segunda-feira, 30 de março de 2015
Pense leve, viva leve 1
A leveza do ser está em suas mãos! Parece muito cômodo falar assim sendo eu um cara nascido em um berço de classe média-baixa, funcionário público, com casa própria e estabilidade profissional. Nem sempre foi assim! Já passei necessidades brabas, já morei de aluguel, já fui explorado pelo mercado financeiro e já vivi de forma descontrolada financeiramente. O importante é que todas essas fazes e períodos me trouxeram aprendizado. Vivo hoje com planos estabelecidos, com tranqüilidade e menos ansioso. Vivo em um país onde os espertalhões passam os normais para trás os julgando trouxas. Não deixo de me indignar com a crescente corrupção, não deixo de fazer o que é social e politicamente corretosó porque alguns idiotas acham que ser esperto é fazer o errado, é fraudar e olhar o outro como adversário. Tenho para mim que a evolução de todo ser humano é um processo lento e constante. Morrerei tendo muita coisa para aprender, errando, pedindo desculpas e dependendo de inúmeras pessoas. A visão de curto alcance, o conceito de que dominamos todos e tudo, que sabemos tudo, que somos totalmente independentes, que somos infalíveis e que não precisamos nos desculpar com ninguém poderá ser letal para nossas vidas. Em uma terra de predadores sociais e econômicos devemos nos prevenir e nos defender sem desacreditar nas pessoas ou em um futuro melhor. Temos vários períodos na vida. Existem épocas de investimento e realização e existem épocas de sobrevivência. Nunca deixar de se informar, nunca deixar de analisar a conjuntura sem pré-conceitos ou preconceitos e se inserir neste contexto de forma desapaixonada, séria e real. Procurar ser feliz é a palavra de ordem! Satisfazer nossas necessidades pessoais e básicas é o pontapé inicial para ser feliz. Em épocas de sobrevivência, procurar o básico do básico, em época de investimento, procurar novos sabores e novos prazeres. Poderemos passar um período de sobrevivência e depois um de investimento, poderemos passar um período de investimento, depois um de sobrevivência, isso é irrelevante. O importante é você saber exatamente em que período esta vivendo e escolher adequadamente quem vai te acompanhar neste processo. Cuide daquilo que é sua responsabilidade, faça o possível para ajudar a quem quer ser ajudado e acima de tudo, cuide de tudo que lhe diz respeito de forma a maximizar sua satisfação. Como a elite deste país insiste em acumular riquezas que nem ela mesma sabe para que tanto, procure adequar o seu orçamento a uma vida sem stress, saudável e feliz. Uma base monetária estável, uma família unida e amigos confiáveis são tudo de bom. Não esperar nem exigir de quem está ao seu lado aquilo que você acha que é certo ajuda a você e aos outros a estabelecerem uma relação saudável de troca. Ele poderá estar certo ou errado, o mesmo se aplica a você. Poderá surgir dai um novo comportamento da sua parte ou simplesmente o respeito à individualidade do próximo. Eu amo a inter-relação das diferenças, a pluralidade e o respeito ao “modus vivendi” dos outros. Ser feliz para mim é ter em mente que somos humanos, limitados e interdependentes, é fazer aquilo que se gosta com consciência, dedicação e amor. Este texto encontra-se publicado no blog http://trololochacalete.blogspot.com.br/.
segunda-feira, 9 de março de 2015
Reforma política (o fio da meada) 2
A reforma política poderia ter como primeiro passo a instituição do voto facultativo, deixando o eleitor insatisfeito com o sufrágio universal de fora do processo. A eleição é um processo muito sério para ser conduzido por amadores! São múltiplos interesses representados por uma única figura, tanto a nível federal, quanto a nível estadual ou municipal. Pessoas que vão às eleições com o único objetivo de cumprirem “uma obrigação chata” deveriam ficar em casa. A representatividade dos políticos seria maior uma vez que os representantes do povo, muito mais do que uma aparição midiática, teriam que se dedicar ao esclarecimento de sua função, no detalhamento de suas propostas e acima de tudo, se exporiam a quem realmente representam. A máquina estatal funciona em cima de estruturas corporativas que defendem seus interesses em detrimento da maioria da população. Se o sufrágio universal apontar para uma minoria de eleitores interessados no processo será acesa uma luz de alerta sobre a democracia. A maioria da população estaria realmente interessada no processo ou estaria disposta a defender interesses próprios ou de seu grupo? Esse tipo de procedimento nos faz pensar nos movimentos de sobrevivência dos homens das cavernas. Sozinhos os homens eram fracos, em grupos abatiam animais maiores e alimentavam o grupo. Com a crescente natividade da população os grupos se multiplicaram trazendo a disputa entre os grupos até por uma questão de sobrevivência. Os tempos de hoje não exigem mais que o ser humano lute desesperadamente pelo alimento bastando que ele lute organizadamente por uma política menos centralizadora de direitos e mais democrática possível. O fato de nenhum político representar a maioria levaria a um acordo político mais inclusivo, levaria os políticos a uma campanha de favorecimento ao comparecimento às eleições e reduziria o movimento de favorecimento a pequenos grupos organizados em prol de uma maioria desorganizada. Se a maioria fosse minimamente organizada com foco no bem comum, a sociedade seria muito melhor e mais democrática. Os primeiros atos de um governo pouco representativo seriam no sentido de aumentar a sua representatividade, seriam agregadores de uma sociedade dividida em grupos de interesses. Descobrir os nossos reais interesses nos remeterá a estender o nosso olhar ao nosso próximo. Será que vale a pena ter uma Ferrari hoje e a maioria da população não poder ter um transporte público de qualidade, ou será que, temporariamente possuir um Foxsport nacional contribuindo para um transporte público de qualidade traria maior segurança para a sociedade como um todo. Deixar os interesses de nosso grupo de lado privilegiando a sociedade como um todo não traria ganhos sociais no longo prazo? O voto facultativo poderá ser um movimento robusto rumo à igualdade social preconizada em nossa constituição e nos direitos humanos universais. Com base na procura de representatividade do governante junto à sociedade poder-se-ia fazer uma reforma política de qualidade, adotando-se uma postura mais universal de progressão social lenta, porém contínua e sem traumas. Este texto encontra-se publicado no blog http://trololochacalete.blogspot.com.br/
quarta-feira, 4 de março de 2015
Reforma política (o fio da meada) 1
A reforma política será o fio da meada para a melhoria da qualidade de vida de toda a sociedade. O governante em nível federal, estadual ou municipal, define o futuro de seus governados estabelecendo a conciliação entre interesses conflitantes dentro da complexidade da sociedade e estabelecendo uma política de convivência entre diferenças. O sistema democrático pressupõe eleições para a escolha dos governantes que, teoricamente, lutam em prol da maioria da população e defendem seus interesses. A prática da eleição requer um contato pessoal com o eleitor e o compromisso do candidato com ele e seus interesses. O eleitor, por sua vez, deveria pleitear e estabelecer objetivos e reivindicações que contemplassem mais a sociedade e a comunidade do que a si mesmo. Enquanto a população não alcançar a saciedade pessoal de suas necessidades ela continuará reivindicando coisas pessoais como calçados, materiais de construção, dentaduras, dinheiro vivo e etc. Cabe ao governante sem escrúpulos e caráter prometer “mundos e fundos” aos eleitores, tratando-o como indigente ou coitadinho. Por uma questão cultural o governo é o “paizão da sociedade” sabendo o que é melhor para ela e o tipo de governo ao qual ela deve ser submetida. Cabe aos meios de comunicação, sites de internet e aplicativos de smartphone manter a sociedade ocupada o tempo todo a fim de que não sobre tempo para o cidadão pensar sobre a sociedade como um todo. Em uma sociedade midiática o contato com o eleitor é físico, televisivo, virtual e radiofônico. No contato físico, por ser o leitor uma pessoa que pensa em si acima de qualquer coisa, ele reivindicará coisas e apelos pessoais. O político por sua vez prometerá que dará tudo o que foi pedido em troca dos votos dos eleitores. As promessas se cruzam e os interesses às vezes entram em conflito. O fato é que as empresas, que detêm o poder financeiro, também irão reivindicar seus interesses, com a diferença de que serão elas que financiarão as viagens, a mídia e o contato pessoal com o eleitor. A contrapartida disto é a transformação da contribuição de campanha em investimento futuro. As alianças e conchavos políticos se dão entre personalidades populares, não entre políticos competentes ou técnicos em determinado ramos de atividade econômica. Surge dai o político profissional, o político que quer o poder pelo poder, aquele que distribui a migalha para o eleitor, as riquezas extraídas da população aos investidores da campanha e garante a ele, político, riqueza e poder durante aquele mandato. O eleitor iludido pelas promessas não cumpridas permanece perdendo seu tempo em atividades lúdicas e sem importância fornecidas pelas mídias. Os contribuintes da campanha usufruem das benesses do governo pagando propinas aos políticos que começam a articular a sua próxima eleição em uma sistemática de poder onde o principal objetivo é a sobrevivência. Se for estabelecida uma reforma política sem que os eleitores não mudem sua forma de votar, sem que as empresas não mudem suas posturas diante das eleições, elegeremos os mesmos políticos que se perpetuarão no poder sempre da mesma forma. Este texto encontra-se publicado no blog http://trololochacalete.blogspot.com.br/.
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