terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Taxa de juros: Investidores

Os investidores, sejam eles famílias ou empresas, têm como única finalidade reproduzir o capital investido, assim sendo a sua influencia deveria se restringiria à taxa de juros. A compra e venda de papeis ao redor do mundo se basearia no lucro imediato e direto, sendo a procura por taxas de juros maiores o objetivo maior e a reprodução estéril do capital a finalidade basal. As taxas de juros, normalmente estabelecidas pelos bancos centrais estabelecem o valor do dinheiro e a sua finalidade, o investimento. Este capital, que ao longo dos tempos, foi acumulado de tantas formas diversas que consumiriam um artigo maior que este e mesmo assim não saberíamos informar tanto sua procedência quanto seu montante. O certo é que estes capitais, independente do juízo de valor que se faça deles, trabalha pelo seu crescimento e reprodução completamente alheio ao sistema produtivo. O mercado de ações, apesar de atrair este tipo de capitais, não exige ou melhor dizendo não traz m seu bojo a preocupação dos detalhes produtivos, apenas o montante de lucros que ela gera. Não estou dizendo que não existam investidores interessados em saber sobre a atuação das empresas as quais se compra as ações, apenas não é a preocupação central, nem imediata de todos os investidores. Em seu fluxo normal ele aporta onde existem taxas de juros mais atraentes e abandona as menos atraentes. Governos descontrolados financeiramente podem se utilizar destes capitais para fechar seus balanços de pagamentos. Subindo suas taxas de juros, estes governos se utilizam deles para tapar rombos imediatos em seus balanços de pagamentos. A emissão de títulos do governo e o aumento das taxas nominais de juros atraem os capitais a se cobrir, no curto prazo desequilíbrios macroeconômicos imediatos. Trata-se de uma faca de dois gumes pois o setor produtivo ou governamental terão que remunerar, no médio e longo prazo ao capital, mais o acres imo da taxa de juros contratada ao investidores. Falando abertamente, os capitais especulativos não são o mal, o mal repousa no uso dos mesmos que poderão se tornar devastadores nas economias em que eles entram. Mega sensíveis ao comportamento das economias, aos boatos e às à crises, as recessões levam investidores a procurar outros investimentos para a recuperação ou ate mesmo a continuar a sua reprodução. Poderemos ter uma procura imediata por ouro e outros ativos financeiros mas centralizemos nosso foco na compra de dólares. Qualquer diagnostico de fraqueza de determinada economia leva panico aos investidores que procuram imediatamente economias mais solidas ou investimentos alternativos mais seguros. Um endereço certo é o mercado de uma nação mais estável e robusta, outro é o mercado câmbio, O DÓLAR. A maior procura pelo dólar o transforma em uma mercadoria mais cara. O seu aumento de valor aumenta a sua procura, que faz com que seu valor de face aumente ainda mais em uma espiral crescente. O dólar mais caro favorece ao setor exportador e desfavorece ao mercado interno pois no primeiro há o superávit há um incremento nas vendas e no segundo um a diminuição na demanda. São estes momentos que fazem com que os governos atuem socorro ao mercado pois determinados boatos e/ou informações fazem com haja uma forte venda de ações fazendo seu reduzir. Parte desse capital sai do país para economias mais fortes e parte dele começa a migrar para a compra de dólares. Os bancos centrais estabelecem limites para a baixa e para a alta do dólar. Os desequilíbrios macroeconômicos levam ao "ataque ao dólar", que, dependendo da magnitude disparam reações das mais diversas. Paralisação temporária do pregão da bolsa, atuação governamental no mercado de câmbio e pronunciamento oficial de alguma autoridade oficial, são algumas das reações diante destes desequilíbrios macroeconômicos. Este texto encontra-se publicado no blog http://trololochacalete.blogspot.com.br/.

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