sábado, 7 de novembro de 2015

Individualismo responsável 3

Com um programa de bem estar social implementado, o individualismo responsável poderia se manifestar através do voluntariado, ou seja, dedicar um espaço de seu tempo ocioso em prol de uma causa social nos levará a uma satisfação pessoal inominável, a uma melhora do desempenho dos agentes e, acima de tudo, a uma melhor atuação de quem é responsável ou trabalha no projeto. Trabalhar em voluntariado social, melhora nossa autoestima, nos dá visibilidade e, acima de tudo, ameniza os custos da máquina pública. Com o compromisso de todos, mesmo nós nos referindo ao problema de forma individual, a felicidade se torna social. Com o passar do tempo, e diante de demandas sociais expressivas, poderemos tratar de todos de forma a maximizar as necessidades sociais através de um programa de renda mínima e de preocupação máxima. Precisamos repensar a remuneração de nossos serviços e trabalhos, precisamos perder o apego desnecessário ao papel moeda que conceitualmente nada mais é que o meio de troca entre diversas mercadorias dentro da economia. Acumular riquezas é saudável e necessário até determinado patamar. O que adianta colecionar dezenas de zeros em uma conta bancária em uma sociedade onde interagir com o outro gera insegurança exatamente porque a sua riqueza está faltando a milhares de outros? O que adianta adquirir bens de consumo e bens duráveis de altíssimo luxo e não poder consumi los de forma segura? Saciadas as necessidades básicas da sociedade como um todo e esta mesma sociedade incentivada a produzir algo em que sente satisfação ao produzir, melhoramos sensivelmente a vida social como um todo. Não se furte a contribuir para um mundo melhor, procure fazer algo pela sociedade como um todo não esperando dela nada em troca. Satisfaça a si mesmo. Termine um trabalho pensando que fez o melhor para si mesmo. Evidentemente que a prioridade em sua vida é a sua subsistência, é você estar satisfeito. O surgimento da verdadeira raça humana passa necessariamente pela visão global de nossa existência. Temos que produzir alimentos, água potável, medicamentos e tratamentos, além é claro de uma infraestrutura mínima para todos. Cada um individualmente trabalhando em prol do coletivo sem fundamentalmente perder se a individualidade. Ninguém impondo nenhum modelo a ninguém, mas todos trabalhando, fundamentalmente por um universo melhor. Quando paramos de nos preocupar com o mal que pode ser causado por quem está ao nosso lado e todos olharmos em frente com o destino de ser feliz, certamente estaremos adentrando a novo limiar, A VERDADEIRA HUMANIDADE! Um governo que garanta um mínimo para a sobrevivência de todos, que garanta leis justas e aplicáveis, que universalize os direitos e oportunidades, um empresariado que tenha um patamar interessante de margem de lucro, que contribua socialmente com um futuro melhor e uma sociedade civil atenta, atuante e engajada, serão os pilares de uma humanidade tranquila. Eu sei que tudo que foi dito é tremendamente utópico e irreal, mas sei também que muito do que já foi considerado irreal um dia hoje é realidade. Olhar o outro com o sentido de parceria, receber o outro com respeito, serenidade e seriedade, ouvir o outro de forma de democrática sem contudo perder a individualidade são atitudes a se pensar. Temos ainda o espirito de competição arraigado por milênios de lutas pela sobrevivência. A revolução industrial trouxe o acumulo de riqueza para essa luta e/ou competição. Esta em nossas mãos construir um novo paradigma de vida. Uma estrutura cooperativa que substitua a estrutura de competição, a estratificação social pela igualdade e a ditadura e a imposição pela democracia. Este texto encontra-se publicado no blog http://trololochacalete.blogspot.com.br/.

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