quinta-feira, 9 de abril de 2020

Procure acrescentar valores àquilo que você acredita 1

Quando você começa a descobrir o mundo você, naturalmente começa a “conceituar e a estabelecer valores”. Todos nós somos assim! O que nos diferencia é a forma com que são encaradas essas “descobertas”. Se você nasce e cresce em um meio onde quem te educou não passou nem na calçada da escola e foi brutalmente reprimido quando discordou de quem os educou. Você terá uma grande probabilidade de receber e a repassar a mesma repressão e a achar que a violência é um argumento. O aparelho repressor do estado pode intervir dizendo que não se pode bater em um educando. A questão da violência física estaria resolvida. A questão da violência moral e psicológica não. A violência psicológica e moral são muito piores. Conceito como “você acha que você vai ser alguém na vida” e seus afins nada mais são do que conceitos de pessoas que não conseguem vislumbrar que a pessoa que ela está criando/educando poderá ser melhor do que ela em alguma coisa ou tem o direito de ser diferente do que ela é. Não têm dimensão da função do educar! Uma visão de mundo restrita, um arcabouço teórico limitado. A vida dura e difícil de quem vive para trabalhar e não tem educação financeira é semelhante à vida de um animal qualquer. A pessoa nasce, cresce, luta pelo alimento, se reproduz e morre. O seu lado lúdico não fica para trás. O que é diversão para ela? Correr, tentar derrubar o outro mostrando que é mais forte, tentar ridicularizar o outro causando momentos coletivos de risadas, consumir álcool/drogas, fazer sexo e sair à caça de conquistas. A competição, inerente ao mundo animal, é o norte de suas atuações. Não há maldade na base dessas atuações. Não são coisas que se faz de caso pensado. São atuações em que as pessoas foram incentivadas a serem assim. São valores intrínsecos ao modelo educacional ao qual ela foi desenvolvida. Imagine se você, por exemplo, que educa/cria uma criança percebe nela um potencial. Quando ela começa a deduzir e a concluir coisas da cabeça dela. Se ao invés de você agredi-la, se ao invés de você ridicularizá-la, se ao invés de você negligenciá-la, se ao invés de você tratar com desdém, você a incentivasse? Se você mostrasse fontes de pesquisa, se você ajudasse nesta mesma pesquisa? A pesquisa é um hábito que se cria, não é inerente a ninguém. Esses atos seriam incentivadores ao crescimento e desenvolvimento da criança. Ah, é um assunto que você não gosta, que você não tenha interesse, que você não tenha paciência. Deixe isso claro para ela, sem deixar de incentivar. Mostre a ela que você está sim interessado no desenvolvimento dela. Seja sensível! Enquanto aos fracassos e vitórias dela? Isso fará toda a diferença no futuro! Mostre a ela que o fracasso nada mais é que o aprendizado da vitória. Um valor que eu sempre acreditei é que a vitória ou sucesso de determinada empreitada deve ser mais interno que externo, ou seja, você deve ser bom em alguma coisa não para ser reconhecido por toda a sociedade que você é o melhor naquilo, mas para ter o prazer de ter feito alguma coisa bem feita. A sensação interna de que você fez algo relevante é uma vitória que não tem preço!

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