terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Taxa de câmbio: Empresas

Depois do excedente de capitais proveniente das navegações mercantis e da revolução industrial, o acumulo de capitais e a constituição de novos investimentos produtivos maximizou o capitalismo. As empresas multinacionais e transnacionais passaram a demonstrar um robusto poder de decisões nas nações de origem e nas nações nas quais elas se instalam. Ao lado dos grupos de investidores as mega empresas são responsáveis pelo movimento cambial em sua quase totalidade. Em períodos de prosperidade da economia mundial estas empresas contribuem decisivamente para o movimento de câmbio mundial, seja através do comércio mundial, seja através da especulação no mercado de capitais. As mega empresas constituídas em determinados países maximizam seus lucros com vendas no mercado interno e externo. As vendas no mercado externo fazem com que os importadores de outras nações procurem uma maior quantidade de moeda estrangeira para o pagamento de suas importações. A maior procura da moeda estrangeira pressiona a sua oferta e, dependendo da sua magnitude, o seu valor de face aumenta (apreciação). Dependendo da magnitude da oferta de importados diminuem-se a demanda por produtos nacionais podendo ocasionar desemprego e recessão. A oferta de produtos importados força a competitividade dos produtos nacionais equilibrando o nível de inflação. A distorção pode ocorrer se os empresários acharem mais vantajoso investir no mercado financeiro ao invés de produzir, isso ocasionará diminuição na oferta de produtos e pode, em casos extremados, ocasionar uma recessão. As vendas no mercado externo provenientes das exportações por sua vez promovem uma maior demanda por moeda nacional, A FAMOSA IMPORTAÇÃO DE POUPANÇA! Maior oferta de moeda nacional leva a apreciação da moeda estrangeira que, dependendo da sua magnitude, promove a redução da demanda por produtos importados. O ruim é que, se a parte que excede ao investimento em produção não for captada pelo mercado financeiro, teremos a tendência de majoração de preços (inflação). Uma coisa é fato, tanto com o câmbio apreciado quanto com o câmbio depreciado teremos rebatimentos em todo o setor produtivo, especulativo e balanço de pagamentos (contabilidade governamental). Em cima da atuação empresarial, a atuação governamental implementara políticas monetárias e/ou fiscais para trazer a economia ao seu equilíbrio ou desequilibrá-la em detrimento à algum grupo econômico forte. Uma política fiscal bem implementada protege a economia nacional de manobras estrangeiras no sentido de se prejudicar as empresas nacionais através de preços artificiais dos importados (isenções de impostos para produtos nacionais, aumento de alíquotas de importação ou aumento da burocratização das importações). Esta mesma política fiscal poderá servir para proteger alguma indústria bem influente no governo de ter que se adequar a alguma mudança na oferta dos concorrentes estrangeiros. Uma política monetária bem implementada enxuga a oferta de moeda nacional, seja através do aumento do depósito compulsório, seja através do aumento nas taxas de juros. Podemos concluir que a influencia das empresas na taxa de câmbio é infinitamente mais robusta que a influência das famílias. As formações de políticas monetária e fiscal se baseiam muito mais no resultado da atuação das empresas que das famílias. Esta mesma formação poderá ser gerada ou estar a serviço de determinados grupos favorecendo-o em detrimento da sociedade como um todo. Este texto encontra-se publicado no blog http://trololochacalete.blogspot.com.br/.

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