quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Uso prático do conhecimento 5

Algumas teorias me chamam a atenção e falam alto ao meu coração, uma delas é a dialética. Existe a teoria de algo (não necessariamente acadêmico, pode ser a descrição simples de comportamento). Esta teoria foi construída por alguém de forma teórica ou prática, não importa. Esta teoria sofreria a leitura de uma gama diversa de pessoas. Cada pessoa, conforme sua vivência e valores desconstroem esta teoria e, de forma democrática e racional, a reconstroi de forma prática para sua vida. Houve, neste caso a desconstrução de uma tese e a construção de uma antítese. A diferença entre a tese e a antítese pode ser simples, pode ser diametralmente oposta, NÃO IMPORTA, o importante é que você, que constituiu a antítese, esteja convicto daquilo que você acredita e esteja satisfeito com o resultado. Um terceiro elemento, fazendo a leitura da tese e da antítese, extrai de ambos os elementos pertinentes durante a sua desconstrução pessoal e ele mesmo produz a síntese, que nada mais é que o “melhor” da tese e da antítese sumarizados em uma nova tese. O ciclo se fecha quando a síntese passa a ser considerada uma nova tese, ou seja, uma tese que foi desconstruída e recriada em uma antítese, que por sua vez recebeu uma desconstrução, juntamente com a segunda desconstrução da tese, que finalizando o processo de síntese o mesmo se torna uma nova tese. O ciclo não para, como a vida também não para! O importante é a disponibilidade de todas as teses, antíteses e sínteses, o livre arbítrio da escolha pessoal e o respeito à democracia e o direito. O espaço do outro é algo sagrado e inviolável. Viver segundo sua convicção e preceitos é condições “sine qua non” de felicidade pessoal. Ser totalmente livre é bacana e gratificante, mas envolve deveres que normalmente são exercidos por aqueles que assumem a direção de tudo. O comando é deles, mas as responsabilidades também. Quem constroi suas teorias de vida e acreditam fielmente naquilo que pregam acabam que adquirindo responsabilidades grandes e desafios não muito menores. A diferença esta no resultado final. Se as teorias nos são impostas terminamos estenuados por trabalhar arduamente naquilo que não acreditamos/amamos. Se as teorias são construidas com muita liberdade e prazer teremos sempre a sensação de dever cumprido e a alegria da construção de algo positivo. A quem interessa que permaneçamos como animais em um comportamento de manada? A quem interessa a massificação e a padronização de comportamentos e gostos? Este texto encontra- se publicado no blog http://trololochacalete.blogspot.com.br/.

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