quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Casamento 4

Neste momento eu acho interessante falar da questão do tempo. Voltamos a conjecturar sobre vícios da infância. Querer que tudo aconteça a seu tempo e hora é sofrer e se angustiar desnecessariamente. Voltando ao princípio do relacionamento, recapitulamos que os cônjuges são duas pessoas, de mundos diferentes, que resolveram construir um mundo particular e próprio. A construção de particularidades deste novo mundo não caem de paraquedas, não brotam em árvores, não são vendidos, ou seja, é uma construção dia a dia, tijolo por tijolo demandando paciência, dedicação e acima de tudo amor. Como tudo na vida, o casamento depende da forma com que você encara os objetivos e o futuro de sua vida própria. Você leva, para onde você for as suas características pessoais. Esse fato é inexorável, imutável, intransferível. O fato é que para se ter paz e felicidade, é preciso que se saiba que a convivência com o outro deve ser norteada pelo dia a dia. O tempo para que isso ocorra é particular e individual de cada relacionamento. Novamente, existem modelos prontos e acabados, bastando a você segui los ou não. Existem conselhos mil, dados por uma infinidade de pessoas. Para quem tem pressa ou não se importa em se parecer com o todo é só seguir. Pessoalmente eu prefiro trabalhar os melhores e mais significativos resultados. Ouvir a experiência dos outros é uma coisa. Copiar "ipsis litteris" esta mesma pessoa é outra. Novamente, a associação entre a dialética e a desconstrução nos leva a um individualismo singular e feliz. a desconstrução nos permite individualizar teorias, relatos e observações, nos permite reconstruir los de forma prazerosa e individual. Através da desconstrução construímos uma teoria de vida de forma a que o casal conviva pacificamente dentro daquilo que foi acordado. Isso não acontece do dia para a noite, nada deve ser preestabelecido sob pena de se frustrar, de ocorrer cobranças desgastantes e desnecessárias, de se iludir com o fácil. O tempo realmente é o senhor da razão! A convivência, a anuência, o respeito e a cumplicidade, sem dúvidas projetam uma relação mais democrática e prazerosa. O tempo nos ensina a abrir mão de determinadas coisas, reciclar, negociar, esperar, orar e confiar. Saber que os cônjuges serão sempre responsáveis pela própria convivência, pelo sucesso e fracasso dentro do casamento. Saber que não somos senhores do destino e que devemos, acima de tudo, confiar em DEUS sabendo que os seus planos são os mais corretos e que as coisas nos são dadas pela graca divina. Planejar e lutar por sonhos em comum, adaptar seus sonhos pessoais para o casal, estudar a família do outro para se conhecer melhor o "modus operandi" do outro é, acima de tudo respeito. Eu acredito que tudo isso possa se encaixar na teoria da dialética. Em eterna mutação a vida nos mostra que a tese que é válida para hoje poderá não ser mais válida amanhã, que valores devem ser repensados e que atitudes devem ser recicladas. Em um mundo em constante mudança a adaptação ao novo é simplesmente uma questão de sobrevivência e saber esperar o tempo de DEUS uma arte de poucos. Encarando novos desafios juntos, regulando o orçamento familiar de acordo com a renda dos membros, procurando lazer e felicidade conjunta e procurando fazer o bem, de preferência deforma filantrópica, temos a oportunidade de construir um futuro de paz, amor e felicidade. Este texto encontra-se publicado no blog http://trololochacalete.blogspot.com.br/.

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