quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Consumo 1

Em todos os manuais de economia encontramos a variável consumo como mola propulsora da economia, tipo sua soma com a poupança ou investimento se revertendo em riqueza geral. Esta visão economicista tem razão de ser porém, em uma sociedade estratificada como a nossa, consumo também significa “status quo”, significa diferenciamento de pessoas. Neste quesito a “marca” funciona como diferenciador fundamental, é nela que algumas pessoas se diferenciam de outras. O consumo acaba por se tornar um elemento de inclusão em determinadas “tribos” ou grupos sociais. Padrões de consumo acabam por incluir ou excluir socialmente pessoas. No período inflacionário isso se tornou mais excludente que no período pós-plano real. Com a inflação descontrolada, o aumento de preços de produtos de marca não permitia sua democratização, fazendo o seu consumo realmente elitizado. O consumo era rigorosamente um diferenciador social. Agora com a estabilidade financeira consumidores com vida financeira controlada têm acesso a produtos que outrora não fazia parte de sua classe social. A estratificação social passou a ser definida pelo consumo global, ou seja, analisa-se desde o transporte utilizado pela pessoa até tipo de roupa utilizado. Este tipo de consumo cria uma distorção na elaboração de seu preço, ou seja, não se leva mais em conta a soma dos custos fixo e variável e lucro, leva-se em conta o quanto uma pessoa é capaz de pagar para ter determinada mercadoria, e isso pode se tornar uma distorção respeitável. Opine sobre isso e me incentive a continuar escrevendo.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Infantilização 2

Ocorreu comigo um fato estranho e cotidiano em nossas metrópoles, estava andando por um beco no bairro Eldorado, município de Contagem quando uma moto parou atrás de mim e acelerou forte. Eu, por estar em um beco de uso exclusivo para pedestres, soltei uma exclamação de desaprovação do tipo “ÊÊÊ!” Não o ofendi não lhe dei uma lição de moral, nem o chamei para conversar, apenas exclamei. Pois bem este cidadão levantou o capacete da moto e começou a me ofender gritando palavrões. Fiz de conta que não era comigo e ele foi embora. Fiquei como covarde e sobrevivi! Fica a reflexão, por que as pessoas, além de estarem erradas ainda querem conflito pessoal com quem elas nem conhecem? Quantas vidas se perderam neste tipo de conflito? Passa-me a impressão que são pessoas que, quando crianças, não recebiam censura nem desaprovação naquilo que faziam, pensando que todos têm que fazer com elas a mesma coisa (pais altamente liberais). Podem ser pessoas altamente reprimidas em casa ou em outro tipo de relação social e quando estão longe deste ambiente pensam que podem se comportar antagonicamente ao seu “habitat” (pais altamente conservadores). Este tema foi abordado neste blog no texto http://trololochacalete.blogspot.com/search?q=infantiliza%C3%A7%C3%A3o+I,e e eu gostaria de uma releitura do tema. Eu tenho comigo que o conflito social, abordado neste blog, e que, segundo minha modesta opinião norteia a maior parte da sociedade, o conflito entre Conservadores e Liberais merece um novo enfoque.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Conservadores x liberais I

Eu penso que a generalização e a simplificação são elementos constantes da preguiça mental. Você reduzir determinadas situações a poucos elementos e a simples justificativas na verdade é não se levar em consideração o todo e a incorrer por caminhos sectários e tendenciosos. A exceção a este raciocínio é o pensamento conservador, o pensamento conservador leva em consideração os dogmas constantes de uma determinada linha de raciocínio e não leva em consideração inovações tecnológicas e sociológicas, atualizações demográficas e principalmente as vozes das minorias. Em uma democracia em essência são levados em consideração todos os aspectos recorrentes de determinado assunto sendo a pluralidade de visões um aspecto fundamental para sua sobre vida. Em uma ditadura as regras são feitas sobre determinados dogmas (as vezes bem fundamentados, as vezes não) e a inflexibilidade dos mesmos garante a sua sobre vida. A criação de uma tese trás em seu bojo rígidos padrões de pensamento. Estes padrões se trazidos a luz da discussão democrática acabam por criar a sua antítese. Poderemos ter ou não facções conservadoras defendendo a tese e facções diametralmente opostas defendendo a antítese. Levando-se em consideração aspectos positivos de ambos cria-se a síntese dos dois, que a partir deste momento passa a chamar-se tese. Esta discussão é interessante e nos remete a todas as escolas de pensamento. Em todas as áreas, independente de que tipo de pensamento estamos falando, nos deparamos com o embate entre conservadores e liberais. Não cabe a este humilde espaço democrático qualificar ou desqualificar uma ou outra linha de pensamento, mesmo porque, como diria o economista e professor Ricardo Júdice: “Conservadorismo não é virtude nem defeito, é característica”. Apenas queria pontuar a existência de ambos e a ouvir opiniões de pessoas.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

O indivíduo e o conhecimento humano I

Eu sempre acreditei no conhecimento humano como algo que, sendo voltado a produção e a satisfação pessoal, teria muito a agregar à sociedade como um todo. Todas as pessoas que tem como profissão de fé a educação/formação de um ser humano (criação de um filho (a)), deveriam ter alguma noção de psicologia infantil, desenvolvimento cognitivo, disciplina financeira e pirâmide de Maslow. Um parêntese antes de continua o raciocínio, eu não sou nem pretendo ser especialista em nenhum destes assuntos. Pretendo discorrer sobre esses temas de forma despretensiosa e democrática, cabendo ao leitor opinar, discutir e redirecionar a formação das conclusões. Desde que comecei a minha vida intelectual (algo em formação eterna, sem forma final) gosto de discutir as coisas, ouvir opiniões alheias e colocar em prova minhas conclusões. Isso bate visceralmente de frente com toda e qualquer coisa pré-fabricada e pronta. Nada na vida é pronto e acabado, tudo cabe reflexão e inovação. Evidentemente que experiências passadas, históricas e pessoais devem ser adaptadas para um viver melhor de toda e qualquer pessoa. O conhecimento voltado ao bem estar coletivo leva a menos violência e a uma maior qualidade de vida para todos.