quarta-feira, 9 de março de 2016

Uma paixão chamada música 2

Eu acho que um dos principais problemas advindos da revolução industrial foi a setorização de tudo, ou seja, se você é bom em algo, você devesse especializar naquilo à exaustão. Argumentos fora da música não são levados em conta porque não dizem respeito com a mesma. As ciências avançaram e a saúde das pessoas passou s ser uma questão de atitude, promovendo uma crescente longevidade. Você imagina que que os grandes ídolos anteriores ao século XXI tinham uma longevidade menor, além de serem considerados semi deuses. Você tem n exemplos de artistas de carreiras extremamente curtas e férteis. Você tem n exemplos de vidas marginalizadas em função da música não ser considerada profissão ou ocupação descente ou digna de menção. A questão da concentração e da criatividade também, em alguns casos, estava ligada ao uso de drogas. Não cabe a um palpiteiro como eu definir com exatidão o certo ou errado, palpiteiros dão palpites. O certo é que, a veia artística têm despontado nos músicos cada dia mais cedo fazendo com que sua produção comece a cada dia mais cedo e se prolongue por muitos e muitos anos já que a sua longevidade está cada dia maior. Imaginemos um músico que consiga gravar algo relevante aos 20 anos. Imaginemos ainda que este músico tenha uma vida razoavelmente longa, algo em torno de 70 anos. Estamos falando de 50 anos produtivos, onde ele, dependendo da qualidade do que ele produzir influenciará até 5 gerações ou mais. Imagine então um fã deste músico que, com 10 anos de idade descobre e se apaixona pelo seu trabalho e aos 20, assim como o seu ídolo, consiga gravar algo relevante. A formação pessoal e a forma com que ele encara ideias conflitantes definira o seu futuro trabalho, ou seja, se ele é dogmático e fiel à um estilo sua música terá este perfil e ele trabalhará intensamente para o desenvolvimento deste mesmo estilo. Se ele não for experimentalista e achar que toda e qualquer música tem o seu valor e vale apena ser tocada ele poderá agregar acordes e experimentos de outros estilos dentro do estilo ao qual ele tem predominância. São inúmeros os casos em que o artista, com um vida produtiva intensa, oferece aos seus ouvintes e fãs leituras pessoais e independentes do estilo ao qual sua música predomina. Ele irá atravessar épocas desfilando estilos variados e tocando músicas diferentes. Se a pessoa se propõe a viver de música ela acaba, até mesmo por uma questão de sobrevivência, seguindo estilos e ritmos do momento, afim de levar o seu quinhão daquilo que esta em moda no momento. São fatores que devem ser levados em consideração na hora de se pensar a música. Indo mais a fundo na individualidade do músico eu diria, qual o seu objetivo final de vida? Enriquecer vendendo milhões fazendo uma música manipulada e que segue uma tendencia? Faturar pouco mas ter um público fiel e dedicado? Tentar encontrar um meio termo entre o comércio e a arte? Questões pessoais, de foro intimo, que revelam as características de cada um. Isso sem falar que não mencionamos os fatores físicos, ou seja, com o passar dos anos o corpo humano sofre modificações e alterações que refletem diretamente em sua arte. Seja por desenvolvimento, na juventude ou por doença nas idades mais avançadas a arte sofre significativas modificações ou adaptações para a sua continuidade. O importante é a permanência do interesse em se manter a arte viva, é trabalhar de forma concreta para a manutenção da magia. A MÚSICA É UMA DAS MAIORES E MELHORES MAGIAS HUMANAS!

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