quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Reforma política (o fio da meada) 4

Trabalhando a ideia de eficiência no trato da coisa publica, lanço a sugestão do codigo de defesa do eleitor. Parametrizado com o código de defesa do consumidor, o código de defesa do eleitor trabalharia com a analise das promessas feitas pelos candidatos e seus prazos para o cumprimento de metas estabelecidas durante as eleições. Para se cobrar prazos e metas de promessas de campanha o pressuposto primordial deve ser algum documento com estas promessas. Este documento se chama programa de governo! Não precisa, necessariamente que o candidato entenda de tudo. Ele pode ser assessorado por uma equipe multidisciplinar que dará o arcabouço teórico daquilo que esta sendo projetado para o futuro mandato eletivo. Como pressuposto básico da administração moderna, o plano de governo, com propostas factíveis e economicamente viáveis, trará segurança ao eleitor que, apos a "peneira" do voto facultativo, de posse de copia do documento ou copia do vídeo da campanha, norteará seu voto pelo que for proposto. Esse código será o documento auxiliar ao ministério publico para fiscalizar as atitudes do eleito, cruzando seus atos com as propostas de campanha. Esse código trará em seu bojo punições às promessas não cumpridas. Todo esse processo pressupõe eleitores atuantes e engajados. Eleitores deste quilate só são encontrados dentre eleitores que votam por convicção. São eleitores conscientes do sufrágio universal e a sua importância social. Até mesmo dentro da campanha eleitoral, copias de ideias de outros candidatos poderão ser passiveis de punição. O importante é que o processo como um todo tenha legalidade transparência e fiscalização. O aperfeiçoamento do código será supervisionado pelo órgão legislador eleitoral e estará capacitado para intervir em mudanças pertinentes a todo o processo. Temos que, finalmente implementar o profissionalismo ao nosso meio político. Mais uma vez voltamos à educação e o exemplo. Como incentivar ao jovem para estudar se temos políticos semi analfabetos que se tornam até presidentes? Como inibir a violência e a corrupção se o exemplo de impunidade vem de cima? Um cargo eletivo é uma função de extrema responsabilidade e não pode estar a cargo de pessoas despreparadas! De novo, se o candidato não tem a formação ele deve ser um elemento agregador de valores, deve saber conciliar os diversos interesses sociais pra que a política favoreça à maioria, e não pequenos grupos que financiam campanhas eleitorais. Com uma população atuante e determinada, que se baseia em fatos e na legislação que é cumprida, entraria para a política apenas aqueles políticos convictos em quem a paixão e o amor transformem a função em um prazer, e não uma obrigação chata. Não podemos tirar a politica das outras funções da economia, não podemos cobrar de todos os profissionais empenho, dedicação, inovação e amor à profissão, se não fazemos o mesmo com os nossos políticos. Responsabilizar os políticos por aquilo que prometem e não cumprem, cobrar deles responsabilidade diante de seus projetos, (gestão, organização e viabilidade), cobrar deles uma gestão que leve em consideração o orçamento, que tenha responsabilidade administrativa e que respeite a coisa publica como um todo. Eleitores interessados no processo eleitoral, atuantes quanto à fiscalização do seu voto, eleitos profissionais capacitados, pessoas respeitosas com a coisa publica (cobrados por eleitos engajados) e acima de tudo que gostem de politica como uma paixão, uma função que exercerão como profissão, algo que sentirão prazer ao exercer. Sendo desta forma tudo fica bem para todos. Este texto encontra-se publicado no blog http://trololochacalete.blogspot.com.br/.

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