sábado, 16 de janeiro de 2016

Famílias: Ideologias 2

Pensamos a sociedade como algo lógico que segue uma dinâmica racional na qual temos total ciência e conhecimento e nos assustamos com o rumo que algumas situações/acontecimentos tomam porque temos como referencia nos mesmos, nossos valores, nossa logica de vida. Simplesmente ignoramos que todos nos, sem exceção, somo um equilíbrio entre duas forças antagônicas... RAZÃO X EMOÇÃO. Sempre em nossos pré julgamentos temos definidos o futuro dos outros, sempre sabemos o porque de não ter dado certo para o outro e estamos sempre com os diagnósticos e os pareceres em dia. Chato e trabalhoso é entender o outro, é procurar a dinâmica das atitudes do outro, os valores e as razoes do outro. Diante de determinados ambientes, de determinadas logicas, as atitudes de determinadas pessoas podem nos surpreender. Em uma classe baixa por exemplo, onde a falta de verbas e as restrições se somam à ignorância das pessoas, a dedução logica seria que estas pessoas vivessem dentro de suas restrições e posses. Porém vemos outra logica imperando. Vemos pessoas comprando bens supérfluos e se restringindo do necessário, dentro de uma ideologia consumista, capitalista, onde a ostentação e o comportamento de manada supera ate mesmo as necessidades físicas. A ideologia capitalista nos direciona para a capacidade de consumo como o expoente de vida. A sofisticação como algo alcançável e a simplicidade como algo dispensável. Consome-se bens que não servem para a pessoa ou que não trazem satisfação pelo simples fato de se ter um bem que a maioria das pessoas consideradas expoentes consomem. A autoestima destas pessoas esta diretamente vinculada aos produtos que elas consomem. Algumas destas pessoas veem as pessoas mais simples como alguém a ser explorado, criticado ou menos prezado. Qualquer conhecimento, por mais efêmero que seja, e diante dos seus pares, o torna especialista em algo em que ele tem um conhecimento apenas superficial. Diante de suas necessidades o outro sera sempre alguém a ser explorado em prol de suas carências e necessidades. Na mesma classe baixa e diante das mesmas restrições e falta de verba, temos pessoas que sua condição nunca mudará, nunca melhorará. Esta pessoa acha que o governo e os grandes empresário são responsáveis pelo seu futuro. Acreditam numa sociedade igualitária mas não lutam para este acontecimento. Tudo que recebem ainda é pouco (a sua referencia é um nível de consumo superior ao seu) e aquilo que não recebem é castigo ou esta ligado á sua condição social, NADA É POR MERECIMENTO OU DESMERECIMENTO! A sua autoestima, também vinculada ao consumo, vê o consumo de determinados bens e serviços como algo incansável para uma pessoa de sua classe social. Acostumados a exploração do capitalismo selvagem, sempre acha que os direitos são coisa bonitas e incalcináveis. Algumas destas pessoas veem a posse de outras pessoas como algo a ser usurpado, furtado/roubado. Pela sua condição de vida ele acha que deveria ter tido sorte melhor e não se faz de rogado se, para se obter aquilo que se acha justo e necessário para si, ele tenha de prejudicar o direito de outro. Em ambos os casos, tanto a direita (como no primeiro caso) quanto a esquerda (como no segundo caso), carece-se de visão do outro, de repeito ao espaço comum, a atitudes coletivas. Isso não é necessariamente e um roteiro preestabelecido, são ideias curiosas de onde surgem as ideologias de esqueira e de direita. Este texto encontra-se publicado no blog http://trololochacalete.blogspot.com.br/.

Nenhum comentário: