sexta-feira, 15 de abril de 2016

Pacto social 1

Talvez seja um dos mais robustos instrumentos democráticos disponíveis em uma democracia de verdade. Penso o Pacto social como uma convergência de interesses, como uma tentativa sincera de convivência entre partes diversas. Transportando essas palavras ao “campo de batalha real” estamos falando em um “Jogo” onde se estabelece, para cada jogador, uma estratégia na qual se minimize as perdas e se maximize os ganhos. Na prática seria ganhar o máximo possível diante de algumas perda eminentes. A convergência de ganhos e perdas devem levar em consideração o longo prazo e o estabelecimento de uma interação social que levará NECESSARIAMENTE a uma meta razoável para todos. O ponto de sela seria formado em termos de uma negociação democrática e transparente. Sentados em uma negociação estariam os Empresários, os trabalhadores e os Governos, todos com interesses e objetivos diversos. O pacto social os fariam convergir em um determinado ponto, em um determinado objetivo. Qual é esse objetivo? Será discutido em uma mesa redonda convergindo interesses e satisfações. Para se maximizar objetivos acho “mister” ter-se alguns pontos divergentes. Trabalhadores que querem trabalhar pouco e ganhar muito vão de encontro aos objetivos dos empresários que querem produzir muito e desta produção extrair seu lucro e investir em mais produção e os governos que dessa maior produção extrai os impostos que o sustenta, tanto ao nível de despesas quanto ao nível de políticas sociais. Trabalhadores que trabalham demais e ganham pouco são pouco produtivos, pois trabalham insatisfeitos e oneram os governos em Previdência, saúde e segurança públicas. Estes mesmos trabalhadores movimentam pouco a demanda agregada da economia consumindo pouco e de forma insatisfatória, não têm expectativas de uma melhora profissional e permanecem com a mesma pouca produtividade. Esta situação descrita pressupõe uma situação de alto desemprego, onde a mão-de-obra está abundante e o empresariado, de forma mesquinha, maximiza seus ganhos através do custo do trabalho. O trabalhador, muito pressionado, estaria mais propenso a adoecer e/ou obter licença médica. Neste caso, tanto os empresários quanto o governo perderiam pois teriam um trabalhador a menos, tendo, no caso do empresário que substituí-lo à altura por determinado tempo ou definitivamente e o governo teria despesas com este mesmo funcionário com a saúde pública e/ou previdência. Trabalhadores que trabalham em uma quantidade de horas satisfatórias tendem a ser mais satisfeitos, a produzir melhor e a querer uma maior qualificação profissional. A melhor qualificação profissional vem de duas vertentes, ou da paixão daquilo que se faz, maximizando a satisfação deste mesmo trabalhador com suas funções, ou da obrigação de se manter e manter a empresa no mercado de forma produtiva. Subjetivamente falando cada um tem, em suas demandas, objetivos pessoais de satisfação. O importante é se ter a verdadeira noção da situação, dos sacrifícios que cada “jogador” terá que fazer e em quais objetivos pretendemos chegar. Um ponto ótimo para os trabalhadores seria um consumo individualizado, uma renda mínima para a adequação deste consumo, um nível de tributação do governo sem que se oprima demais a renda deste trabalhador e que ele tenha um recebimento de um mínimo de assistência governamental para uma maior e melhor segurança de todos.

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