quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Consumo 1

Em todos os manuais de economia encontramos a variável consumo como mola propulsora da economia, tipo sua soma com a poupança ou investimento se revertendo em riqueza geral. Esta visão economicista tem razão de ser porém, em uma sociedade estratificada como a nossa, consumo também significa “status quo”, significa diferenciamento de pessoas. Neste quesito a “marca” funciona como diferenciador fundamental, é nela que algumas pessoas se diferenciam de outras. O consumo acaba por se tornar um elemento de inclusão em determinadas “tribos” ou grupos sociais. Padrões de consumo acabam por incluir ou excluir socialmente pessoas. No período inflacionário isso se tornou mais excludente que no período pós-plano real. Com a inflação descontrolada, o aumento de preços de produtos de marca não permitia sua democratização, fazendo o seu consumo realmente elitizado. O consumo era rigorosamente um diferenciador social. Agora com a estabilidade financeira consumidores com vida financeira controlada têm acesso a produtos que outrora não fazia parte de sua classe social. A estratificação social passou a ser definida pelo consumo global, ou seja, analisa-se desde o transporte utilizado pela pessoa até tipo de roupa utilizado. Este tipo de consumo cria uma distorção na elaboração de seu preço, ou seja, não se leva mais em conta a soma dos custos fixo e variável e lucro, leva-se em conta o quanto uma pessoa é capaz de pagar para ter determinada mercadoria, e isso pode se tornar uma distorção respeitável. Opine sobre isso e me incentive a continuar escrevendo.

Um comentário:

Unknown disse...

concordo plenamente