quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Reflexões sobre o futebol 4

Imaginemos em uma situação hipotética que os grandes clubes jogassem todos os finais de semana e no meio de uma semana, saltando o meio da semana seguinte. Os treinadores teriam a cada 14 dias uma semana livre para desenvolver jogadas treinadas, para desenvolver sistemas táticos alternativos e fundamentalmente para descansar e recuperar jogadores desgastados. Os jogadores, por sua vez, ganhariam um ou dois dias de folga nesta semana para curtir suas famílias e desenvolver algum projeto fora das quatro linhas. A qualidade dos sistemas táticos subiria, pois os treinadores poderiam se expressar profissionalmente através de seus trabalhos, os jogadores subiriam profissionalmente pois se tornariam mais versáveis e melhor qualificados e os torcedores teriam coisas mais legais para se preocupar do que brigar e discutir sobre quem é o melhor, teriam uma folga financeira maior para acompanhar seu time do coração e despenderia uma fatia menor dos seus proventos para o futebol, promovendo uma melhora na qualidade de suas despesas. Pode parecer uma implicância chata deste blog com os custos, mas não é! Se tivéssemos um calendário melhor organizado, com jogadores menos desgastados, teríamos elencos mais enxutos e com maior qualidade, teríamos atletas e treinadores com maior satisfação no desempenho das suas atividades e uma maior qualidade no futebol. Se os clubes fossem tratados como empresas, se os clubes não fizessem loucuras contratando jogadores caros. Se as contratações fossem dentro de orçamentos coerentes e fechados, não veríamos jogadores jogando sem salários, desmotivados e/ou infelizes. Não teríamos treinadores que, obrigados por contratos a conviver com atletas com problemas pessoais em função de finanças desequilibradas dos clubes, precisem arrancar desempenho dos jogadores desmotivados para que a arrecadação do clube não caia e a situação do clube, que já é caótica, fique insustentável. Enquanto isso a T.V. enriquece com a transmissão dos jogos em horários esdrúxulos, em função do horário da novela, prejudicando a sociedade como um todo. O profissionalismo extremo do futebol eliminaria as famigeradas concentrações, pois partiríamos do pressuposto que os jogadores, sendo profissionais, depois das partidas, iriam para casa e retornariam no outro dia a tarde, por exemplo, para dar continuidade ao trabalho. Um horário de 20h00min para as partidas no meio de semana, por exemplo. O torcedor que gasta 02h00min no trajeto para casa, chegaria a casa as 00h. Até ele curtir a família, tomar banho, se alimentar e dormir teria ai 01h00min. Se ele acordar as 06h00min, ele, duas vezes por mês, dormiria 05h00min na noite, um desgaste muito menos do que quando o jogo começa as 22h00min e termina as 00h00min e ele chega a casa por volta das 02h00min. A administração do futebol deveria voltar-se para as pessoas e não por números do IBOPE, deveria voltar-se para a qualidade, e não para a quantidade, e, finalmente, deveria voltar-se para a qualidade e não para a quantidade. Este texto encontra- se publicado no blog http://trololochacalete.blogspot.com.br/

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