terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Taxa cambio: o básico

A demanda e a oferta de moedas estrangeiras definem o preço de sua cotação. A interação entre os agentes econômicos tem rebatimentos nas mais diversas formas. Para formar os preços da moeda, as famílias, as empresas e os governos, cada um, conforme suas demandas movimenta os mercados interno e externo. As famílias influenciam a formação das taxas de câmbio de uma forma peculiar. Existem agentes que encontram oportunidades de trabalho fora de sua nação, existem agentes que encontraram e/ou preferem o seu lazer fora de sua nação e existem agentes que encontraram lucrativos investimentos também fora de sua nação. A globalização nos permite interagir com universos diferentes dos nossos. O importante é o livre arbítrio da escolha, pressuposto "sine qua nom" da democracia. As empresas, por sua vez interagem com exterior também com as suas peculiaridades. As empresas podem encontrar insumos, matérias primas e mão de obra em outras nações, podem vislumbrar oportunidades de crescimento em outros países, encontrar oportunidades de ganho financeiro em outras nações e/ou receber ou enviar os lucros de suas atividades fim. O governo entra neste jogo financeiro, protegendo o mercado interno, incentivando os investimentos produtivos e especulativos e traçando politicas monetárias e fiscais a fim de maximizar a satisfação e o ganho dos agentes internos, sejam eles as famílias ou as empresas. Internamente a moeda que circula é a moeda nativa de cada nação, normalmente regulada pelo Banco central de cada pais. A regulação da circulação de cada moeda procura regular a oferta e a demanda de produtos e serviços no mercado interno. A taxa de juros (que neste sistema funciona como elemento endógeno) aparece como disciplinador, dentro de uma politica monetária, dos preços dos bens e dos serviços. Todos estes elementos influenciam direta ou indiretamente o preço do cambio, que é o preço da moeda estrangeira em valores monetários nacionais. Procure ter um raciocínio intuitivo com relação ao que esta sendo falado, pois o mercado tem um vocabulário peculiar e próprio para lidar com seus movimentos. Quando a moeda estrangeira sofre uma procura grande, esta passa a ser uma mercadoria valorizada. A valorização de algum produto, independente do que seja, dentro do jogo da oferta e demanda, leva ao seu aumento de valor, no caso chamaremos este aumento de valor da moeda estrangeira de APRECIAÇÃO. O inverso também ocorre, ou seja, a redução do valor da moeda estrangeira será chamada de DEPRECIAÇÃO. É preciso raciocinar a complexa interatividade dos agentes que influenciam o valor da taxa de cambio. A sua apreciação ou depreciação tem rebatimento no nível de preços interno, consequentemente na oferta e demanda de produtos no mercado interno, no estabelecimento da taxa de juros, no balanço de pagamentos e no mercado de capitais. Devido à abertura dos mercados de capital esta sendo adotada, desde 1995, pelo Banco Central, o sistema de bandas para o mercado de cambio. A cotação da moeda estrangeira "flutua" dentro de uma margem mínima e uma máxima. Qualquer cotação para menor da cotação mínima, ou para maior da cotação máxima o governo entra vendendo moeda estrangeira no primeiro caso ou comprando moeda estrangeira no segundo caso. Em ambos os casos o rebatimento no balanço de pagamentos é direto. Além da regulagem dos preços e cotações, o governo estabelece politicas e monetária e fiscal dentro de um planejamento desenvolvimentista, adequando as duas politicas ao interesses de suas politicas macroeconômicas interna e externa. No geral, tanto famílias, quanto empresas ou governo trabalham em consonância com seus interesses individuais. Este texto encontra-se publicado no blog http://trololochacalete.blogspot.com.br/.

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