quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Reflexões sobre o futebol 2

Como levar a sério o futebol se as decisões que deveriam ser tomadas exclusivamente para a melhoria do esporte são tomadas por influencia de empresas do meio de comunicação, empresários de futebol e dirigentes corruptos que favorecem determinados clubes. Conhecemos centenas de jogadores que nunca se despontarão em clubes ou na seleção por que não tem Q.I. (quem indica). As mazelas vão desde horários esdrúxulos para partidas de futebol, passam pela convocação para a seleção de jogadores apenas razoáveis e emenda com uma hierarquização de favorecimentos de arbitragem para determinados clubes. Todos que gostariam ver o “esporte bretão” se desenvolver em táticas diferentes, em jogadores satisfeitos com a profissão, jogos cheios de emoção e qualidade técnica, vêm um amontoado de jogos que favorecem aos lucros da Rede Globo. Clubes contratando jogadores razoáveis com status de craque se endividando em função destas desastrosas contratações. Em uma sociedade do “olha com quem você está falando” erguem-se e derrubam-se reis do futebol toda semana. Grandes comentaristas se acomodam em emissoras especializadas em esportes enquanto a grande mídia continua a favorecer os mesmos clubes, a desrespeitar os mesmos clubes e a favorecer os mesmo estados (Rio de janeiro e São Paulo). As decisões tomadas ao sabor dos números do IBOPE entristecem os amantes do belo futebol, nos coloca abaixo dos grandes clubes europeus. Os europeus, a princípio na Itália, importaram os craques de outros centros, tornando, com o tempo, o seu futebol mais competitivo. Esta importação trouxe um espelho às novas gerações que passaram a copiar os craques de outras nacionalidades. O futebol bonito, bem jogado, no horário em que a população gostaria de assistir, leva o torcedor ao estádio e favorece ao aparecimento de novos craques nas categorias de base. O reconhecimento e valorização por merecimento levam o jogador a se emprenhar mais e se destacar, tornando-se espelho das novas gerações. Tratar o jogador com profissionalismo sucinta no mesmo uma paixão pelo clube que o trata com respeito e que tem uma torcida que reconhece seu trabalho. Este texto encontra- se publicado no blog http://trololochacalete.blogspot.com.br/.

domingo, 10 de agosto de 2014

Em formação/Informação/ Informa a ação 1

O ser humano é uma das criaturas mais indefesas quando nasce. A gravidez antigamente pressupunha uma loteria em que a probabilidade de morrer era maior que a de sobreviver. A medicina evoluiu e o ser em formação precisa da Informação que Informa a ação a ser executada para o melhor desenvolvimento da nova vida. Parece chatice repetitiva voltar a mencionar a Pirâmide de Maslow. O afeto vem da satisfação! A mãe dedicada, que supre as necessidades do neném, recebe deste o reconhecimento e o seu amor maior. A troca de afeto e de amor entre mãe e filho é algo inigualável em qualquer relação. Se a mãe se fixar na base da pirâmide (satisfação fisiológica) tanto dela quanto do neném terá um retorno que nunca imaginou. O sucesso da maternidade depende necessariamente de que objetivo a mulher tem na vida. Se ela não se satisfizer e viver por conta do prazer e da sociedade, não deve nem cogitar a maternidade. Nos primeiros anos a dedicação a uma criança que terá uma infância saudável deverá ser integral. A mãe deve contar com o suporte do pai que entra de forma efetiva no crescimento da criança e na satisfação das necessidades da mãe. DEUS criou a associação entre homem e mulher, pai e mãe para que a criança tenha visões diferentes de vida e se espelhe nos dois em sua formação pessoal. Gosto de discutir temas fortes como estes porque nos levam a reflexões relevantes. O neném tem o seu DNA e associa toda a informação possível para o seu crescimento (novamente a teoria da desconstrução). Antigamente não se considerava os desejos e as necessidades da criança, e ela crescia de forma “encaixotada” entre os princípios do pai e da mãe. Ah se toda mãe e pai assumissem as necessidades dos filhos e desse a estes todo o suprimento de que necessitam teríamos uma sociedade melhor e mais equilibrada. Agora, para que cheguemos ao ponto de se colocar uma criança no mundo, a família tem que estar estruturada, tem que ter um mínimo para que cresça e seja feliz. Este texto encontra-se publicado no blog http://trololochacalete.blogspot.com.br/.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Paralelos históricos 1

Tudo que começa errado acaba errado. Vasco da Gama tinha recentemente descoberto as Américas e Portugal, uma potência náutica à época, não podia ficar para trás. Por dedução acharam que na mesma direção em que foram encontradas as Américas, mais ao sul, encontrar-se-iam novas terras. Uma empreitada sem garantias, sem nada certo. A tripulação só poderia ser formada por marujos que não tinham nada a perder. O nível dos marujos que embarcaram aqui não foi dos melhores, pois na situação em que se encontravam era uma alternativa tentar uma vida nova em um lugar novo. O povo português não tinha a tradição fabril e procurou exercer uma ocupação extrativista, ou seja, chegar pilhar e sair. Como a principio nenhuma riqueza foi encontrada, Portugal não se interessou pelas novas terras. O interesse de outros povos como os Franceses e Holandeses fizeram-nos voltar-se para as novas terras. Sempre fomos segundo plano, nunca tivemos importância para os grandes centros da época. Vem daí o estigma de achar que as coisas nunca vão melhorar para a população. O extrativismo do Pau-Brasil e logo depois o cultivo da cana-de-açúcar se encarregou de trazer a população para cá. Não quero me alongar em detalhes importantes que não são o foco deste texto, apenas quero me focar no ponto em que os Capitães Donatários que aqui chegaram tinham um poder praticamente divino. Ocuparam-se as terras para depois, através das novas demandas, satisfazer os novos habitantes. As ocupações não planejadas começaram desde o nosso descobrimento. Aliou-se uma população sem nível e uma elite sem limite. Em uma ocupação sem planejamento improvisa-se de tudo, pois não há nada disponível para que se comece algo. O jeitinho brasileiro vem exatamente da falta de estrutura e da necessidade imediata. As invasões e a posse de terrenos desconhecidos também têm o seu pesinho em nossa colonização. Dando continuidade à ocupação extrativista, os Portugueses intermediavam a compra de bens necessários à colônia, pois não os produzia, e tirava dela toda a riqueza que podia. O atravessador também veio com a colonização dos Portugueses. Em uma sociedade hierárquica, de títulos de nobreza, de religião majoritariamente católica (totalmente hierarquizada) todos querem ter títulos e ser melhores que os outros. Surge daí as diferenciações pelo consumo, a elite portuguesa consumia os produtos têxteis ingleses e vendia seus vinhos. Como a produção têxtil era superior à do vinho começou-se a transferir as riquezas das Américas para a Inglaterra em troca de produtos têxteis diferenciados para as Elites de Portugal e Espanha. Vem também daí a expressão “você sabe com quem está falando?” O objetivo deste texto é debater atitudes que, em minha modesta opinião, são simplesmente a repetição de erros do passado, desprovidos de senso crítico e reflexões históricas. É muito mais cômodo continuar errando no mesmo lugar que tentar-se um caminho novo e pessoal. Em uma sociedade competitiva a superioridade vem do trabalho e da diferenciação pela produtividade e conhecimento. Na sociedade extrativista ela vem da força e da exploração da mão-de-obra. Este texto encontra- se publicado no blog http://trololochacalete.blogspot.com.br/.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Uso prático do conhecimento 4

O uso prático do conhecimento mescla conhecimento acadêmico e conhecimento de vida. A conciliação entre os dois nos leva a melhor qualidade de vida da família. Os tempos mudam, os conceitos aperfeiçoam, as pessoas envelhecem, as demandas aparecem. Tudo esta em constante movimento. O que era primordial para uma sociedade antes, hoje pode tornar-se supérfluo, ou ser importante apenas para uma parcela da população. A universalidade dos valores afeta diretamente aos conceitos locais. A interatividade dos povos seja no cotidiano, sejam em eventos como a Copa do mundo, as Olimpíadas, premiações do Oscar ou do Grammy, movimentam os povos, influenciam comportamentos e apresentam alternativas interessantes. Comportamentos diversos à nossa cultura chamam a atenção e nos influenciam. Saber educar em uma sociedade múltipla é uma arte que aprendemos dia-a-dia, e que nunca dominaremos. É preciso ter a capacidade da mudança e a dinamicidade necessária para acompanhar a rotação do mundo. No caso dos pais e dos alunos, a velocidade é maior para alunos e filhos do que para educadores e pais. Saber respeitar as individualidades é fundamental para desenvolver um trabalho de qualidade. Surge então a questão: O que é um trabalho de qualidade? Existe um modelo, um parâmetro? Em minha modesta opinião, não! Recorro ao conceito do primeiro texto sobre o assunto, a teoria da desconstrução. Individualmente fazemos a leitura dos fatos, os desconstruímos e os reformulamos de acordo com nossas convicções pessoais. Se estamos certos ou errados só o tempo dirá. O importante é manter-se coerente com fala e o comportamento, pois é essa coerência que nos conota credibilidade. A reciclagem aparece como valor intrínseco ao processo educacional, tanto familiar quanto escolar. A incorporação de novas tecnologias, interagindo com métodos tradicionais, mostra que existem N possibilidades de se educar, tanto a nível escolar, quanto a nível familiar. A escola em tempo integral acaba fazendo a melhor ponte entre os “dois mundos”. Ela permite a adoção de bons valores para os alunos/filhos e procura eliminar o contato com valores perniciosos para os mesmos. A inserção no mercado de trabalho pode ser trabalhada de forma gradual e robusta por parte da escola em tempo integral. A quem interessa que permaneçamos como animais em um comportamento de manada? A quem interessa a massificação e a padronização de comportamentos e gostos? Este texto encontra- se publicado no blog http://trololochacalete.blogspot.com.br/.