sexta-feira, 22 de novembro de 2019

O problema não é o capitalismo é a ganância 1

Não podemos perder o foco no ser humano, independente de sermos trabalhadores, empresários ou governantes, somos seres humanos. Partindo-se desta premissa pressupõe-se que precisamos ter um comportamento humanizado, independente de qual grupo você faça parte ou a qual política econômica vocês esteja sujeito. Se você tiver um comportamento mais humanizado você contribui para a humanização do capitalismo. A racionalização comportamental deve se direcionar necessariamente para a coletividade. Condenar um sistema político é mais fácil e mais cômodo que racionalizá-lo. Desde os primórdios humanos a ganância humana norteia seus atos e seu comportamento. O desempenho das pessoas têm mais haver com suas particularidades/personalidades do que propriamente com o coletivo que as cerca. Algumas das idéias humanas se desenvolvem de forma racional mas correm concomitantemente aos sentimentos de seus desenvolvedores. A ganância humana têm mais haver com a competição individual do que qualquer outro sentimento que norteie os fatos. Em alguns momentos históricos o desenvolvimento humano teve a competição pessoal entre seus personagens como elemento principal de desenvolvimento. Em outros a corrida armamentista foi o esteio de muitas tecnologias que, voltadas para a destruição, acabaram beneficiando a sociedade como um todo. Os investidores são elementos que, percebendo o movimento crescente de competição entre as personalidades em destaque na época supra citada, procuram maximizar seus ganhos financeiros investindo em um “nicho” que se destaque no memento. A competição e a ganância nos separam e nos isolam, a estratificação social termina o serviço. Desde os primórdios da história do homem o fato de uns se sentirem melhores que outros ocasionou desavenças, conflitos e problemas sociais. A competição dentro do capitalismo é inerente à sua criação e o seu acumulo de riqueza esta previsto em sua gênese. A destinação para o emprego desse acumulo é que faz do capitalismo algo ruim. Se a maior parte desse acumulo fosse distribuída dentro do sistema produtivo, fomentando a demanda agregada, democratizando o consumo e a qualidade de vida, teríamos melhores e maiores distribuições de renda e menores custos para o estado (premissa neo liberal). Pensemos em termos de novas tecnologias. O normal é que as novas tecnologias tragam em seu bojo maior produtividade, menor custo, menor uso de mão de obra, maiores lucros e desemprego. Os malefícios do capitalismo estão na destinação destes maiores lucros. O normal é que este destino seja as já abastadas contas bancárias da elite da sociedade maximizando-as, fortalecendo a estrutura elitizada da sociedade capitalista. Em um sistema tributário mais equânime, dentro de um governo que com um sistema de proteção social que garanta um mínimo de renda aos menos favorecidos. O problema não é o capitalismo, é a ganância!

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