ou por outra classe política que quer alçar ao poder. Quando se aventuram na política constroem “castas” dentro do Congresso, da Administração ou Assembleias defendendo os direitos corporativos dentro de suas classes sociais e são os “operários” da manutenção do poder vigente ou os “revolucionários” para a mudança de mãos da “casta do poder”. Costumam construir fortunas com a especulação financeira. Têm uma ascensão imensa sobre os pequenos empresários que sonham em serem eles e recebem uma imensa ascensão dos Grandes/Megaempresários que eles querem ser. As crises econômicas os levam constantemente ao stress e a doenças afins. 2.3 – Grandes/Megaempresários constituem o topo da sociedade econômica. Trabalham incansavelmente para a sua manutenção no topo da economia e mantêm a classe política e jurídica em suas folhas de pagamento. Montam equipes de sonegação de impostos e envio de divisas de caixa dois para o exterior. Recebem todo tipo de benesses da classe dominante (quando eles mesmos não são a tal classe) e mantêm com ela uma relação de cumplicidade extrema até quando lhes é conveniente. São favorecidos pelos grandes meios de comunicação e também têm com eles uma relação de cumplicidade. Eles são a fonte do poder vigente e têm como inimigos todos aqueles que querem mudar o poder vigente. Também mantêm em suas equipes pessoas ligadas ao marketing que moldam a opinião pública de acordo com suas necessidades. Frequentam o poder e fazem parte dele de forma efetiva. Amam o consumo de luxo e são espelhos para todo o resto da sociedade. A classe política os representa. Fazem da especulação financeira outra fonte de ganhos às vezes maior que a próprio conglomerado de empresas.

Procure acrescentar valores àquilo que você acredita 1

Quando você começa a descobrir o mundo você, naturalmente começa a “conceituar e a estabelecer valores”. Todos nós somos assim! O que nos diferencia é a forma com que são encaradas essas “descobertas”. Se você nasce e cresce em um meio onde quem te educou não passou nem na calçada da escola e foi brutalmente reprimido quando discordou de quem os educou. Você terá uma grande probabilidade de receber e a repassar a mesma repressão e a achar que a violência é um argumento. O aparelho repressor do estado pode intervir dizendo que não se pode bater em um educando. A questão da violência física estaria resolvida. A questão da violência moral e psicológica não. A violência psicológica e moral são muito piores. Conceito como “você acha que você vai ser alguém na vida” e seus afins nada mais são do que conceitos de pessoas que não conseguem vislumbrar que a pessoa que ela está criando/educando poderá ser melhor do que ela em alguma coisa ou tem o direito de ser diferente do que ela é. Não têm dimensão da função do educar! Uma visão de mundo restrita, um arcabouço teórico limitado. A vida dura e difícil de quem vive para trabalhar e não tem educação financeira é semelhante à vida de um animal qualquer. A pessoa nasce, cresce, luta pelo alimento, se reproduz e morre. O seu lado lúdico não fica para trás. O que é diversão para ela? Correr, tentar derrubar o outro mostrando que é mais forte, tentar ridicularizar o outro causando momentos coletivos de risadas, consumir álcool/drogas, fazer sexo e sair à caça de conquistas. A competição, inerente ao mundo animal, é o norte de suas atuações. Não há maldade na base dessas atuações. Não são coisas que se faz de caso pensado. São atuações em que as pessoas foram incentivadas a serem assim. São valores intrínsecos ao modelo educacional ao qual ela foi desenvolvida. Imagine se você, por exemplo, que educa/cria uma criança percebe nela um potencial. Quando ela começa a deduzir e a concluir coisas da cabeça dela. Se ao invés de você agredi-la, se ao invés de você ridicularizá-la, se ao invés de você negligenciá-la, se ao invés de você tratar com desdém, você a incentivasse? Se você mostrasse fontes de pesquisa, se você ajudasse nesta mesma pesquisa? A pesquisa é um hábito que se cria, não é inerente a ninguém. Esses atos seriam incentivadores ao crescimento e desenvolvimento da criança. Ah, é um assunto que você não gosta, que você não tenha interesse, que você não tenha paciência. Deixe isso claro para ela, sem deixar de incentivar. Mostre a ela que você está sim interessado no desenvolvimento dela. Seja sensível! Enquanto aos fracassos e vitórias dela? Isso fará toda a diferença no futuro! Mostre a ela que o fracasso nada mais é que o aprendizado da vitória. Um valor que eu sempre acreditei é que a vitória ou sucesso de determinada empreitada deve ser mais interno que externo, ou seja, você deve ser bom em alguma coisa não para ser reconhecido por toda a sociedade que você é o melhor naquilo, mas para ter o prazer de ter feito alguma coisa bem feita. A sensação interna de que você fez algo relevante é uma vitória que não tem preço!

sábado, 4 de abril de 2020

Programa de bem estar social 3

É bobagem você pensar que todos são iguais perante a sociedade. Existem aqueles que, de berço já são conduzidos à inferioridade, seja no meio em que cresceu, seja na forma em que foi criado, ou seja, pelo nível de oportunidades em que são disponibilizados a ele. Uma pessoa que nasceu dividindo tudo em apenas um cômodo com mais de três pessoas não terá condições mínimas de cidadania perante a sociedade. Agora, um programa de renda mínima, para, digamos pelo menos o pai e a mãe desta família, com o aconselhamento de um assistente social e um planejador financeiro levaria necessariamente ao equilíbrio e à satisfação pessoal. Qualquer pessoa, desde o seu nascedouro, necessita de se sentir útil, de se sentir aceito. Retornamos ao princípio do texto, onde as pessoas não se estruturaram para formar a família. A pessoa que cresce se sentindo inferior não consegue se enxergar, não consegue se ver ou desenvolver suas habilidades, acha que tudo dos outros é melhor é maior e mais importante. Quando você tem esse nível de importância pessoal tudo que vem do outro é maior ou melhor. Quando você acompanha a pessoa com uma renda mínima, mostrando a esta pessoa a importância do equilíbrio financeiro e da procura de alguma atividade que lhe proporcione uma forma de que ele se torne mais socialmente produtivo, você dá a esta pessoa a oportunidade de ser visto e ouvido. Os desenvolvimentos de habilidades pessoais, de oportunidades de trabalho, permitem a esta pessoas novas perspectivas de futuro. A utilidade desta pessoa, a sua inserção no mercado de trabalho deve ser responsável. O equilíbrio financeiro destas pessoas insere nelas um conceito fundamental da economia que é o custo. É preciso que ela saiba que se ela recebeu durante algum tempo um dinheiro que foi pago por alguém via impostos ou outro tipo de consórcio ou cooperativa. Seria fundamental para o sistema que ela passasse de pessoa que recebe para a pessoa que contribui para o sistema. Quanto mais equilibrada for a sociedade, quanto mais autônoma ela for melhor qualificada será a sua atuação. Isso não significa nenhum tipo de submissão, não significa nenhuma doutrinação, significa acima de tudo cidadania. O financiamento deste projeto não será necessariamente monetário. Por ser um projeto cidadão ele estará aberto a todos os cidadãos, ele será democrático. Cabe aos governantes incentivar e promover o equilíbrio social dentro das comunidades. Como o exemplo vem de cima, o mesmo equilíbrio que solicitado para a comunidade, para os cidadãos, deve ser exigido de cima. Uma sociedade que se diz democrática deve primar pelos direitos iguais, pelas oportunidades iguais e acima de tudo pelo tratamento igual. Esse tratamento igual deve, necessariamente, levar em consideração a máxima do direito que diz “tratamento igual para o igual e diferente para os diferentes”. A implementação de um programa de tal magnitude deve tratar os problemas de sua implementação tratados em suas especificidades e em seus ambitos. O equilíbrio das ações, a inserção da sociedade, a inibição de manipulações e favorecimentos e seu desenvolvimento, devem ser obrigação e objetivo da maioria da sociedade. A quem recebe o benefício deve ser incentivada a meta de passar de beneficiário a beneficiador. O programa de renda mínima deve transferir parte da renda das grandes fortunas e patrimônios para as camadas mais carentes da sociedade. Os benefícios sobre os sistemas de segurança e saúde, através de uma economia de longo prazo, deverão deslocar recursos para o programa que se tornará maior à medida que os seus benefícios sociais forem vistos e sentidos. O financiamento deste sistema deverá ser responsabilidade de todos!

terça-feira, 31 de março de 2020

Procure ser uma pessoa melhor, como? 1

Você tem a resposta dentro de você! Fácil? Claro que não! A coisa toda é um processo, umas dinâmicas envolvem outras pessoas, envolve governos, envolve relações, envolve o mundo. Nunca soubemos e, se depender de determinadas pessoas nunca saberemos o que é liberdade e democracia plena. Procure conhecer a plenitude das ideologias do Socialismo, Comunismo e Anarquismo. O fim de todas elas, e à sua maneira, é o fim das classes sociais, da dominação do homem pelo homem. Isso será tema de outra conversa, o importante é você empreender uma longa jornada para dentro de você. Você procurar estar em equilíbrio, você ser autêntico e, acima de tudo, procurar pessoas positivas e que te respeitem como indivíduo. A iniciativa das grandes coisas, dos grandes acontecimentos está exatamente no momento em que você não pensou você agiu, você acreditou. O reconhecimento das outras pessoas vem a reboque do seu autoconhecimento. O amor das outras pessoas se dará em função do seu amor próprio. Neste blog eu já comentei várias e várias vezes a respeito do conhecimento humano. Em uma série de artigos chamados “O uso prático do conhecimento humano” Eu lancei algumas ideias de como a procura por essa pessoa melhor se dá no âmbito interno, pessoal. Indiferente dos demais sistemas ideológicos citados à cima, o Capitalismo é egoísta e dominador, seu principal mote é sistematização da sociedade em classes sociais. As ideias capitalistas normalmente são defendidas por pessoas que se pretendem dominadoras, que vêm na dominação à razão da sua principal felicidade. Estas pessoas, normalmente infelizes defendem a hierarquização de tudo e de todos e, se possível, ele na liderança. Pense nas pessoas como animais (sem querer ofender, por favor!) a se termos juntos, a se afastarem. Somos múltiplos e múltiplos esses que acabamos nos relacionando com pessoas com as quais normalmente não nos relacionaríamos em condições normais de temperatura e pressão. Conduza seu dia a dia de forma a maximizar a sua satisfação pessoal. Outro tema caro a este blog é o “Individualismo responsável”, ou seja, você procurando ser maior, melhor, sem interferir no direito do outro. Reúna em seu entorno pessoas que te respeitem, que te admiram e acima de tudo, que têm interesses em comum. Não queira adequar-se ao outro, não faça ninguém adequar-se a você. O respeito e a liberdade, constante de qualquer legislação de qualquer país do mundo, a exceção dos totalitários te resguarda legalmente. Procure ser melhor, procure ser legal (seguidor da legislação), respeite o espaço do outro, estabeleça contratos sociais e de convivência. Você não precisa ser uma fábrica para ter horário para tudo, mas estabeleça com quem está em seu entorno momentos de convivência e momentos de introspecção. Intercale momentos lúdicos, de conhecimento e de socialização. Seja social, sem deixar de ser indivíduo, seja criança, mas uma criança curiosa. Crie métodos para a sua felicidade. Encontre a resposta de quem é você dentro de você mesmo e seja feliz!

segunda-feira, 30 de março de 2020

O capitalismo vive do binômio OFERTA X DEMANDA 1

Dentro do nosso inconsciente coletivo tendemos sempre ao exagero na demanda daquilo que nos é precioso em função do medo de uma possível escassez. O acumulo de dinheiro também é movido pelo medo da escassez. O mercado capitalista é movido basicamente por três mercados, Mercado de bens, mercado de serviços e mercado de capitais. Não se iluda. Tanto o mercado de bens quanto o mercado de serviços vive das demandas individuais. As demandas individuais vivem de emoções. Os preços dentro de uma economia de mercado se constroem em função das emoções das pessoas quando consomem produtos ou serviços. Neste blog mesmo eu já descrevi possíveis hipóteses que poderiam ser usadas para a formação de preços dentro da economia com base no custo e fazendo-se projeções futuras para o investimento, porém, para a maioria das pessoas o preço a ser pago é quantificado, NECESSARIAMENTE, pela emoção. Desde a nossa tenra infância nos construímos ou seguimos modelos. Pensando-se quantitativamente nisso são bilhões e bilhões de modelos que poderíamos seguir. BINGO! A nossa emoção definirá o modelo a seguir! Longe de querer estabelecer o modelo a se seguir, eu apenas quero lançar um olhar inquisitivo sobre as demandas e estabelecer uma forma de demandar a oferta daquilo que me faz feliz sem me frustrar. A demanda daquilo que é socialmente aceito em função de sua aceitação social, seja em um pequeno grupo ou em um grande grupo pode nos trazer transtornos pessoais. Se estas demandas simplesmente não condizem com as nossas demandas pessoais estaremos construindo um hiato perigoso entre aquilo que queremos e aquilo que temos. Entre aquilo que somos e aquilo que queremos ser. A voz de comando para o consumo vem exatamente dos nossos sentimentos, da nossa individualidade. Lembre-se sempre que a quantidade de pessoas com as quais nos relacionamos estabelece o nível de padronização e de “modus operandi” do nosso comportamento. Isso será objeto de outro artigo, por enquanto vamos nos ater à relação da quantificação da oferta e da demanda. Neste momento quero apenas citar pessoas que, tentarão demovê-lo de suas demandas pessoais, não por serem pessoas más ou quererem o seu mal (o seu mal sempre vão existir pessoas que o querem, mas não é o foco deste artigo), mas por acreditarem que têm um gosto tão apurado que não existe nada melhor. As grandes empresas mantém sempre um canal aberto com seus clientes, estabelecendo um marco inicial de determinado produto. A empresa oferta este produto e espera o “feedback” do mesmo. Um produto é lançado para que seja modificado ou aperfeiçoado através da relação oferta x demanda. Este produto poderá abastecer uma infinidade de mercados, ou simplesmente ser consumido por pequeno grupo de pessoas. Gosto de pensar que as coisas tomam formas e rumos desconhecidos, gosto da imprevisibilidade, do novo, nem que seja para que possamos descobrir que o velho ainda é o melhor. Mas como saber se o velho era bom sem a presença do novo?

quinta-feira, 26 de março de 2020

O amor nos insere em um processo interminável de aperfeiçoamento 2

As questões de ordem (pétreas) são um caso à parte e devem receber tratamento diferenciado, por quê? Um ponto inquestionável e que deve vir à frente de qualquer acontecimento é a sobrevivência do seu amor próprio, clausula inquestionável e que deve ser analisada à luz da sobrevivência. Exagero? Claro que não! Os sinais são claros e só não os vê quem está cego pelos planos preestabelecidos, pela vontade de dar certo com aquela pessoa. O abrir mão citado no artigo anterior deve ser esporádico, não permanente. O abrir mão permanente leva à anulação. A anulação gera um “boleto sentimental” difícil de pagar e que futuramente pode levar a casos de extrema violência e morte. Existem pessoas extremas que devemos evitar assim como evitamos animais selvagens. Uma questão “Sine qua non” da sobrevivência dentro do relacionamento é a observação da origem da pessoa. Quais os costumes de sua origem como ela era tratada pelos irmãos (ãs) ou pais, como ela encara as lutas da vida. Ela tenderá a seguir um padrão. É por isso que a observação desses padrões antes da difícil decisão de estarem juntos é fundamental. Pense em uma pessoa que, no início do relacionamento já estipula padrões imutáveis, estabelece comportamento inquestionáveis. Quando o conflito coloca em risco o seu amor próprio é preciso sair rapidamente para o seu próprio bem. Não pense em ninguém como insubstituível se essa pessoa não respeita a sua individualidade. Existem famílias que escondem os seus problemas, e ouvir as pessoas que “gravitam” no seu entorno é fundamental. Todos nós temos nossos “esqueletos guardados no armário” e a sua descoberta nos faz pensar em um futuro a dois. É salutar que exista um limite para determinadas coisas, do contrário o nosso amor próprio pode estar seriamente comprometido. Dentro da dinâmica da dialética de um relacionamento, uma pessoa que não abre mão de nada pode te exigir que abra mão de tudo. Se algum dia você se sentir isolado, que as pessoas com as quais você se relacionou uma vida inteira agora te evitam, é sinal de que o seu relacionamento está afastando estas pessoas. Todos esses pontos são pontos de uma interminável análise e aperfeiçoamento. Seja você a melhor pessoa para você mesmo e esteja ao lado de alguém que te faça uma pessoa melhor para você mesmo e não uma pessoa que fará apenas bem a ela. Na dinâmica da troca têm que acontecer, necessariamente, um equilíbrio. Quando você não aprende com seus erros, quando você não aprende com os erros das pessoas em seu entorno, você tende, na maioria das vezes a repetir os seus erros ou o erro das pessoas em seu entorno. A vida é um eterno aprendizado em que erros e acertos, se bem assimilados, nos tornam pessoas maiores e melhores. Eu, pessoalmente, amo tudo que nos faz crescer, tudo que nos aperfeiçoa, portando, eu acredito que tudo (relacionamentos, trabalhos, hobbies, diversões) têm necessariamente que nos conduzir ao crescimento. Pode ser que esse crescimento seja solitário, paciência, o amor próprio deve prevalecer acima de tudo e de todos.

domingo, 22 de março de 2020

O amor nos insere em um processo interminável de aperfeiçoamento 1

Quando se olha em todos os lugares e sob todos os aspectos o amor demanda aperfeiçoamento. Se você estiver falando de relacionamento interpessoal, você pensa no outro, seja o cônjuge, seja a prole, sejam amigos, todos, sem exceção, todos têm espaço para o aperfeiçoamento. O cônjuge vem de um ambiente diferente, com formas diferentes de encarar o mundo e suas questões. Existem questões de ordem (diria mesmo pétreas) em que o outro não admite questionamentos e que para o bem do relacionamento o silêncio se faz “mister”. Existem momentos em que estarem juntos é fundamental e existem momentos em que estar com a família de origem, com amigos de infância, com colegas de trabalho ou com torcedores de seu clube do coração fortalece o relacionamento. Agora, para que aconteça esta “separação” é preciso muita solidez de relacionamento. É preciso que a vida sexual esteja plena e satisfatória. É preciso pensar que a satisfação de nossos instintos está diretamente ligada à nossa satisfação pessoal. Um casal integrado e definido em todos os aspectos têm uma relação transparente e um diálogo direto e franco. Em um relacionamento em que as preferências e gostos são colocados à prova e se entrelaçam. Aí entra a questão do aperfeiçoamento, ou seja, é onde a vivência a troca de experiências e a sinceridade melhoram não só a questão sexual, mas o relacionamento como um todo. Afloram de tudo isso o objetivo da convivência e o sentimento entre ambos. Se os instintos básicos são satisfeitos ótimo, se não se deve pesar se algum gosto ou fantasia é essencial ou pode-se abrir mão dele em prol de uma vida tranquila e sem problemas. Lembrando sempre que, se você abrir mão de alguma coisa é em prol do bem estar a dois e não deve ser lembrado o tempo todo como “estopim” de alguma discórdia ou como “arma de defesa” para quando você se sentir acuado ou questionado. Lembre-se que o jogo democrático, as discussões, a funcionalidade da dialética requer introspecção e autoanálise. Surgirão pontos de divergência graves ou insignificantes! A saúde do relacionamento está na lida destes pontos. Se você conheceu aquele (a) homem/mulher em que a sociedade julga preencher os requisitos de beleza e você também julga que os preenche, e você estabelece um relacionamento para que toda a sociedade estabeleça um modelo, “um espelho”, muito cuidado. Um relacionamento estabelecido com base na aparência, no modelo preestabelecido pode gerar inseguranças do tipo, se ele (a) achar alguém mais atraente/bonita (o)? O conhecimento mútuo como processo de aprendizagem trás em seu bojo segurança repeito e admiração. A privacidade e os gostos pessoais estarão dissociados da vida conjugal. Ele pode muito bem jogar bola ou beber com os amigos sem estar na pré-disposição de ter um caso extraconjugal. Ela poderá encontrar as amigas em um Shopping ou ir a um salão de beleza sem sentir a necessidade de outro alguém. A satisfação de estar ali está única e exclusivamente no foco ou fim em que o local se encerra. Este ponto só é encontrado através de um aperfeiçoamento intenso e recheado de amor!