sábado, 2 de maio de 2020

Uma vida, uma construção! 1

Cada pessoa, às vezes até sem perceber, se dedica aos seus amores. Quando você não os conhece, quando você não os define, você trás transtornos e problemas físicos e mentais a você mesmo. Ao longo destes mais de 50 anos de existência eu me dediquei a responder três perguntas: • Eu gosto disso? • Eu preciso disso? • Isso é bom pra mim? O meu viver interage na resposta dessas três perguntas. Elas são “os meus princípios básicos de funcionamento”. Cada pessoa tem o seu, e isso é que é o mais bacana. “Não existe formula de bolo”, “modelo preestabelecido”. Até hoje eu não sei se eu evito as pessoas impositivas, ou se as pessoas impositivas me evitam, ou simplesmente os dois. O fato é que esse mais de meio século de existência agregou em meu entorno pessoas muito especiais e queridas. Ao longo desse tempo fui importante para muita gente e muita gente foi importante para mim. Algumas dessas pessoas se foram, seja por morte ou por outras circunstancias da vida. Eu prejudiquei muita gente e fui prejudicado por muita gente. Eu tive o privilégio de conviver com pessoas que me amaram e contribuíram para a minha construção. Eu tive o desprazer de conviver com pessoas que me prejudicaram e serviram de aprendizado. Eu tive a tristeza de conviver com pessoas que eu prejudiquei e que não tive a oportunidade de me retratar. Aprendizado empírico! Eu contribuí de forma intensiva para o crescimento de muita gente. Eu tive uma extensa experiência de quinze anos fazendo o que não gostava por imposição familiar. Um tempo em que conquistei e eu vivi intensas amizades. A leitura de “A História da riqueza do homem” de Leo Huberman me direcionou ao curso de Economia. No curso de economia agreguei dois conceitos que viriam a nortear a minha vida intelectual. A dialética e a desconstrução. O incentivo de pessoas a mim ligadas me levou à minha melhor experiência profissional. Por dez anos lecionei Matemática, História, Economia e Estatística. Isso me levou à aquisição (e não o contrário) de licenciatura em Matemática Estatística. Estar em sala de aula com dedicação e amor é uma experiência inesquecível, enriquecedora, expande seu mundo de uma forma irreversível. Hoje desempenho serviços burocráticos administrativos e me dedico às quatro paixões que adquiri ao longo desta caminhada. A minha esposa Alessandra Cristina Xavier Poccesche, a música, o futebol e a minha escrita. São meus amores incondicionais e é para eles que eu trabalho para ser maior e melhor. Eu prendi que a autovalorização é a pedra fundamental, a base. Eu aprendi que se você ama algo você deve conhecê-la a fundo “da base ao telhado” Em todo o processo eu me norteei por uma frase: “Não concordo com uma só palavra do que dizes mas defenderei até o último instante o seu direito de dizê-las”

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