terça-feira, 2 de setembro de 2014

O custo e suas implicações 4

É bobagem e, no mínimo desinteresse, pensar que o custo de uma empresa mal intencionado não tem nada há ver com toda a sociedade. Suponhamos uma transportadora que coloca uma vez e meia a carga dos seus caminhões para economizar no frete. O caminhão, que está com uma vez e meia a carga suportada pelo veículo esta sobrecarregada em toda a sua estrutura. A probabilidade de ele perder o freio, arrebentar o cabo de embreagem ou perder o controle é grande. Não vou aqui simular acidentes automobilísticos porque este não é o objetivo deste texto, apenas quero me ater no fato de, por transitar acima do peso ele irá sobrecarregar as estradas, desfigurando-as e prejudicando o asfalto. Partindo deste ponto temos os usuários das estradas sendo prejudicados, seja pela manutenção de seus veículos em função de acidentes diretos com o caminhão em questão, seja pelos prejuízos indiretos em função de manutenção por avarias em seus carros por conta das estradas. Somam-se a estes prejuízos as indenizações do DPVAT, as aposentadorias e pagamentos do INSS em função disso tudo, temos as contas públicas afetadas por tudo isso. Já sei você deve estar me chamando de catastrofista exagerado! Tudo bem, enquanto acharmos que o problema não é nosso. Poderemos pensar desta forma, mas, mais dia menos dia você pode dar azar e isso fazer parte da sua vida. Essa mania de achar que quase nada é problema nosso nos leva à apatia e a indiferença. A ignorância é o norte deste raciocínio, por quê? A transportadora economiza no pagamento do custo do frete (economiza um a cada três fretes contratados). O caminhoneiro contabiliza suas despesas com manutenção no preço do frete (isso quando simplesmente os ignora e aumenta mais ainda os riscos de suas viagens simplesmente para pagar menos manutenção) e aumenta o preço. Com a frequência da manutenção das estradas o governo federal pode ignorar o problema e ter as previdência sobrecarregada, ou aumentar o DPVAT, prejudicando todos os usuários de veículos automotores. Estes últimos seriam prejudicados no aumento do DPVAT, nos acidentes e na arrecadação de impostos. Os caminhoneiros segurados teriam seus seguros aumentados em função das despesas extras das seguradoras. O aumento dos seguros seria pagos por todos. Resumo da ópera, maior fiscalização do Ministério Público e polícia federal demandam maiores despesas operacionais. As despesas da previdência, publicidades por parte dos governos para se conscientizar a população, mais a PF e o MP recaem nas contas públicas. O frete e o seguro mais caros recaem sobre os preços finais dos produtos (inflação). Não adianta o problema também é nosso! Este texto encontra-se publicado no blog http://trololochacalete.blogspot.com.br/.

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